sexta-feira, 17 de julho de 2015

Homens temem falhar "na hora H", desconhecem a andropausa e não procuram o médico para prevenção de doenças, aponta pesquisa





Apesar da preocupação com desempenho sexual, 51% dos entrevistados nunca foram ao urologista. Estudo revela ainda medo da velhice e receio de doenças cardiovasculares, impotência e câncer de próstata
Eles querem manter o vigor sexual com o passar dos anos. No entanto, a maioria deles não busca acompanhamento médico ou sequer já ouviu falar em andropausa, processo natural do organismo masculino, no qual, em muitos casos, há queda na produção de testosterona. É o que aponta uma recente pesquisa inédita realizada pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) em parceria com a Bayer.
Foram entrevistados 3.200 homens, com mais de 35 anos, em oito cidades brasileiras (São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Porto Alegre, Belo Horizonte, Salvador, Recife e Curitiba) e, apesar da facilidade de acesso à informação disponível atualmente, 57% deles nunca ouviu falar de andropausa ou hipogonadismo e 71% sequer conhece os sintomas do problema que pode ocasionar a tão temida impotência sexual.
As visitas ao especialista também são negligenciadas: 51% dos entrevistados nunca consultou um urologista e a falta de tempo é a razão mais apontada por eles (33%), seguida de perto pela ausência de motivos (32%) ou por medo (15%).
Quando questionados sobre as razões pelas quais pode ocorrer queda nos níveis de testosterona, a falta de conhecimento persiste. Segundo 30% dos homens ouvidos, o problema está ligado ao excesso de trabalho e estresse do dia a dia e 17% acredita na relação com problemas emocionais e psicológicos. Apenas 15% entende que são as mudanças nos níveis hormonais que podem ocasionar a andropausa. 68% não sabe a diferença entre terapia de reposição hormonal e estimulante sexual.
"É extremamente importante os homens visitarem um médico regularmente. Muitos sintomas não se manifestam prontamente e podem desencadear doenças mais graves. Dessa forma, há a possibilidade de uma detecção precoce e indicação do devido tratamento, evitando qualquer impacto na qualidade de vida do paciente", alerta Dr. Carlos Corradi, presidente nacional da Sociedade Brasileira de Urologia.
O mau desempenho na "hora H" afeta a autoestima de 38% dos entrevistados, 33% considera ter o relacionamento com a parceira prejudicado e 16% tem menor qualidade de saúde e bem-estar. No entanto a performance sexual, segundo dados da pesquisa, está muito mais ligada ao receio de não ter ereção (42%) e não ter prazer (25%) do que não satisfazer a companheira (24%).
Um dado preocupante da pesquisa é sobre o uso recreativo ou sem prescrição de medicamentos para disfunção erétil: 62% dos entrevistados utilizam essas substâncias por meio da automedicação, recomendada por amigos, na farmácia ou por meio de informações encontradas na internet. É importante ressaltar os riscos da prática da automedicação.
A pesquisa revela ainda que 51% dos 3.200 homens entrevistados assumiu ter traído sua companheira/esposa e mostra a sua preocupação com a velhice. Somente 43% dos entrevistados encara a velhice de forma positiva, destacando pontos como ter mais tempo para curtir a família (27%) ou se dedicar a um hobby (16%).
"A obesidade e o diabetes somados à hipertensão e ao sedentarismo podem desencadear doenças cardiovasculares entre outros problemas de saúde, afetando a vida sexual dos homens", alerta Dr. Roni de Carvalho Fernandes, presidente da SBU-SP e professor Assistente da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo.

Bayer HealthCare - www.bayerhealthcare.com.br
Sociedade Brasileira de Urologia - www.sbu.org.br.


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