sábado, 29 de novembro de 2025

Ano novo sem vergonha: 5 passos para começar a lidar com a timidez excessiva

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Especialista explica como identificar quando a timidez passa dos limites e dá algumas reflexões para lidar com ela

 

Ano novo batendo na porta e, junto com ele, chegam também as reflexões pessoais para quem precisa lidar com a timidez excessiva. Para o professor e psicólogo Juliano Trindade, da Faculdade Una Lafaiete, é possível reverter este quadro — e o primeiro passo é aprender a identificar quando a timidez deixa de ser discreta e passa a prejudicar o dia a dia.

“A timidez pode ser vista como um padrão de comportamento que muitas pessoas possuem. Mas, isso pode se tornar um problema quando ele começa a trazer prejuízos na rotina”, alerta Trindade. O professor cita alguns passos para iniciar esse processo de autoconhecimento. Lembrando que buscar auxílio de um profissional de Psicologia é uma das fases importantes neste período:

 

1 – Identificando o excesso de timidez - “A timidez pode levar ao isolamento social, à evitação ou a fuga de oportunidades importantes como, se candidatar a uma entrevista de emprego, ou ir a eventos sociais. Aí sim é hora de se preocupar. Além disso, observe quando a timidez começa a gerar sentimentos de frustração e dificuldade para se conectar com as outras pessoas, mesmo no seu ciclo social ou em outros ciclos”. De acordo com o professor da Una Lafaiete, se a timidez estiver impedindo a pessoa de viver de forma mais plena e confiante, é importante procurar maneiras de lidar com isso de uma forma mais assertiva.

 

2 – É possível vencer a timidez sozinho? - “Existem técnicas, sim, que fazem com que a gente trabalhe a timidez de forma individual. Uma dessas técnicas é enfrentar seus medos de forma gradual. Isso significa que a gente deve começar com as interações sociais mais simples, como cumprimentar alguém ou iniciar uma conversa, mesmo que breve. Aos poucos, vá enfrentando situações mais desafiadoras, como falar em um grupo ou em público. Isso ajuda a diminuir os sinais e sintomas de ansiedade e aumentar a sua confiança”, sugere o professor.

 

3 – Pense diferente – “A maioria dos nossos pensamentos são automáticos, rápidos e, muitas vezes, negativos e distorcidos. Como, por exemplo, acha que as outras pessoas vão julgar o tímido ou que ele não é uma pessoa interessante. A gente deve desafiar esses pensamentos. Lembrando-se que todos nós temos inseguranças”, lembra. Um caminho importante para enfrentar isso é tornar os pensamentos mais equilibrados, como por exemplo, compreendendo que todos cometem erros e isso faz parte do aprendizado. “Isso é uma tarefa diária que pode ser reforçada todos os dias”, indica. E por último, Trindade indica a prática de técnicas de relaxamento. “Antes de enfrentar uma situação social que causa ansiedade ou sinais e sintomas de ansiedade é interessante respirar profundamente e de forma bem controlada. Isso faz com que a gente fique mais calmo para lidar com as dificuldades”.

 

4 – Hora de procurar um profissional – O profissional de Psicologia vai identificar as causas, as raízes desse problema e desenvolver estratégias junto a essa pessoa. “Este profissional vai conseguir traçar um plano terapêutico para auxiliá-la e também recomendar um tratamento adequado que pode incluir também a ajuda de outros profissionais”.

 

5 – Adulto tem jeito? – “É totalmente possível conseguirmos vencer a timidez na fase adulta. Para isso algumas estratégias podem ajudar bastante, que é o enfrentamento gradual. Comece com pequenas interações sociais e aumente a dificuldade aos poucos. E redirecione o foco: em vez de se preocupar com o que os outros pensam, concentre-se na conversa, em ouvir o que o outro está dizendo, isso reduz os sinais e sintomas de ansiedade e melhora a interação”, ensina o professor da Una Lafaiete. No mais, é importante sempre buscar o aprendizado. Afinal, ninguém nasce sabendo e viver é aprender a todo momento. “Pratique a assertividade, aprenda a expressar suas opiniões e necessidades de forma clara e respeitosa, isso ajuda a construir a autoconfiança e facilita também para que as relações sejam mais saudáveis”, explica.


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