sábado, 27 de setembro de 2025

Emagrecer menos de 7% do peso corporal ajuda a reduzir risco de doenças crônicas e morte

Com acompanhamento médico, é possível atingir a meta de maneira segura, incluindo uma rotina de exercícios apropriados, dieta balanceada e até o uso das “canetas emagrecedoras”, dependendo do perfil e da necessidade 


A obesidade se tornou um problema de saúde pública. No Brasil, de acordo com o Atlas Mundial da Obesidade 2025, cerca de 68% dos adultos têm excesso de peso. Estas condições podem trazer diversos riscos à saúde, como diabetes tipo 2, hipertensão e doenças cardiovasculares. No caso da obesidade grave, há uma associação à redução da qualidade e expectativa de vida em 9,1 anos em homens e de 7,7 anos em mulheres.

Um estudo com mais de 23 mil pessoas acompanhadas ao longo de até 35 anos mostrou que cerca de 6,5 % de perda de peso é suficiente para reduzir de forma substancial o risco de doenças crônicas e de mortalidade, mesmo sem qualquer intervenção cirúrgica ou uso de medicamentos. O material foi publicado pela revista Jama Network Open, da Associação Médica Norte-Americana.

“Buscar a orientação médica e traçar uma mudança de hábitos, aliando exercícios físicos a uma dieta equilibrada são essenciais para a manutenção da saúde. Desta forma, podemos ajudar, de maneira personalizada, a conseguir bons resultados e de maneira segura”, ressalta o cardiologista do Hcor, Dr. Alexandre Abla.

Hoje, novas abordagens passam a ganhar destaque no combate à obesidade, como o uso de medicamentos específicos para a redução de gordura. “Por muitos anos, a obesidade foi vista como uma doença associada à falta de vontade dos pacientes, que não aceitavam dietas restritivas ou a prática regular de atividades físicas. Atualmente, ela é compreendida como uma doença crônica, não transmissível, muitas vezes, de difícil controle e que necessita de uma abordagem integrada do paciente.

Conforme explica Abla, o uso de medicamentos injetáveis, como as chamadas “canetas emagrecedoras”, representa uma nova era no tratamento da obesidade. Estes medicamentos são vistos hoje como um processo inicial para combater o acúmulo de gordura, uma vez que estes dispositivos atuam na perda de peso e, consequentemente, auxiliam na regulação do apetite e do metalismo, na saciedade (redução de fome), no bem-estar e na disposição para a prática esportiva.

“Antigamente, a intervenção médica era vista como a última etapa no processo de emagrecimento, o que já não é mais um consenso. O uso das canetas emagrecedoras com acompanhamento médico já mostra ótimos resultados quando aplicado na fase inicial, seguido pela mudança efetiva de hábitos, como alimentação adequada e prática regular de exercícios”, finaliza o Dr. Alexandre Abla.


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