quarta-feira, 23 de março de 2016

Adolescência do bebê: psicóloga explica como agir durante essa fase





Um dos momentos cruciais no desenvolvimento dos bebês acontece por volta dos dois anos de idade, quando a criança já apresenta maior independência motora, se comunica melhor e possui vocabulário mais amplo. É nesta época que ocorre a chamada “adolescência do bebê”, em que o pequeno passa a querer fazer tudo sozinho, tomar decisões e afirmar sua individualidade. Para que os pais saibam como agir neste período, a diretora, psicóloga e psicanalista do premiado berçário bilíngue Primetime Child Development, Christine Bruder, dá algumas dicas.

De acordo com a profissional, a partir desta idade a criança percebe e entende bem mais sobre as relações humanas, como o mundo funciona, vê diferenças sutis entre as pessoas e apresenta características, interesses e vontades pessoais. “Esse desejo legítimo esbarra em limitações da realidade e na imagem e expectativa que os adultos conservam das crianças de dois anos de idade, que até ontem eram seus bebês”, conta a psicóloga.

Christine conta que a frase típica da idade é “Eu faço” e “Não”. “A criança quer colocar os sapatos sozinha, assim como quer atravessar a rua sem segurar na mão do adulto, o que ainda não é possível ser permitido. Para se afirmar, a criança se opõe passando a dizer não à maioria das coisas que antes era aceito com tranquilidade, tornando as coisas simples do dia a dia momentos desafiadores para os pais e filhos dessa idade”, ressalta.

Este comportamento é vivido por todas as crianças nesta faixa etária e dura, aproximadamente, até os três anos. Diante da negação a tudo dos filhos, os pais devem manter-se firmes quanto aos limites das crianças, principalmente sobre o que envolve segurança e saúde, dando escolha à criança nas demais circunstâncias. “Interessante lembrar que a própria criança oscila entre se sentir capaz de tudo e se sentir um bebê que precisa de colo e conforto dos pais quando está com medo ou frustrado por não conseguir colocar os sapatos, por exemplo”.

Quanto ao comportamento de birra em locais públicos, Christine afirma que pode ser prevenido se for combinado com a criança antes o que será feito durante o passeio. “Caso não seja efetivo, se retire do ambiente público e uma vez calma, dê nome aos sentimentos da criança e cheque os motivos que a levaram a se sentir assim. A conversa deve ser curta e objetiva seguida de um “plano” para a próxima vez que saírem juntos”, acrescenta a psicóloga.

Confira, abaixo, cinco dicas da psicanalista:

1)      Ser consistentes na manutenção dos limites;
                                                                                                                      
2)      Dar opção de escolha, dentre duas ou três escolhas pré-aprovadas, sempre que possível;

3)      Valorizar com palavras as pequenas conquistas da criança, assim como as vezes em que ela cumprir o que foi combinado;

4)      Manter a calma;

5)      Ter expectativas adequadas ao comportamento de uma criança que está passando por essa fase tão importante para seu bom desenvolvimento sócio emocional.


Primetime Child Development - www.primetimecd.com.br/.

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