Brincar não é
apenas uma diversão. Para as crianças, as brincadeiras podem servir também como
forma de aprendizagem e de desenvolvimento da coordenação motora, da percepção,
do raciocínio... "O que não faltam no mercado são brinquedos capazes de
entreter as crianças, mas cabe aos pais escolher os que estimulem a evolução
dos filhos", acredita a pediatra Flávia Nassif. Para os pais
saberem se estão dando o presente adequado neste Dia das Crianças, seguem
algumas dicas:
- Priorize
brinquedos educativos. Eles ajudam a criança a aprender de forma lúdica.
- Respeite a
faixa etária das embalagens. Seu filho pode até pedir brinquedos recomendados
para crianças maiores do que ele. Mas é importante que os pais saibam que a
faixa etária estipulada pelo Inmetro visa garantir a segurança
dos pequenos. Além disso, cada idade pede um tipo de brincadeira diferente para
ajudar no desenvolvimento da criança.
- Até os 6
meses de vida, opte por brinquedos que não façam muito barulho e nem se movam
muito rápido. Chocalhos, brinquedos de apertar e objetos de diferentes formas
funcionam. Eles ajudam no desenvolvimento da percepção infantil. Não adianta,
por exemplo, investir em móbiles grandes, que façam um monte de coisas e super
tecnológicos, porque o recém-nascido não tem todos os sentidos desenvolvidos
ainda.
- A partir do
momento em que o bebê começa a sentar, ele está pronto para brincar com os
cubos de atividades, brinquedos de empilhar blocos ou argolas. Nessa faixa
etária, ele já começa a se interessar por livros com ilustrações. Já quando
estiver engatinhando ou andando, vale dar brinquedos de puxar ou
empurrar.
- Depois dos 18
meses, é hora de dar preferência a brinquedos de construção como blocos de
montar e quebra-cabeças simples. Quanto mais colorido, melhor. Instrumentos
musicais também são muito bem-vindos. Brincadeiras desses tipos ajudam a
desenvolver a capacidade cognitiva da criança.
- Ao completar
3 anos de idade, as crianças começam a criar um mundo de faz de conta e a se
interessar pelo mundo dos adultos. Por isso, nessa fase, elas gostam de
brinquedos que reproduzem a vida dos pais: posto de gasolina, banco, circo,
supermercado... É nessa época também que as crianças adoram ganhar fantasias e
é ótimo para estimular o imaginário. Jogos de memória e de colorir ajudam a
desenvolver a inteligência da criança.
- No mundo
atual, fugir dos brinquedos de tecnologia é quase impossível, mas necessário.
Em geral, é fato que eles entretêm as crianças. No entanto, a Dra. Flávia
alerta que esses tipos de brinquedos atrapalham a socialização das crianças e
as afastam de atividades físicas, importantes para a saúde e a
convivência.
Brincar é
importante porque também ensina às crianças algumas normas do convívio social
que serão importantes para a fase adulta. "Elas aprendem a seguir regras,
esperar a sua vez, perder e ganhar, e até a trabalhar em equipe", conclui
a pediatra.
Dra. Flávia
Nassif - pediatra
e mãe de duas meninas. Flávia acredita na medicina humanizada e na construção
da relação médico-paciente. É formada pela Faculdade de Medicina de São José do
Rio Preto, em São Paulo, e exerce a profissão há 15 anos. Fez residência em
pediatria no Hospital Infantil Darcy Vargas, centro de referência em doenças
crônicas de média e alta complexidade. Especializou-se em nefrologia e
emergência pediátrica no Instituto da Criança, do Hospital das Clínicas.
Atualmente, atende em consultório particular e no Hospital Sírio-Libanês.
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