- Com mais de mil peças, a exposição revisita a memória afetiva da infância brasileira por meio de brinquedos icônicos e mobiliários das décadas de 1940 a 1980;
- Com abertura em 28 de novembro (sexta-feira), programação dedicada para toda a família abre a temporada das férias de final de ano;
- A mostra é apresentada pelo Ministério da Cultura e Santander Brasil, com organização da Brazimage·
O
Farol Santander São Paulo abre a temporada de férias com uma exposição que
convida à Uma Viagem ao Mundo dos Brinquedos, mostra que reúne
mais de mil peças representativas da história da indústria do brinquedo no
Brasil. São bonecas, jogos, carrinhos,
figurinhas, autoramas, robôs
e muitos outros itens que marcaram época. Com curadoria de Gandhy Piorski
e acervo da pesquisadora e colecionadora Ana Caldatto, a mostra ocupa a
galeria do 22º andar do edifício ícone do Centro Histórico e segue em cartaz
até 1º de março de 2026.
Ao
revisitar brinquedos icônicos que impactaram gerações de brasileiros, a exposição
convida os visitantes de todas as idades a reconhecer a importância do brincar.
A experiência integra o circuito de visitação do Farol Santander São Paulo, que
reúne exposições, arquitetura, história, gastronomia e vista panorâmica da
cidade.
“A
exposição Uma Viagem ao Mundo dos Brinquedos propõe um mergulho sensível e
afetivo pelas infâncias brasileiras entre as décadas de 1940 e 1980, período em
que os brinquedos refletiam — em forma, cor e função — as transformações
culturais, sociais e tecnológicas do país.” comenta Bibiana
Berg, head sênior de Experiências, Cultura e Impacto Social do
Santander Brasil.
O brinquedo como memória e cultura
A
curadoria parte da ideia de que o brinquedo é ao mesmo tempo criado pela
cultura e recriado pela imaginação da criança. “Brincar é uma lavoura
imaginária, onde a criança planta as sementes de si”, afirma o curador,
Gandhy Piorski. Segundo ele, cada peça exibida carrega o reflexo de seu tempo –
dos hábitos domésticos aos sonhos tecnológicos, da manualidade à ciência, do
afeto familiar à cultura pop – revelando como diferentes épocas moldaram os
modos de brincar no país.
Organizada
em três núcleos, a mostra apresenta brinquedos produzidos entre os anos 1940 e
1980, período de expansão da indústria brasileira e de grandes mudanças
sociais, econômicas e comportamentais. Para potencializar essa viagem no tempo,
a exposição tem ainda ambientações com mobiliário e objetos de época, recriando
contextos familiares e urbanos.
Entre
as raridades estão a coleção de bonecas Susi, lançadas em 1966 e
transformadas em modelos exclusivos brasileiros a partir de 1969. Além disso,
os visitantes vão encontrar o Forte Apache Casablanca, brinquedo
clássico de Velho Oeste e que foi muito popular no Brasil nas décadas de 1960 e
1970, com figuras de índios e caubóis, cavalos, cabanas e o forte em si,
simulando o conflito histórico entre o Exército Americano e os Apaches.
Núcleos da exposição
O nascimento da indústria e os primeiros imaginários
O
período revela brinquedos associados ao cuidado da casa e às convenções de
gênero, além de influências da corrida espacial, da Guerra Fria e dos primeiros
filmes de espionagem. São eles: bonecas de pano, borracha, baquelite e
plástico, brinquedos de lata litografada, jogos de madeira e soldadinhos de
chumbo.
Entre
os destaques está a primeira boneca Emília, inspirada na personagem do Sítio do
Pica Pau-Amarelo, confeccionada em feltro e que foi vendida exclusivamente nas
lojas Mesbla. As famosas casas de lata também estão entre os objetos principais,
além de miniaturas de utensílios domésticos, como panelas.
Brincar como invenção e descoberta
Espaço
dedicado aos brinquedos de microscópios, kits de química, máquinas de costura,
jogos elétricos e conjuntos de engenharia que aproximam a tecnologia e a
imaginação. Os objetos estimulam a curiosidade científica e a experimentação,
transformando o ato de brincar em exercício de criação e investigação.
A
evolução das bonecas também se faz presente, com destaque para a primeira
boneca fashion doll do Brasil, a “Susi Olhos Pintados”, que foi produzida com
roupas, chapéus, maquiagens e acessórios. Os robôs produzidos no Brasil também
ganham espaço na popularidade entre os preferidos da época. O núcleo ainda
exibe uma rara miniatura do “Postinho Esso”, produzido em madeira.
Popularização do plástico, cultura pop e vida nas ruas
Com
a produção em larga escala e o surgimento de novos materiais, os brinquedos
passaram a circular por todo o país. Bicicletas, skates, autoramas, figurinhas,
jogos de botão, bonecas de papel e eletrônicos convivem com o início dos
videogames. O brincar ganha as ruas, reforçando as relações comunitárias e a
troca entre crianças.
Neste
ambiente, entre os destaques, estão os primeiros videogames produzidos e
comercializados no Brasil, como o Telejogo Philco e o Atari, além dos famosos
walk talk. As bonecas e bonecos com articulações e automatizações, como botões
e pilhas, também são referências neste período, bem como os carrinhos com
sistema de locomoção automáticos. Em 1982, chega a primeira Barbie produzida em
solo nacional, outro destaque deste núcleo.
O acervo de Ana Caldatto
Com
mais de quatro décadas dedicadas à coleção, Ana Caldatto é
hoje uma referência nacional no estudo e preservação dos brinquedos
brasileiros. “Me sinto uma colecionadora de emoções”, resume, ao
explicar que cada peça carrega marcas de uso, memória do brincar e tem o poder
de nos transportar a uma viagem ao tempo. Seu acervo abrange itens desde os
anos 1920 até os dias atuais, com foco nos brinquedos das décadas de 60, 70 e
80 – período em que o plástico democratizou o acesso ao brincar.7
Serviço
– Exposição Uma Viagem ao Mundo dos Brinquedos
Período: 28 de
novembro de 2025 a 01 de março de 2026
Local: Farol
Santander São Paulo – Galeria do 22º andar
Endereço: Rua João
Brícola, 24 – Centro, São Paulo/SP
Funcionamento:
Terça a domingo, das 9h às 20h
Ingressos: R$
45,00 (inteira) / R$ 22,50 (meia) - disponíveis pelo site farolsantandersaopaulo.com.br e na bilheteria local.

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