segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Doenças cardíacas em bebês podem ser identificadas durante o pré-natal




Amanhã, 29, é o Dia Mundial do Coração. Cardiopediatra do Hospital São Luiz explica o que é o sopro cardíaco e patologias que afetam o coração de recém-nascidos e crianças

 

Amanhã, terça-feira (29), será celebrado o Dia Mundial do Coração. Para lembrar a data, Luis Cavalcante, cardiopediatra do Hospital São Luiz, unidade Jabaquara, fala sobre doenças no coração e sopro cardíaco – ruído que ocorre quando há uma interferência na passagem do fluxo sanguíneo pelas válvulas do coração.
“O sopro no coração não é uma doença, mas sim um sinal de que algo está errado. Esta manifestação pode indicar a presença de uma doença cardíaca que pode ser congênita, quando nasce com a pessoa, ou adquirida ao longo da vida pela idade avançada ou por alguma sequela no coração”, explica Luiz Cavalcante.
Alguns dos fatores que podem levar ao desenvolvimento de uma cardiopatia congênita são: diabetes gestacional, uso de drogas, tabaco, medicações e exposição a raios-X durante a gravidez, além da herança familiar.
As patologias congênitas que acometem o coração de bebês e crianças podem ser diagnosticadas durante o pré-natal, por meio dos exames de ultrassom e ecocardiograma fetal. Em alguns casos o tratamento é intrauterino e em outros logo após o nascimento, por meio de cirurgia. “Diagnosticar a doença durante a gestação facilita o tratamento. Pois assim que o bebê nasce já podemos realizar a cirurgia e minimizar riscos e futuros problemas”, explica o cardiopediatra. Quanto mais demorado for o inicio do tratamento, mais difícil será. 
Por isso, Luiz Cavalcante reforça a importância do ecocardiograma no pré-natal. Prestar atenção à saúde das crianças é outro fator relevante.
Os sintomas mais comuns das doenças do coração (congênitas ou não) são: cansaço ao realizar esforço ou atividade física, sudorese, baixo ganho de peso, infecção pulmonar, episódios de cianoses (problemas de circulação) resultando em lábios e extremidades arroxeadas e chiado no peito. Bebês que interrompem a mamada para puxar fôlego podem estar dando sinal de  algum problema cardíaco.
 “O tratamento tem a finalidade de equalizar esses sintomas, pois em muitos casos não é possível eliminá-los dependendo da gravidade da doença”, diz o cardiopediatra.

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