quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Contratações temporárias para o fim de ano no varejo paulista devem atingir o menor número desde 2008





Expectativa da FecomercioSP é de que os postos de trabalho temporários no Estado não ultrapassem 15 mil ante as 25 mil vagas criadas em 2014

A contratação de trabalhadores temporários para o fim de ano no comércio varejista do Estado de São Paulo deve atingir o menor número desde 2008 - período influenciado pelas incertezas geradas pelo estouro da crise internacional. A expectativa é de que as contratações não ultrapassem 15 mil ante os 25 mil postos criados em 2014, e de que também haja menos contratos efetivados se comparados com o volume do mesmo período do ano anterior. A expectativa de menor contratação e efetivação de temporários está diretamente relacionada às projeções de queda das vendas. Em relação ao faturamento real do varejo paulista, a projeção para 2015 é de que registre retração de 6%.

As informações compõem um estudo realizado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego.

A criação de vagas para as festas de fim de ano normalmente tem início em outubro e ganha força em novembro, mês que historicamente registra a maior geração líquida de vagas formais (mais admissões e menos desligamentos) no varejo paulista.

De acordo com a assessoria econômica da Federação, a efetivação de contratos temporários na virada de 2014 para 2015 já foi bastante fraca, uma vez que o saldo acumulado entre outubro de 2014 e janeiro de 2015 foi negativo pela primeira vez na série histórica - iniciada em 2008 -, e contou com a eliminação de mais de 4 mil vagas, reflexo do desaquecimento das vendas do comércio e das perspectivas negativas que já se desenhavam para 2015.

Levantamento da FecomercioSP aponta que de janeiro a julho já foram eliminadas 57.259 vagas no comércio varejista do Estado. Além disso, é a primeira vez, desde 2008, que houve eliminação de postos de trabalho no varejo em todos os meses do ano até julho, inclusive nos períodos com datas comemorativas, como Páscoa, Dia das Mães e dos Namorados - quando o movimento e as vendas do comércio são relativamente mais altos.

Entre as causas dos desligamentos estão a queda das receitas somada ao aumento dos custos e à falta de perspectiva de recuperação das vendas, que levam os empresários do comércio a reduzirem despesas, o que, em muitos casos, significa diminuição do quadro de funcionários.


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