quarta-feira, 25 de junho de 2014


Álcool, drogas e direção: combinação perigosa

A partir de julho, cerca de três mil policiais rodoviários federais aumentarão a fiscalização nas estradas. Eles estão sendo capacitados para identificar sintomas de motoristas sob efeito de álcool e outras drogas. O objetivo com o treinamento é reduzir em 50% o número de mortes no trânsito. Esse desafio foi proposto pela Organização Mundial da Saúde (OMS). 

 Trata-se de um treinamento do Programa Crack é Possível Vencer, da Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas do Ministério da Justiça (Senad/MJ), em cooperação com a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e o Centro de Pesquisa em Álcool e outras Drogas (CPAD) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).  

 Além das iniciativas do governo, diversas empresas estão empenhadas em mostrar o quanto o álcool e as drogas são responsáveis por acidentes nas estradas brasileiras.

 De acordo com Alexandre Fagundes, gerente de contas globais e marketing da MiX Telematics no Brasil, a empresa desenvolve soluções, como  a plataforma Autowatch Alcolock, que é integrada à solução de gerenciamento de frotas Fleet Manager. Ele  permite avaliar se o motorista está alcoolizado e impede que ele dê partida no veículo.

 "O sistema Fleet Manager registra o resultado do teste e o momento em que ele aconteceu fechando o sistema de controle e auditoria para garantir a segurança dos motoristas e o cumprimento da lei seca, bem como a prevenção da alcoolemia na direção, conforme lei 12.619/2012", diz Alexandre.

"No Brasil, semelhante a outras partes do mundo, ações de prevenção e de tratamento devem ser implementadas para diminuir os números elevados de acidentes fatais nas estradas. Cada país está em uma etapa diferente na escala desta longa empreitada e seus administradores são responsáveis pela implementação de medidas que se adaptem a cada uma de suas culturas e alcance econômico, entre outros pontos", diz Cristina Pisaneschi, especialista em testes toxicológicos da Crhomatox, laboratório acreditado pelo Inmetro neste tipo de análise.


De acordo com a especialista, um exemplo de iniciativa para contribuir com essa nova consciência é a Resolução 460 do Contran, que estabelece que todos os motoristas com carteira de habilitação nas classes C, D e E, deverão fazer o teste toxicológico de cabelo na obtenção ou renovação da habilitação.

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