quarta-feira, 1 de outubro de 2025

Como a nova regra de check-in pode impulsionar a rentabilidade de hotéis e pousadas de médio e pequeno porte

Mudanças trazidas pelo Ministério do Turismo criam desafios operacionais, mas também oportunidades de gestão e diferenciação no setor

 

A portaria publicada pelo Ministério do Turismo, que atualiza os horários e regras para o check-in em hotéis e pousadas, promete mexer não apenas com a rotina dos estabelecimentos, mas também com suas estratégias de rentabilidade. Especialistas em gestão acreditam que, para pequenos e médios empreendimentos, a medida pode representar uma chance de reorganizar processos, melhorar a experiência do hóspede e gerar novas fontes de receita.

De acordo com Roberto Tonetti, sócio cofundador do Duarte Tonetti Advogados, o impacto das novas normas deve ser analisado sob uma ótica de eficiência. “A mudança pode ser vista como um convite à profissionalização, haja vista que muitos hotéis e pousadas ainda operam com rotinas informais”, diz.

Na prática, a padronização dos horários pode ajudar as empresas a estruturarem políticas mais claras de hospedagem, facilitando a previsibilidade financeira. Além disso, abre espaço para serviços adicionais que podem se converter em receitas extras.

“Com regras mais claras, o empresário tem condições de estruturar novos serviços e oferecer benefícios que antes não estavam organizados, inclusive se proteger juridicamente para evitar perda financeira”, explica Tonetti.

Outro ponto é a importância de conciliar o cumprimento da regra com uma gestão de custos eficiente. Estabelecimentos que investirem em tecnologia e em boas práticas administrativas tendem a ter ganhos competitivos.

“De toda forma, é fundamental que os hotéis deixem claros nos contratos e nas plataformas de reserva os horários de check-in e check-out, as condições de limpeza e as regras para cobrança de serviços adicionais. O check-in digital traz também a responsabilidade de proteger os dados dos hóspedes, em conformidade com a LGPD. Além disso, contratos com agências e operadoras precisam ser ajustados para evitar divergências. Quem se antecipar nessas adequações reduz riscos de litígio, garante previsibilidade e ainda reforça sua imagem de confiança no mercado. Afinal, acredito que estar em compliance é sinônimo de vantagem competitiva”, alerta.

Para Tonetti, a nova regra deve ser encarada como oportunidade de inovação e reposicionamento no setor. Ao transformar exigências legais em instrumentos de gestão estratégica, hotéis e pousadas não apenas cumprem suas obrigações, mas também conquistam eficiência, segurança e credibilidade.

“Mais do que seguir a portaria, é a chance de se diferenciar. Quem alinhar operação, compliance e experiência do cliente terá um espaço de destaque na hotelaria do futuro”, conclui.

 

Roberto Tonetti - sócio cofundador do Duarte Tonetti Advogados. Especialista em Administração de Empresas, lidera a gestão estratégica do escritório com foco na advocacia preventiva e no crescimento sustentável de pequenas e médias empresas. Com mais de 20 anos de carreira, é referência em transformar a assessoria jurídica em uma aliada dos negócios.



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