Equilibrando medicina e afetividade para o tratamento de
Alzheimer
Família e cuidado médico adequado são as principais
formas de enfrentar a doença
De acordo com a
Organização Mundial da Saúde (OMS) há cerca de 1 milhão de pessoas com Mal de
Alzheimer no Brasil. Para alertar a população sobre a doença, 21 de setembro
foi definido como Dia Mundial do Mal de Alzheimer.
Doença degenerativa
que atinge principalmente pessoas acima dos 65 anos, a enfermidade tem como
principais sintomas a redução da capacidade mental, perda de funções
cognitivas, como memória e atenção, e desorientação entre tempo e espaço, o que
provoca alterações comportamentais. O idoso passa a esquecer de atividades
simples, como sua rotina, seus compromissos e recados.
“Os principais
sintomas quase não são percebidos. As pessoas acreditam que são ‘coisas da
idade’, e quase sempre a busca por ajuda ocorre quando o idoso já apresenta
sintomas mais graves. Por isso é importante estar atento e procurar apoio
profissional para iniciar o tratamento de forma rápida”, afirma Roberta
Seriacopi, psicóloga e coordenadora de gerontologia, do residencial da terceira
idade, Lar Sant’Ana.
Para diagnóstico
correto, é necessário ajuda de um médico. Avaliação de histórico médico,
mental, nível de comunicação, tomografia e ressonância magnética são algumas
formas para a confirmação da enfermidade.
A constatação de
Alzheimer atinge, além do idoso, a família e as pessoas que com ele convivem.
Todos terão de alterar suas rotinas para acompanhá-lo mais de perto e garantir
segurança e tratamento médico. Atividades intelectuais e físicas também são
grandes aliados no controle da enfermidade.
“Os exercícios que
estimulam a memória apresentam resultados significativos no tratamento de
Alzheimer. Além de estimular o cérebro, a prática propõe momentos de
descontração e prazer”, explica Roberta.
Para atender essa necessidade,
cada vez mais crescente, o Geros Center, centro de atividades físicas e
intelectuais para idosos, em São Paulo, oferece cursos que estimulam a memória,
como: literatura, reminiscência, trabalhando a cabeça, entre outros. A proposta
é promover autonomia, vivência e melhora da capacidade cognitiva.
A doença não tem cura,
mas estudos indicam que não são apenas a genética e o envelhecimento natural os
principais desencadeadores da enfermidade. O controle dos fatores de riscos
evitáveis, como tabagismo, pressão arterial, controle no consumo de açúcar
favorecem na diminuição dos riscos do Mal de Alzheimer e de outros tipos de
demência.
“Uma vida com saúde e equilibrada é a
combinação perfeita para aproveitar a terceira idade”, ressalta Roberta
Seriacopi.
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