Anemia,
pressão alta e diabetes são algumas complicações que podem surgir nesse período
Ao decorrer da gestação as futuras mamães,
muito preocupadas com seus bebês, tomam todos os cuidados possíveis
e não faltam a nenhuma consulta com o obstetra.
Porém, no pós-parto, envolvidas com a nova rotina, esquecem, na
maioria das vezes, de que cuidar de sua saúde ainda é muito
importante e acabam esquecendo de ligar para o obstetra e
marcar uma consulta.
Uma pesquisa feita pela Universidade Jonhs Hopkins, nos
Estados Unidos, apontou que cerca
de 49% das novas mamães não retornam ao médico
após o parto. Na maior parte dos casos, as mulheres que tiveram algum problema
durante o período gestacional, como pressão alta ou diabetes gestacional, são
as que continuaram a procurar assistência médica com mais frequência. Ou seja,
a preocupação faz com que a regularidade em consultas com
o obstetra seja maior àquelas que tiveram uma gravidez sem riscos,
mostra o estudo.
“O acompanhamento com o obstetra é
essencial no pós-parto. Muitos problemas podem surgir nessa fase
se não forem tomados os devidos cuidados que, certamente o médico que
acompanhou toda gestação, saberá”, afirma o ginecologista do
Hospital Vila Nova Cachoeirinha, Maurício Sobral.
Dentre as complicações que podem aparecer neste período
estão: anemia, infecção urinária, pressão alta, diabetes,
alteração na tireoide e trombose. Além disso, o obstetra também
consegue avaliar a saúde emocional da mãe e posteriormente encaminhá-la para
sessões de terapia, se for o caso.
A primeira
consulta após o nascimento do bebê deve acontecer até o 10º dia.
É o momento em que o médico fará novos pedidos de exames e a mãe poderá tirar
suas dúvidas. A segunda visita ocorre 30 dias depois, com os resultados dos
exames em mãos, assim o profissional poderá aconselhar melhor a recém
mamãe. Ao decorrer do tempo, se a mãe não desenvolver
nenhum problema, o acompanhamento se realizará em intervalos mais longos, de 3
a 6 meses.
“Ao dispensar
a avaliação médica, é colocada em risco a saúde do recém-nascido,
cujo o sistema imunológico ainda está em formação. Logo, se a
mãe não souber que está com algum problema de saúde o bebê ficará
mais exposto a doenças. Especialmente em casos de infecções, que podem ser
facilmente transmitidas. Por isso, é fundamental que as consultas sejam
realizadas nas datas certas”, finaliza o especialista.
Doutor Maurício Luiz Peixoto Sobral, CREMESP
90722 - especialista em Mastologia,
Ginecologia e Obstetrícia. Possui título de Especialista em
Ginecologia eObstetrícia (TEGO) e Título de Especialista em Mastologia
(TEMA). É preceptor de ginecologia e obstetrícia do
Hospital Vila Nova Cachoeirinha, em São Paulo. Realizou mais de 10.000
partos e cirurgias ginecológicas ao longo dos 17 anos de
formado. Tem larga experiência em Obstetrícia no atendimento
público e privado em grandes Hospitais. Além de Sócio-diretor da
Aclimed - Clínica Médica Aclimação Ltda. www.facebook.com/dr.mauriciosobral
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