Em 2025, mais de 2
milhões de famílias saíram do programa federal do Bolsa Família. Sebrae e MDS atuam
em conjunto para apoiar estas pessoas na trajetória empreendedora
A geração de emprego e renda, aliada ao estímulo ao empreendedorismo, tem possibilitado a superação da pobreza em diversas partes do país. Somente em 2025, mais de 2 milhões de famílias saíram do Programa Bolsa Família. A maioria (1,3 milhão) deixou de receber o benefício em razão do aumento da renda familiar e outras 726 mil famílias concluíram o período na regra de proteção. Dados do Sebrae, a partir de informações do Cadastro Único para Programas Sociais, apontam que dos 4,6 milhões de pessoas inscritas que têm algum negócio, 41,7% (1,9 milhão) fazem parte do programa e podem seguir o mesmo caminho no futuro.
“O empreendedorismo é, para milhões de brasileiros, a principal fonte de renda e uma via de superação. O MEI é a porta para o mundo dos negócios formais, unindo coragem e necessidade em uma mesma trajetória. Quem se formaliza aumenta a renda em até 25%. A partir desses dados, ganhamos um novo olhar sobre esses empreendedores — não são apenas números, mas pessoas que transformam desafios em oportunidades todos os dias e enfrentam um mercado que não foi criado para eles”, ressalta o presidente do Sebrae, Décio Lima.
Outro ponto de destaque é em relação à geração de empregos pelas micro e pequenas empresas. No somatório dos primeiros oito meses do ano, foram criados 982,9 mil postos de trabalho pelo segmento. Além disso, dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) mostram que 58% do saldo de empregos do primeiro semestre foi preenchido por beneficiários do Bolsa Família.
“A
inclusão social, de renda e emprego, passa pelo empreendedorismo. As políticas
públicas, promovidas pelo presidente Lula e pelo vice-presidente Geraldo
Alckmin, se refletem nas estatísticas econômicas, mas, principalmente, no bolso
e na dignidade dos trabalhadores do país”, ressalta Décio Lima.
Regra de proteção
O
critério de acesso ao Bolsa Família é renda per capita até R$ 218. Quando as
famílias ultrapassam esse valor até o limite de renda de R$ 706 por pessoa,
elas seguem no programa por um período de transição, recebendo 50% do
benefício.
Parceria entre Sebrae e MDS
Assinado em 2023, o Acordo de Cooperação Técnica (ACT) entre o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) e o Sebrae visa à integração de esforços para uma atuação articulada na promoção socioeconômica de famílias em vulnerabilidade social. Entre as ações previstas está o compartilhamento de informações do Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal e do Programa Bolsa Família para o desenvolvimento de estudos e pesquisas sobre os pequenos negócios para o aprimoramento de políticas públicas.
O primeiro levantamento realizado
a partir da parceria mostrou que um grande contingente de pessoas inscritas no
CadÚnico tem decidido empreender após ingressar na plataforma. Do total de
microempreendedores individuais (MEIs) que estão cadastrados, 55% (2,5 milhões)
tiveram a iniciativa de começar a empreender após a inscrição. Do universo de
95,3 milhões de pessoas inscritas, 4,6 milhões são MEI e mais de um terço
(34,1%) já foi atendido pelo Sebrae ao menos uma vez entre janeiro de 2020 e
julho deste ano. Este apoio da entidade tem dado resultado: os MEIs que estão
no Cadastro e foram atendidos pelo Sebrae possuem maior percentual de empresas
ativas (78,9%) em comparação àqueles não atendidos (61,5%).
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