Com acompanhamento médico, é possível atingir a meta de maneira segura, incluindo uma rotina de exercícios apropriados, dieta balanceada e até o uso das “canetas emagrecedoras”, dependendo do perfil e da necessidade
A obesidade se tornou um problema de saúde pública.
No Brasil, de acordo com o Atlas Mundial da Obesidade 2025, cerca de 68% dos
adultos têm excesso de peso. Estas condições podem trazer diversos riscos à
saúde, como diabetes tipo 2, hipertensão e doenças cardiovasculares. No caso da
obesidade grave, há uma associação à redução da qualidade e expectativa de vida
em 9,1 anos em homens e de 7,7 anos em mulheres.
Um estudo com mais de 23 mil pessoas acompanhadas ao
longo de até 35 anos mostrou que cerca de 6,5 % de perda de peso é suficiente
para reduzir de forma substancial o risco de doenças crônicas e de mortalidade,
mesmo sem qualquer intervenção cirúrgica ou uso de medicamentos. O material foi
publicado pela revista Jama Network Open, da Associação Médica Norte-Americana.
“Buscar a orientação médica e traçar uma mudança de
hábitos, aliando exercícios físicos a uma dieta equilibrada são essenciais para
a manutenção da saúde. Desta forma, podemos ajudar, de maneira personalizada, a
conseguir bons resultados e de maneira segura”, ressalta o cardiologista do
Hcor, Dr. Alexandre Abla.
Hoje, novas abordagens passam a ganhar destaque no
combate à obesidade, como o uso de medicamentos específicos para a redução de
gordura. “Por muitos anos, a obesidade foi vista como uma doença associada à
falta de vontade dos pacientes, que não aceitavam dietas restritivas ou a
prática regular de atividades físicas. Atualmente, ela é compreendida como uma
doença crônica, não transmissível, muitas vezes, de difícil controle e que
necessita de uma abordagem integrada do paciente.
Conforme explica Abla, o uso de medicamentos injetáveis,
como as chamadas “canetas emagrecedoras”, representa uma nova era no tratamento
da obesidade. Estes medicamentos são vistos hoje como um processo inicial para
combater o acúmulo de gordura, uma vez que estes dispositivos atuam na perda de
peso e, consequentemente, auxiliam na regulação do apetite e do metalismo, na
saciedade (redução de fome), no bem-estar e na disposição para a prática
esportiva.
“Antigamente, a intervenção médica era vista como a
última etapa no processo de emagrecimento, o que já não é mais um consenso. O
uso das canetas emagrecedoras com acompanhamento médico já mostra ótimos
resultados quando aplicado na fase inicial, seguido pela mudança efetiva de
hábitos, como alimentação adequada e prática regular de exercícios”, finaliza o
Dr. Alexandre Abla.
Nenhum comentário:
Postar um comentário