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| Crédito: Marcelo Silva |
Com direção de Marcelo Braga, a peça aborda o esforço coletivo e individual para superar os traumas enfrentados pelo povo brasileiro
"Um
passado inventado nunca pode servir; ele desaba sob a pressão da vida feito
lama na estação da seca. Aceitar seu passado não é o mesmo que afundar nele, é
aprender como usá-lo" - James Baldwin
O drama de
uma mãe que perdeu seu único filho para a Covid-19 é tema de A Recaída,
o primeiro texto dramatúrgico de Filipe Doutel e Victória Camargo,
que tem sua temporada de estreia no Atelier Cênico, de 1º a 23 de novembro, com
sessões aos sábados, às 20h, e aos domingos, às 19h.
Com
direção de Marcelo Braga, o monólogo mostra a mãe/atriz se preparando no
camarim para voltar aos palcos após um hiato de 40 anos. Ela reflete sobre as
suas diversas perdas, sua trajetória artística iniciada nos estertores de uma
ditadura militar até chegar ao passado recente, no qual o país passou por uma
pandemia mortal.
A peça
aborda o esforço coletivo e individual para superar os traumas atuais e também
aqueles que constituíram o Brasil como nação.
A peça,
pelo diretor Marcelo Braga
“A
RECAÍDA" é uma peça que fala da nossa história recente e narra a
trajetória de uma atriz que volta aos palcos 40 anos depois da sua estreia. A
história dessa mulher é marcada por dois momentos importantes, tanto para o
país como para ela: 1984, ano da campanha das Diretas Já, e 2021, ano do ápice
da pandemia de Covid 19.
No
primeiro momento, ela perde o namorado e pai do filho que carrega na barriga e
no segundo momento, perde o filho para Covid. O espaço cênico pensado para
contar essa história foi batizado de CASA-CAMARIM pois abriga a volta da atriz
aos palcos e, ao mesmo tempo, guarda também suas memórias desses 40 anos que
separam as duas estreias.
Minha
busca, como diretor, foi trazer para a cena o que fosse essencial para podermos
compreender o caminho percorrido por ela: as memórias do namorado e do filho e
os figurinos e elementos de cena que ela vai utilizando para se preparar para a
reestreia (hoje ela vai representar Mãe Coragem, de Brecht e, 40 anos atrás,
ela representou Katrin, a filha muda de Mãe Coragem).
A RECAÍDA
fala de vivências cíclicas, tanto pessoais como sociais, como descreve a
personagem: ‘Habito um passado que não passa. Foge de mim, um futuro que nunca
chega.’ A luz tem a função de compor os diversos momentos pelos quais passa a
nossa protagonista e a trilha compõe a moldura para as memórias que ele
re-visita.
A volta ao
teatro, depois de tanto tempo, representa um rito de cura dessa personagem. É
mais uma vez a Arte do Teatro nos apontando o caminho para entendermos a vida e
as contradições do nosso tempo!”
Ficha Técnica
Dramaturgia - Filipe Doutel e
Victória Camargo
Direção - Marcelo Braga
Elenco - Victória Camargo
Cenografia e Figurino -
Stephanie Fretin
Trilha Sonora - Daniel Ganjaman
Desenho de Luz - Rodrigo Palmieri
Designer Gráfica - Camila
Bigliani
Op. de Luz – Maurício Shirakawa
/ Lê Carmona
Op. de Som – Maria Fernanda
Assumpção
Produção - Leandro Ivo
(Fulano's Produções Artísticas)
Mídias Sociais – Laura de
Carvalho
Assessoria de Imprensa – Pombo
Correio
Fotos - Fábio Gansl / Marcelo
Silva
Sinopse
A Recaída é uma ficção teatral
sobre uma atriz que perde seu filho único na epidemia do coronavírus. O
monólogo mostra a mãe/atriz se preparando no camarim para voltar aos palcos
após um hiato de 40 anos. Ela reflete sobre as suas diversas perdas, sua
trajetória artística iniciada nos estertores de uma ditadura militar até chegar
ao passado recente, no qual o país passou por uma pandemia mortal.
Serviço
A Recaída, de Filipe Doutel e
Victória Camargo
Temporada: 1º a 23 de novembro
de 2025, aos sábados, às 20h, e domingos, às 19h
Atelier Cênico - Rua Fortunato, 241, Vila
Buarque, São Paulo
Ingressos: R$ 80 (inteira) | R$ 40
(meia-entrada)
Venda online via Sympla
Capacidade: 50 lugares
Classificação: 12 anos
Duração: 50 minutos
Acessibilidade para cadeirantes

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