Senado inicia segunda
edição de pesquisa sobre a realidade da pessoa com deficiência
O Senado Federal inicia, na próxima semana,
a coleta de dados para a segunda edição da mais completa pesquisa de opinião
já feita junto a pessoas com deficiência no Brasil. O trabalho conduzido pelo
DataSenado, com a parceria do IBDD, vai ouvir pessoas em todo o país e colher
opinião sobre temas como legislação, acessibilidade, transporte, mercado de
trabalho, qualificação, benefício, educação, saúde e lazer. “Só uma base
consistente de dados, obtida através de pesquisas com séries históricas
robustas, possibilita o planejamento adequado de políticas públicas.”
argumenta a superintendente adjunta do IBDD, Raphaela Athayde.
“Uma característica
marcante da pesquisa do DataSenado em andamento está no fato de entrevistar
diretamente o portador de deficiência, o que permite traçar um panorama ainda
mais fiel à realidade em que ele se encontra inserido. Os resultados,
portanto, irão refletir com mais precisão o que pensam as pessoas com
deficiência sobre grandes questões, como trabalho e emprego, inclusão social,
educação e acessibilidade.”, declara o DataSenado.
Procurado pelo Senado
Federal, que buscava uma entidade que tivesse atuação respeitada no setor e
pudesse apoiá-lo na realização, ainda na primeira edição da pesquisa, o IBDD
cooperou na elaboração dos questionários e na indicação de nomes de pessoas
com deficiência para as entrevistas. Com o objetivo de garantir a participação
plena das pessoas com deficiência auditiva, foi criado, e será enviado por
email para o entrevistado, um link para acesso ao questionário com sua
tradução em Libras.
Na primeira edição da
pesquisa, em outubro de 2010 foram realizadas 1.165 entrevistas e a amostra
foi subdividida em três categorias: pessoas com deficiência física (759),
visual (170) e auditiva (236). O desrespeito aos direitos da pessoa com
deficiência foi uma das principais conclusões da amostragem, apontada por 77%
dos entrevistados. “A segunda edição da pesquisa poderá nos dizer sobre a
percepção das pessoas com deficiência acerca da evolução dos serviços e do
respeito à sua cidadania. Essa consciência das pessoas com deficiência é
imprescindível para que o segmento das pessoas com deficiência possa se
fortalecer como grupo de pressão dentro do cenário político brasileiro.”,
observou a superintendente do IBDD, Teresa Costa d’Amaral.
As ruas e calçadas foram
apontadas como o grande entrave para a locomoção - para 87%, nenhuma ou
poucas ruas estão adaptadas em suas cidade, e para 64% os edifícios públicos
não estão acessíveis, 66% no caso dos estabelecimentos comerciais, um cenário
preocupante para o país que vai sediar a Copa do Mundo de 2014 e as
Olimpíadas em 2016.
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Direitos respeitados?
Não 77% Sim 21% Outros 2%
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Instituto Brasileiro dos Direitos da
Pessoa com Deficiência |
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