terça-feira, 5 de janeiro de 2016

A saída da crise passa, de novo, pelos bolsos dos consumidores populares





Ao longo de 2016, 57 bilhões de reais passarão rapidamente pelo bolso de 48,3 milhões de brasileiros. Gente simples, que passará a viver com um salário mínimo reajustado para R$ 880,00, que pingará todos os meses, até o 13o em dezembro. 
São 48,3 milhões de brasileiros. Sendo 22,5 milhões, aposentados e pensionistas; 13,5 milhões empregados com carteira assinada; 8,2 milhões são trabalhadores por conta própria e 3,99 milhões de empregados domésticos.
Uma alquimia estimulada pelo novo salário mínimo de R$ 880,00 vai se transformar em tijolo, cimento, refrigerantes, cerveja, roupa, material escolar, churrascos, prestações de móveis, de carros, bicicletas, motos.
Será uma explosão rápida de consumo, que se repetirá mês a mês, nas proximidades das datas de pagamento. Porque esse povo consome pressionado pela necessidade imediata e pela ausência de crédito.
Mas ao respondermos com produtos ajustados aos seus bolsos, teremos condições de criar uma nova tendência que atrairá também para as mesmas mercadorias e serviços a atenção consumista de vastos setores de clientes preocupados em gastar de maneira ajustada à crise.
A onda de consumo que o novo salário mínimo criará poderá ser aproveitada se as redes, magazines, lojas de rua e comércio em geral souberem restabelecer alianças com esses bolsos rápidos no consumo.
Como?
Fazendo o óbvio, desde que a humanidade inventou o comércio. Tratar muito bem cada cliente que se aproximar de sua loja. Reconhecendo neles e nelas, independente da roupa que vestem, do cheiro que trazem das periferias, do jeito de falar e de se ex[eressar, a aliança que salvará sua empresa dessa crise, que será, como as demais, passageira. 
Mas somente para os empresários e gestores de redes que souberem se aliar com quem está, mês a mês, com o bolso reforçado por uma graninha extra.
Dá tempo de aproveitar a onda do novo salário mínimo. Com investimentos baixíssimos em treinamento, em mudanças de atitudes, em ajustar suas equipes (provavelmente reduzidas) para pescar essa clientela que sairá às ruas a partir do quinto dia útil de fevereiro, disposta a gastar na sua loja.
Se precisar de ajuda rápida, não se acanhe. Fale com a gente.


Celso Amâncio - presidente da Agência Consumidor Popular, é especialista em concessão de crédito para o consumidor popular. Foi diretor de crédito da Casas Bahia, de 1976 a 2005, durante a expansão da rede de 13 lojas para 500 lojas; 90% da expansão da rede foi garantida, nesse período, com a concessão do crédito e pela fiança emocional, desenvolvida por Celso Amâncio; desenvolveu a metodologia com a garantia da inadimplência sustentável; sua experiência como diretor de crédito da Casas Bahia foi aproveitada negociando a aprovação do Banco Carrefour pelo Banco Central do Brasil. No Banco Carrefour acumulou a presidência e o cargo C&O dos serviços financeiros no Brasil. 

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