Chegada do verão aumenta procura por minilipo e casos de complicações também crescem

O cirurgião Farid Bark Hamdar, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, alerta para os perigos do procedimento sem respaldo adequado

A proximidade do verão costuma intensificar a busca por um corpo mais magro e definido. Com isso cresce a procura por procedimentos estéticos que prometem resultados rápidos, muitas vezes sem respaldo de entidades médicas e realizados por profissionais sem a qualificação necessária. A minilipo é um desses procedimentos que ganham destaque nesta época do ano impulsionada por anúncios que prometem a remoção de até 1 a 1,5 litro de gordura com preços muito abaixo de uma lipoaspiração convencional. 

A minilipo é uma cirurgia indicada para retirar pequenas quantidades de gordura localizada em áreas como abdômen, flancos, papada ou coxas. Apesar da popularidade, o método é controverso. Cada vez mais surgem relatos na imprensa de complicações graves envolvendo pacientes atendidos por profissionais sem habilitação adequada, especialmente na parte anestésica. Em alguns casos o resultado é embolia pulmonar e até morte. 

O cirurgião plástico Farid Bark Hamdar, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, alerta que a minilipo envolve riscos importantes. “Muitos pacientes procuram procedimentos rápidos, pouco invasivos e com bons resultados, mas isso não elimina a necessidade de cuidado. A minilipo é uma lipoaspiração realizada em uma região pré-determinada com anestesia local. O fato de ocorrer em consultório não reduz os riscos, já que intercorrências podem acontecer”, informa. 

Farid afirma que a falta de uma equipe completa, bem preparada, em local adequado, contribui para o aumento das complicações. “A recomendação é de que o paciente sempre verifique se o médico é membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. Outro ponto importante é a presença de um anestesista durante o procedimento. Esses cuidados aumentam a segurança da cirurgia e do pós-operatório”, diz. 

A minilipo pode ser realizada fora do ambiente hospitalar, como em clínica ou consultório, desde que conduzida por um cirurgião plástico qualificado, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, com equipe anestésica habilitada e em um ambiente devidamente autorizado e regulamentado pelos órgãos competentes. Dessa forma o procedimento mantém segurança, estrutura adequada e respaldo profissional.


Doutor Farid Bark Hamdar - Clínica Lenzi
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