sábado, 26 de setembro de 2015

29 DE SETEMBRO - DIA MUNDIAL DO CORAÇÃO




 CONSCIENTIZAÇÃO É FATOR PREPONDERANTE NA PREVENÇÃO DAS ARRITMIAS CARDÍACAS
 No Brasil, mais de 300 mil pessoas têm morte súbita todos os anos decorrente de arritmias cardíacas
 Mesmo ciente dos avanços da medicina nos últimos anos, como a alta tecnologia à disposição para os mais variados tipos de tratamentos e procedimentos, minimamente ou muito invasivos, a Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas (SOBRAC) faz um importante alerta pra marcar do Dia Mundial do Coração, no próximo 29 de setembro: Prevenção. “A velha máxima, ‘Melhor prevenir do que remediar’, ainda é muito válida. Os principais cuidados com a saúde do coração estão diretamente relacionados a fatores comportamentais, hábitos que podem ser incorporados no nosso dia a dia e que não custam nada, a não ser determinação”, ressalta o cardiologista Luiz Pereira de Magalhães, Presidente da SOBRAC.
Para conscientizar o maior número de pessoas, é importante disseminar cada vez mais as atitudes simples que ajudam a manter a “máquina” do nosso corpo em pleno e bom funcionamento. Entre elas, não fumar, evitar o estresse, não exagerar no consumo de bebidas alcoólicas, praticar alguma atividade física constantemente, priorizar uma alimentação saudável, verificar a pressão arterial (palpação do pulso) e realizar exames preventivos com um cardiologista.

300 Mil Mortes Súbitas por Ano
Outro alerta indispensável neste Dia Mundial do Coração diz respeito ao elevado número de mortes súbitas que vitimam mais de 300 mil pessoas todos os anos no Brasil e que são decorrentes de problemas cardíacos, quase que na totalidade em virtude de algum tipo de arritmia cardíaca. “Muitas dessas mortes poderiam ser evitadas se as pessoas priorizassem hábitos saudáveis. Por outro lado, este número poderia ser reduzido se também fossem disponibilizados diagnósticos precoces e tratamentos adequados a um maior número de pessoas possíveis”, diz o cardiologista da SOBRAC.
A maioria das vítimas de parada cardíaca é constituída por pessoas ativas que enfrentam normalmente seu dia a dia – elas, de repente, por estresse ou outra razão qualquer, sofrem um mal súbito. A incidência maior é para homens (60%), na proporção do universo das pessoas atingidas. As arritmias cardíacas respondem a 90% dos casos, conforme estudo encomendado por entidade médicas, em 2009, entre elas as SOBRAC, com base em dados oficiais do Ministério da Saúde.
Coração
O coração é um músculo constituído por duas cavidades situadas na câmara superior, chamadas de átrios, e duas na inferior, os ventrículos. O órgão tem como função primordial bombear o sangue, oxigenado pelos pulmões, e os nutrientes para todas as células do corpo. Quem regula a atividade de ‘bombeamento’ é o sistema elétrico do coração, conhecido como nó sinusal, ou nó sinoatrial, que se localiza no átrio direito, junto à veia cava superior. A emissão dessa eletricidade ocorre a partir de um conjunto de células que gera o estímulo elétrico no átrio direito, de forma espontânea e ininterrupta, para o átrio esquerdo. Assim, os átrios se contraem e, ao se expandir, impulsionam o sangue para os ventrículos.
As arritmias cardíacas são provocadas justamente pelos distúrbios na formação e na condução deste impulso elétrico que, em vez de se formar no nó sinusal, tem origem em outras estruturas do coração. Cerca de 5% dos brasileiros tem algum tipo de arritmia cardíaca, sendo a mais comum a fibrilação atrial.
A Fibrilação Atrial, um dos muitos subtipos de arritmia cardíaca, caracterizada pelo ritmo de batimentos rápidos e irregulares dos átrios do coração, tem incidência igual ou superior a 2,5% da população mundial, o equivalente a 175 milhões de pessoas. Esta é a segunda maior causa de morte em todo o mundo. A principal (e pior) consequência da Fibrilação Atrial é o aumento do risco de Acidente Vascular Cerebral (AVC), popularmente conhecido como derrame. Essa arritmia cardíaca está cada vez mais associada ao avanço da idade, acometendo em grande parte a população idosa, na faixa dos 75 a 80 anos de idade. A estimativa é que de 5 a 10% dos brasileiros terão esse tipo de arritmia nos próximos anos. A doença também é responsável por 20% do total de AVCs isquêmicos em todo mundo.
Entre os principais sintomas da Fibrilação Atrial, a palpitação cardíaca é o mais comum, mas também pode ser identificada em decorrência de desmaios (com recuperação rápida, espontânea e sem alterações motoras), tonteira, falta de ar, mal-estar, sensação de peso ou dor no peito, fraqueza, fadiga, dor no peito, entre outros.
Uma das maneiras mais simples para a detecção e avaliação inicial da fibrilação atrial é a palpação do pulso, que pode ser realizado de forma rápida e simples por qualquer pessoa. “Porém, é necessário um diagnóstico mais preciso com um eletrofisiologista ou arritmologista, profissionais especializados em arritmias cardíacas”, recomenda Magalhães.

SOBRAC - www.sobrac.org

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