quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Saúde lança campanha de prevenção às DSTs e Aids na Festa do Peão de Barretos





A campanha de incentivo à prevenção, combinando camisinha, testagem e tratamento vai se estender ao longo do ano nas festas populares de todo o país
O Ministério da Saúde realiza campanha de prevenção às Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs) e Aids na Festa do Peão de Barretos (SP). A ação, que começou nesta quinta-feira e vai até 31 de agosto, mesmo período da festa, tem como objetivo chamar a atenção e conscientizar a população, especialmente os jovens, sobre a importância de usar camisinha, fazer o teste de HIV e o iniciar o tratamento, em caso de soropositividade.
O diretor do Departamento de DST/Aids e Hepatites Virais, do Ministério da Saúde, Fábio Mesquita, explica que o diferencial dessa campanha é seu ineditismo: “Pela primeira vez, temos um campanha de prevenção ao HIV e Aids que acontece ao longo de todo o ano, abrangendo grande parte das festas populares brasileiras”. A mobilização faz parte da nova estratégia do Ministério da Saúde de estender a campanha de prevenção às principaisfestas populares brasileiras.
Lançada em 1º de dezembro do ano passado (Dia Mundial de Luta contra Aids), a campanha está em todas as regiões do país, contemplando carnaval, festas juninas do nordeste, além de outras como Octoberfest, em Blumenal (SC), e paradas de orgulho gays. Os materiais usam a gíria “#partiu teste”, linguagem típica da faixa etária dos jovens, prioritária para a campanha. As peças publicitárias para rádio, outdoor e rede sociais reforçam o conceito de prevenção combinada “camisinha + teste + medicamento”. Além disso, haverá a veiculação do filme em dois telões  instalados na festa e dois caminhões de selfie estarão na entrada do parque do Peão
NOVO PROTOCOLO – “O Brasil está passando por uma revolução, desde o lançamento em dezembro de 2013 do novo protocolo de atendimento às pessoas com HIV e aids”, ressalta Fábio Mesquita. “Em um ano, foi registrado aumento de 30% no número de pessoas que iniciaram o tratamento com antirretrovirais no Brasil. No período de um ano, o número de novos pacientes com acesso aos antirretrovirais passou de 57 mil, em 2013, para 74 mil novos tratamentos, em 2014” explica o diretor.
Este ano, a adoção da política de combate ao HIV e aids no país comemora 30 anos de história. O Brasil tem adotado, ao longo dos anos, e principalmente nos últimos dois anos, uma série de medidas de ampliação da testagem de HIV em populações chaves e a facilitação do acesso de medicamentos, com a incorporação de novas formulações mais fáceis de serem utilizadas pelas pessoas vivendo com HIV e aids.
Essas políticas refletiram na redução da mortalidade e a morbidade do HIV. Desde 2003, houve uma queda de 15,6% na mortalidade dos pacientes com aids no país. A taxa caiu de 6,4 óbitos por 100 mil habitantes em 2003 para 5,7 óbitos por 100 mil habitantes em 2013.
NÚMEROS AIDS – Desde os anos 80, foram notificados 757 mil casos de aids no país. A epidemia no Brasil está estabilizada, com taxa de detecção em torno de 20,4 casos de aids, a cada 100 mil habitantes. Isso representa cerca de 39 mil casos novos ao ano. No Brasil, o coeficiente de mortalidade por aids caiu 13% nos últimos 10 anos, passando de 6,1 óbitos por 100 mil habitantes em 2004, para 5,7 casos em 2013.
   
Nivaldo Coelho, da Agência Saúde 
Ascom/M


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