quinta-feira, 7 de maio de 2015

FecomercioSP prevê o pior Dia das Mães da década





Itens mais caros, dependentes de crédito, devem perder espaço na lista de presentes para itens de menor valor

A inflação elevada, somada aos juros altos e à piora no mercado de trabalho, derrubou a confiança do consumidor para o menor nível em 12 anos e afetou diretamente o Dia das Mães, que deve ser o pior da década. A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) já havia antecipado esse cenário e a sondagem da Entidade realizada em 30 de abril, com 1.111 consumidores no município de São Paulo, só confirmou as projeções.
Os dados apontam queda tanto na proporção de pessoas dispostas a comprar presentes (58,5%, ante 61,6% em 2014) como no valor do tíquete médio apurado (R$ 57 contra R$ 65 no ano passado). É a primeira vez na série histórica, iniciada em 2011, que os filhos afirmaram que darão presentes mais baratos do que os presenteados no ano anterior.
Mais da metade dos entrevistados vê o atual momento como pior do que no ano passado - contra apenas 28,3% em 2014.  Menos de 20% acreditam que estão melhores em 2015, e quase 24% afirmam que nada mudou. Entre os que disseram que não presentearão a mãe, 38,6% afirmaram que não farão por estarem sem condições financeiras ou endividados, valor maior do que o observado no ano passado (35,6%).
O consumidor quer evitar se endividar - quase 95% se dizem não estar dispostos a recorrer a financiamentos ou empréstimos para comprar presentes na data. Com isso, cresceu a proporção de entrevistados que pretendem pagar o presente à vista: 76,3% do total pagarão em dinheiro, cheque ou cartão de débito, contra 72% no ano passado. O cartão de crédito será o segundo meio mais utilizado (22%), e os que vão optar pelo parcelamento e recorrerão a carnês e boletos totalizaram 6%.
Muitas mães até gostariam de ganhar eletrodomésticos (9,3%) e celulares (10,4%), mas os filhos afirmam que optarão por itens mais baratos. Os artigos de vestuário, calçados e acessórios estão no topo da lista de compras informada pelos consumidores (38,9%), seguidos por perfumes e cosméticos (14%); eletrodomésticos (7,5%); telefone celular (4%); aparelhos de TV e som (2,9%); flores (2,6%); e cesta de café da manhã, almoço, jantar ou dinheiro (2%).
A pesquisa mostra ainda que, entre os que não pretendem presentear a mãe, 55,5% até estariam dispostos a comprar um presente após a data para aproveitar uma boa promoção.

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