quarta-feira, 2 de março de 2016

Dia Internacional da Mulher: tempo de cuidar de você mesma





Especialista utiliza data comemorativa para alertar as mulheres

 Neste mês vamos comemorar o Dia Internacional da Mulher. Esta data tem como objetivo discutir o papel da mulher na sociedade atual, mas que também serve para estimular o auto-cuidado e a saúde do público feminino já que exames de rotina e prevenção são as melhores maneiras de evitar doenças e salvar vidas. 

No entanto, de acordo com o ginecologista do Hospital Vila Nova Cachoeirinha, Maurício Sobral, apenas 40% das mulheres vão ao ginecologista com frequência, enquanto mais da metade procuram assistência médica apenas quando já estão doentes, o que dificulta muito o sucesso nos tratamentos.

Conheça os principais problemas que mais atingem as mulheres e veja como lidar com eles de acordo com o especialista, Maurício Sobral:

- Câncer de mama: É o câncer que mais causa a morte de mulheres em todo o mundo, com cerca de 520 mil mortes estimadas por ano, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA). Os sintomas podem variar, porém, os mais comuns são: nódulo único endurecido, inchaço e vermelhidão da pele, sensação de massa ou nódulo em uma das mamas ou axilas, espessamento ou retração da pele ou do mamilo, secreção sanguinolenta ou serosa pelos mamilos, inchaço do braço ou dor na mama ou mamilo.

- Endometriose: O problema dessa doença está no funcionamento do endométrio, tecido que reveste o útero e descamam todo mês no período da menstruação, que pode voltar pelas trompas e cair na pelve, ao invés se de manter no lugar correto. Dessa forma, essas “células perdias” também sangram causando lesões e cistos na cavidade pélvica, ovários e intestino originando ciclos super doloridos. O melhor tratamento é bloquear o ciclo menstrual ou ainda a laparoscopia, cirurgia que retira às lesões.
- Mioma Uterino:  Trata-se de um tumor benigno formado de um músculo uterino que cresce dentro ou fora do útero podendo alterar o formato do órgão à medida que se desenvolve.  O problema costuma afetar 80% das mulheres e são mais comuns em mulheres obesas, que já tiveram o problema na família, que ainda não tiveram filhos e de etnia negra.

- Perda da libido: A falta de desejo sexual atinge cerca de 50% das mulheres. As disfunções mais comuns que levam a este problema são: anorgasmia, quando mulher se sente excitada e desejada, porém não consegue atingir o orgasmo; vaginismo, acontece uma contração involuntária dos músculos ao redor da vagina, causando dor, dificuldade e até mesmo a impossibilidade de penetração e a dispareunia, dores durante a relação sexual que envolva penetração, mais comum em mulheres de meia-idade, entre 40 e 45 anos, ou após o parto. Sessões de terapia e medicações conseguem resolver a situação.

- Câncer de ovário: É o tumor ginecológico mais difícil de ser diagnosticado e o de menor chance de cura. Isso porque a doença evolui discretamente. Os sintomas são, geralmente, dor e aumento do volume abdominal, alteração na menstruação e emagrecimento. É imensamente importante ir regularmente ao ginecologista, ainda mais as mulheres que estão nos grupos de risco: histórico familiar; antecedentes pessoal de câncer de mama, útero e intestino; pacientes com imunidade baixa e sem filhos; ou mulheres na faixa de 47 anos. O câncer de ovário pode ser diagnosticado por exames clínicos como a ultrassonografia, ressonância nuclear magnética, marcador no sangue (CA 125) e biópsia.

Câncer do colo do útero: Alguns tipos do Papilomavírus Humano (HPV) provocam infecções persistentes que podem alterar as células da região e evoluir ao câncer.  Não é toda ferida no colo do útero que significa câncer, contudo, é preciso sempre procurar um especialista para tratá-las, já que, principalmente as causadas por HPV que podem evoluir para o tumor. Normalmente, a detecção é feita pelo exame Papanicolau. Há alguns sinais no corpo que indicam alguma ferida no colo, tais como: secreção vaginal e sangramento na relação sexual. Se detectada, o tratamento é feito conforme a causa, podendo ser por bactéria ou vírus.

“É fato que doenças descobertas no início geralmente têm maiores chances de cura, por isso é tão importante visitar o médico regularmente”, finaliza o especialista.


Doutor Maurício Luiz Peixoto Sobral, CREMESP 90722 - é especialista em Mastologia, Ginecologia e Obstetrícia. Possui título de Especialista em Ginecologia eObstetrícia (TEGO) e Título de Especialista em Mastologia (TEMA). É preceptor de ginecologia e obstetrícia do Hospital Vila Nova Cachoeirinha, em São Paulo. Realizou mais de 10.000 partos e cirurgias ginecológicas ao longo dos 17 anos de formado. Tem larga experiência em Obstetrícia no atendimento público e privado em grandes Hospitais. Além de Sócio-diretor da Aclimed - Clínica Médica Aclimação Ltda. 

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