Não é novidade, mas é sempre bom destacar: o
contexto da importância dos dados no mundo corporativo mudou. Se antes,
ferramentas como o data warehouse, um repositório que coleta dados de diversas fontes,
eram consideradas a “bola da vez”, hoje, já não é mais assim. Afinal, estamos
falando de uma era em que a agilidade, a eficiência e a segurança, bem como a
obtenção da informação em tempo real, são pressões que fazem parte do dia a dia
dos C-levels. Nesse sentido, utilizar ferramentas eficazes que apoiem essa
jornada é fundamental.
De acordo com o estudo “Transformações digitais no
Brasil: insights sobre o nível de maturidade digital das empresas no país”,
realizado pela McKinsey com 124 empresas de grande e médio porte em diversos
setores, apenas 12% executam bem a prática de dados e analytics,
além de 13% que já possuem uma mentalidade baseada em dados.
Ou seja, ainda enfrentamos um paradoxo. Muitas
organizações mantêm, até hoje, um fluxo no qual cada área cria seus próprios
indicadores, geram diversas fontes de dados e, na maioria das vezes, os
armazenam em planilhas. É aquela velha história: além de gerar informações que
acabam ficando desconexas, isso também contribui para a tomada de decisões baseadas
em dados incorretos.
Diante desse cenário, que marcou o fim da era do
data warehouse, surgiu uma evolução desse recurso, o data lake, repositório que
armazena grandes volumes de dados, sejam eles estruturados, semiestruturados ou
não estruturados. Mas, quais seriam os ganhos de unir essa tecnologia a um sistema
altamente eficaz?
Foi pensando nisso que a SAP, multinacional alemã,
vem apostando na estratégia de gestão de dados e lançou, recentemente, o SAP
Business Data Cloud (SAP BDC), uma solução SaaS que gerencia e unifica dados
SAP e conecta-se, perfeitamente, a dados de terceiros, fornecendo aos líderes
todo o contexto que precisam para tomar decisões assertivas.
A solução, que possui o conceito de data lake
embarcado, também apoia a melhor governança, possibilitando análises e acesso a
dados concretos dentro do Business Intelligence (BI), promovendo a criação de
um “self service BI”. Isso acontece porque os dados, além
de serem enriquecidos, também refletem corretamente o DNA da empresa. Cabe
enfatizar que a ferramenta ainda conta com a Joule, IA da multinacional alemã,
que já possui linguagem natural, permitindo maior transparência e fluidez
durante o acesso do usuário.
No entanto, falar sobre o leque de melhores
práticas que a solução agrega para a organização brilha os olhos, mas é preciso
lembrar que nenhuma ferramenta consegue sanar todos os desafios sozinha. Isso
é, de nada adianta ter um recurso altamente moderno que centraliza, unifica,
fornece análises e previsões, entre tantos outros benefícios, sem que a base de
dados esteja estruturada.
Atualmente, com a velocidade das coisas, detalhes
importantes acerca da real compreensão do funcionamento da tecnologia são
deixados de lado. O maior exemplo disso é a ascensão da Inteligência
Artificial. Embora o seu hype tenha se dado, principalmente, com a sua versão
em chatbot, essa ferramenta vai muito além. Por sua vez, como qualquer outro
recurso, sua operação se dá por associação. Logo, se as informações estiverem
incorretas, serão fornecidas análises imprecisas, levando a resultados
insatisfatórios para a organização.
Diante disso, ter o apoio de uma consultoria
especializada é sempre o melhor caminho. A equipe, além de atuar como apoio
consultivo para o cliente, traz para a empresa o conceito do negócio com valor
agregado, bem como estrutura o data fabric, apoia no preparo para o uso da IA
e, ainda, reduz a complexidade e os custos, visto que o trabalho será executado
de acordo com as especificações da empresa.
Conforme a transformação digital segue avançando, torna-se essencial que as empresas acompanhem esse movimento, principalmente no que concerne à união da gestão de dados junto à área de negócios. Isso é, já se foi o tempo em que o setor de TI era apenas responsável por atender chamados. A área se tornou uma peça fundamental. Afinal, para garantir resultados no futuro, é preciso conhecer as informações hoje.
Andrey Menegassi - Partner da SolvePlan.
SolvePlan
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