Falta de conhecimento, tempo ou condições socioeconômicas dificultam o manejo
Que as doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no
país já não é novidade, mas o alarme vem ao saber que os fatores de risco para
desenvolvê-las são modificáveis. Entretanto, rotina agitada, falta de
conhecimento sobre nutrição, dificuldades emocionais, e até mesmo condições
socioeconômicas desfavoráveis podem tornar o controle uma tarefa desafiadora.
Consequentemente, muitas pessoas acabam desenvolvendo doenças cardiovasculares, mesmo cientes dos riscos que correm. Por não terem o hábito de realizar exames preventivos e check-ups, geralmente, procuram um médico apenas em estágios tardios, quando começam a ter sintomas. “Com isso, perde-se a oportunidade de orientar o paciente sobre os melhores hábitos, de detectar e tratar a enfermidade precocemente e de obter uma melhor qualidade de vida”, explica Dr. Nathan Soubihe, cardiologista do Hcor.
Segundo a OMS, 80% das doenças que afetam o coração são ocasionadas por fatores que podem ser controlados e modificados com uma rotina mais saudável. “Neste contexto, o papel dos profissionais de saúde se torna essencial para ajudar as pessoas a entenderem melhor sua condição, a personalizar os tratamentos de acordo com suas necessidades e a apoiá-las ao longo da jornada de recuperação”, ressalta.
Ainda que as pessoas possam se beneficiar de mudanças comportamentais, poucas aderem às boas práticas, conforme revelou o estudo NEAT (The NEtwork to Control ATherothrombosis), publicado pelo Scientific Reports do grupo Nature. Os achados mostram que apenas 0,3% dos pacientes com aterotrombose aderem à prevenção secundária que reduz o risco cardiovascular, o que inclui controle do colesterol, da pressão arterial e do peso, prática de atividade física e cessação do tabagismo.
Apesar de o controle dos fatores de risco parecer ser uma tarefa
impossível, manejá-los com o auxílio de uma equipe multidisciplinar e com o
tratamento individualizado, pode ser a chave para uma vida mais saudável.
“Médicos, nutricionistas, fisioterapeutas e psicólogos são fundamentais para
ajudar as pessoas a entenderem melhor sua condição, a personalizar os
tratamentos de acordo com suas necessidades e a apoiá-las ao longo da jornada
de recuperação. Ao invés de um simples foco em medidas genéricas, esses
profissionais podem criar planos de ação adaptados à realidade de cada
paciente, oferecendo suporte contínuo e educação em saúde”, conta.
Hcor
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