BLOG COLABORATIVO REÚNE
PROFISSIONAIS DE TODO O BRASIL EM PROL DA LEITURA INCLUSIVA
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Primeiro
blog sobre leitura para pessoas com deficiência visual entra no ar no Dia do
Cego, 13 de dezembro; a ferramenta é fruto da formação da Rede de Leitura
Inclusiva, incentivada pela Fundação Dorina Nowill para Cegos
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Seguindo o objetivo de fomentar a leitura inclusiva, a Fundação
Dorina Nowill para Cegos tem trabalhado em rede desde 2013. Após
encontros, eventos e ações direcionados aos profissionais da leitura em todo
o Brasil, a Rede de Leitura Inclusiva reúne Grupos de Trabalho (GTs) atualmente
em 12 Estados e prevê alcançar os 27 Estados brasileiros. Estes grupos se
reúnem localmente para compartilhar experiências e elaborar ações em prol da
deficiência visual e demais deficiências, garantindo o fortalecimento, a
atuação e a capilaridade regional.
Para firmar e dar mais visibilidade a esta iniciativa, em 13
de dezembro, Dia do Cego, acontecerá o lançamento do blog colaborativo
“Rede de Leitura Inclusiva – Conectando Todos” (www.redeleiturainclusiva.org.br). Com
este recurso, os GTs que formam a rede de leitura inclusiva poderão aumentar
o diálogo, trocar e compartilhar experiências e manter maior relacionamento
com outras instituições que lidam com a mesma temática. A ação consiste na
parceria entre educadores, bibliotecários, profissionais do livro e leitura,
organizações sociais e governamentais, que serão os responsáveis por
alimentar e manter o blog ativo, inserindo informações atualizadas sobre os
serviços oferecidos pelos participantes ao público com deficiência.
Proximidade dos governos locais
“Este é mais um local para que as pessoas comprometidas com a
inclusão de pessoas com deficiência no acesso à leitura e à informação fiquem
atualizadas e informadas sobre como oferecer materiais acessíveis ao seu
público”, afirma Ana Paula Silva, coordenadora de acesso ao livro da
Fundação Dorina.
Além de enriquecimento cultural, Ana Paula observa outros
benefícios. “Com a formação da Rede Nacional de Leitura Inclusiva já
percebemos um grande ganho: os governos regionais têm se aproximado e
passaram a interagir mais com as ações promovida pelos Grupos de Trabalho
formados. Assim, com mais profissionais envolvidos e maior interatividade com
a sociedade, a questão da deficiência visual ficou mais evidente e percebida
e então ficou clara a necessidade de uma ferramenta que apoie e integre ainda
mais as ações dos GTs por todo o Brasil. E este é o primeiro canal que tratará
exclusivamente do tema da leitura inclusiva e suas particularidades”,
explica Ana Paula.
A Rede de Leitura Inclusiva foi criada para que os materiais
acessíveis – nos formatos braille, fonte ampliada, áudio de digital acessível
– ganhassem maior notoriedade e gerassem maior impacto. A rede foca também na
inclusão a partir da mudança de atitude em relação ao atendimento oferecido
às pessoas com deficiência e uma dos incentivos é que se busque abranger este
público com ações mais propositivas e permanentes. Com a Rede de Leitura
Inclusiva, estima-se que haja um aumento no número de pessoas com deficiência
que terão acesso à cultura e à informação, além de maior disseminação sobre o
tema da deficiência para que se diminuam as barreiras atitudinais e haja maior
conhecimento em todo o país.
A Fundação Dorina incentiva profissionais de todas as regiões
brasileiras a construir e compartilhar seus planos, fortalecer as iniciativas
já existentes, além de criar novas ações, sempre tendo como tema o livro, a
leitura e a inclusão das pessoas com deficiência. Tais ações têm sido
alicerce para a formação de uma Rede de Leitura Inclusiva Nacional.
Cenário
Segundo o IBGE, há no Brasil 6,5 milhões de pessoas com
deficiência visual, sendo que na região Sudeste tem o maior percentual,
representado por 38,09% da população; seguido do Nordeste, com 33,29%. No
Sul, são 13,15%, no Norte, 8,73% e na região Centro-Oeste são 6,73%. Para
atender a cerca de 150 mil pessoas com deficiência visual em todo o Brasil, a
Fundação Dorina produz e distribui livros em formatos acessíveis – braille,
impressão em fonte ampliada, áudio ou digital acessível Daisy – de acordo com
as preferências de leitura de pessoas cegas ou com baixa visão em todo o
Brasil.
A distribuição é feita para mais de 2500 instituições
brasileiras, sendo que o Sudeste representa 45% de organizações, o Sul é
representado por 28%, o Nordeste por 16%, o Centro Oeste por 6% e o Norte por
4% das instituições que recebem materiais acessíveis produzidos e
distribuídos pela instituição (Maio/2014). A instituição acompanha os
lançamentos do mercado editorial para que a pessoa com deficiência visual
possa ler irrestritamente e tenha acesso aos títulos que estão em pauta.
Sobre a Rede de Leitura Inclusiva
Para que
os materiais acessíveis e a inclusão por intermédio da leitura gerem ainda
maior impacto, a Fundação Dorina desenvolve um trabalho de promoção de
leitura inclusiva direcionada aos profissionais de todas as regiões
brasileiras. Desde junho de 2013, a instituição promove Oficinas de
Capacitação, Rodas de Leitura Inclusiva e Grupos de Trabalhos regionais, que
têm sido alicerce para a formação da Rede de Leitura Inclusiva. Atualmente,
12 dos 27 Estados brasileiros estão inseridos, sendo eles São Paulo, Rio de Janeiro,
Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Mato
Grosso do Sul, Bahia, Pernambuco, Pará e Amazonas. Cada Estado, forma seu
grupo de trabalho e atua localmente com diagnóstico e compartilhamento de
ações em prol da deficiência visual e demais deficiências, garantindo o
fortalecimento, a atuação e a capilaridade regional. Este trabalho consiste
em manter os profissionais que lidam com pessoas com deficiência visual
atualizados e informados sobre como oferecer materiais acessíveis ao seu
público. Para os professores, por exemplo, este trabalho desenvolve a técnica
para que a contação de histórias possa ir além e também possa ser interativa
para as crianças com deficiência visual. leiturainclusiva@fundacaodorina.org.br
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