1º de dezembro é o dia
mundial da luta contra a Aids. Especialista comenta a vulnerabilidade das
mulheres. No Brasil, uma em cada cinco mulheres não sabe que está contaminada
com o vírus da Aids
Último dado da Agência AIDS, órgão do
Ministério da Saúde, mostra que, de todos os casos da doença em mulheres
registrados no Brasil, 86,8% foram decorrentes de relações
heterossexuais. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o sexo
feminino representa mais da metade das pessoas infectadas pelo HIV no mundo.
Segundo a médica Elisabete Fernandes
Almeida, especializada em Educação em Saúde e parceira da operadora de
saúde Care Plus, a mulher tem mais propensão a ser
contaminada pelo HIV do que o homem, pois a mucosa da vagina facilita a entrada
do vírus no organismo. Além disso, a superfície de contato da vagina é muito
maior comparado ao pênis, o que aumenta a chance de infecção.
Elisabete comenta ainda que o sexo
feminino é mais vulnerável, pois as mulheres casadas não costumam exigir o uso
de preservativo porque consideram a relação “estável”. Pesquisa da Editora
Abril comprova essa confiança: 80% das mulheres confiam no parceiro e, por
isso, não exigem o uso do preservativo; entretanto, uma em cada cinco mulheres
não sabe que está contaminada.
Outro grupo que também está deixando de
lado a camisinha nas relações sexuais são os adolescentes. O aumento da taxa de
infectados entre 16 e 24 anos é significativo e comprova que os jovens são
descuidados quando o assunto é a prevenção.
Atualmente, no Brasil, há 718 mil
pessoas portadoras do HIV e 39 mil casos novos por ano. “Muitos não sabem que
existem outras formas de contaminação além do sexo com penetração vaginal; o
sexo oral e o sexo anal também são formas de contágio”, alerta a médica e
parceira da Care Plus.
Prevenir sempre!
A Aids não tem cura e o tratamento é
contínuo. Por isso, a medida mais eficaz para combater a doença é prevenir. O
uso da camisinha em todas as relações sexuais ainda é a forma mais segura de evitar o contágio.
“Os casais que iniciam um relacionamento
estável devem se submeter a exames para avaliar a presença do vírus HIV, além
de outras doenças sexualmente transmissíveis. Porém, a estabilidade do
relacionamento não significa que os cuidados devem ser deixados de lado”,
explica Elisabete Fernandes Almeida.
Use a camisinha de maneira
correta
- Guarde em locais frios e secos. A carteira, por exemplo, pode causar danos e tornar o preservativo ineficaz;
- A camisinha tem data de validade, portanto olhe antes de usar;
- Nunca abra a embalagem com os dentes;
- Use lubrificantes à base de água, já que os óleos facilitam o rompimento do material;
- Após o uso, é preciso retirar com cuidado para que o esperma não vaze e descartar com segurança no lixo;
Dra.
Elisabete Fernandes Almeida - Médica com especialização em
Educação em Saúde pela Universidade de Harvard e Clínica Mayo, é escritora e
editora médica, com publicações em várias mídias impressas e digitais. Sua
atuação tem foco na informação e conscientização das pessoas em como obter Bem
Estar e melhorar a sua Saúde e Qualidade de Vida, por meio de hábitos saudáveis
e responsáveis. Elisabete é responsável pelo blog de dicas de saúde da
operadora de saúde Care Plus.
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