terça-feira, 30 de setembro de 2025

Outubro Rosa investe em ações ainda mais abrangentes e inclusivas em 2025

Chormail
Projeto que agrega sete importantes associações médicas, entre elas a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), destaca a inclusão, a importância do acesso a cirurgias reparadoras da mama e traz diretrizes a partir de estudos sobre o enfrentamento do câncer de mama no Brasil 

 

A união de sete importantes associações médicas, entre elas a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), conduz ações ainda mais inclusivas e abrangentes em 2025 com a campanha Outubro Rosa. As iniciativas visam ampliar o acesso ao diagnóstico e tratamento do câncer de mama, contempladas agora pela recomendação do Ministério da Saúde, aliada às indicações das entidades médicas, para a realização da mamografia a partir dos 40 anos de idade. Segundo projeção do Instituto Nacional de Câncer (Inca), o País deve registrar 74 mil novos casos no encerramento do triênio 2023-2025. Juntamente com o enfrentamento da doença, as ações da campanha visam combater as fake news por meio de informações confiáveis, disponibilizadas no site juntossomosmaisfortes.org.br. Desde o ano passado, o site tem prestado um serviço inestimável de esclarecimento à população brasileira.

A campanha Outubro Rosa 2025 agrega Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), Sociedade Brasileira de Radioterapia (SBRT), Sociedade Brasileira de Genética Médica (SBGM), Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO), Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR), Federação Brasileira das Associações de Ginecologia Obstetrícia (Febrasgo).

De acordo com Tufi Hassan, presidente da SBM, a ação conjunta tem o propósito de direcionar esforços para ampliar a prevenção, o acesso a exames e atendimento e também combater a desinformação sobre o câncer de mama a partir do movimento Juntos Somos Mais Fortes.

A ação coordenada pelas entidades médicas conta com a participação dos personagens da Turma da Mônica, de Mauricio de Sousa. A proposta, segundo o presidente da SBM, é expandir a abrangência das informações, envolvendo, principalmente, o público jovem.

 

Mamografia a partir dos 40 anos

O Ministério da Saúde passa a recomendar agora a realização “sob demanda” da mamografia a partir dos 40 anos de idade no SUS (Sistema Único de Saúde). Esta indicação se alia aos esforços das principais associações médicas brasileiras na definição de diretrizes para o enfrentamento efetivo do câncer de mama no Brasil

O empenho em demonstrar a necessidade do início do rastreamento mamográfico aos 40 anos conta com a elaboração de estudos científicos conduzidos pela SBM e apresentados em eventos de importantes sociedades médicas internacionais, a exemplo da ASCO (American Society of Clinical Oncology). Uma dessas pesquisas, realizada em conjunto com o Centro Avançado de Diagnóstico de Doenças da Mama (CORA) da Universidade Federal de Goiás, mostrou um panorama inédito sobre o rastreamento da doença no Brasil na última década.

Com base em informações extraídas de bancos de dados do SUS (DataSUS), no período de 2013 a 2022, o estudo constata que entre mulheres com 40 a 49 anos, faixa etária para a qual a Sociedade Brasileira de Mastologia indica o início do rastreamento mamográfico, a média de exames realizados chegou a 22% em uma década. No mesmo período analisado, 54% dos casos diagnosticados são dos estadios III e IV, os mais avançados da doença.

O estudo também traz dados sobre mulheres de 50 a 69 anos, faixa que o Ministério da Saúde prioriza para a realização da mamografia. Neste grupo, 33% estão incluídas no rastreamento mamográfico, com 48% dos diagnósticos nos estadios III e IV.

Com efeito, o Ministério da Saúde passa a oferecer acesso garantido à mamografia no SUS para mulheres de 40 a 49 anos de idade, sem rastreamento obrigatório a cada dois anos. Para a faixa de 50 a 74 anos, o rastreamento é bienal. Acima dos 74 anos, a decisão é individualizada, de acordo com comorbidades e expectativa de vida. Antes restrito a mulheres de 69 anos, a expansão da faixa até 74 anos sinaliza, segundo Tufi Hassan, é um benefício importante para uma população, que tem agora a oportunidade de acesso ao exame.

 

Inclusão ampliada

Este ano, o projeto Outubro Rosa reflete a ampliação de seu alcance também no slogan da campanha: “Juntos somos mais fortes – para todos”.

Essa amplitude, segundo Tufi Hassan, tem como inspiração a criação de um departamento na SBM voltado à inclusão, reforçando o compromisso da entidade em aprimorar a atenção para toda a população, agora com um olhar especial às pessoas com deficiência. O Departamento de Saúde Inclusiva surge com o propósito de garantir que a prevenção, o diagnóstico e o tratamento do câncer de mama sejam acessíveis a todas as mulheres, independentemente de suas condições físicas, sensoriais e cognitivas.

 

Cirurgia reparadora da mama

A perspectiva da campanha Outubro Rosa 2025 de expandir o acesso ao tratamento do câncer de mama é contemplada por várias iniciativas. Uma delas tem o respaldo da Lei nº 15.171/2025, que passa a vigorar a partir de novembro. A nova regra amplia o direito das mulheres de recorrerem ao SUS (Sistema Único de Saúde) e também à saúde suplementar, que engloba o atendimento por operadoras e planos privados, para realizar cirurgia reparadora de mama.

De 74 mil mulheres submetidas à mastectomia no SUS, apenas 20% passam pela reconstrução mamária. A demanda, embora considerada expressiva, seja pela aceitação da própria paciente em se submeter ao procedimento ou por condições de disponibilidade para a realização da cirurgia, encontra hoje um panorama melhor que no passado, segundo Tufi Hassan.

Além da atuação das sociedades médicas para que os direitos das mulheres sobre cirurgias reparadoras de mama sejam ampliados por meio de leis, a Sociedade Brasileira de Mastologia é pioneira no Estado de São Paulo em cursos hands on de formação em cirurgia oncoplástica de reconstrução mamária. Atualmente, a SBM promove o aprimoramento da cirurgia mamária oncoplástica com cursos em Goiânia, Jaú e Salvador, bem como por meio da Jornada Brasileira de Oncoplastia, realizada anualmente, e de parcerias com instituições internacionais.

O Brasil, aliás, é modelo de sucesso de treinamento e preparação de cirurgiões de mama em técnicas oncoplásticas, pois 50% dos mastologistas brasileiros já realizam estas cirurgias. É o que revela um estudo realizado entre os mastologistas afiliados da SBM e publicado na Annals of Surgical Oncology (ASO). Comparativamente, a Sociedade Americana de Cirurgiões de Mama constatou que apenas 10% de seus membros realizam mamoplastia redutora ou simetrização contralateral. Levantamento canadense revelou resultados semelhantes.

 

Testagem genética

Entre discussões relevantes que têm envolvido SBM, associações médicas, universidades e entidades com atuações importantes, e resultaram em documentos encaminhados ao Ministério da Saúde para implementação de procedimentos e serviços em todo o Brasil, está a estruturação de testagem genética para detecção de mutações patogênicas e provavelmente patogênicas para pacientes com câncer de mama e ovário e seus familiares no âmbito do SUS.

Entre os fatores aumentados de risco, especialistas destacam a mutação do gene BRCA. De acordo com a SMB, esta alteração genética representa até 80% de possibilidade de desenvolvimento de câncer de mama e de 40% para o de ovário.

O exame para Detecção de Mutação Genética dos Genes BRCA1 e BRCA2, custeado pelo SUS, é um meio eficiente para identificar a mutação e realizar medidas profiláticas que podem salvar milhares de mulheres. Embora exista legislação que permite a realização do teste em cinco Estados brasileiros, incluindo Rio de Janeiro, Minas Gerais, Distrito Federal e Amazonas, somente Goiás, de fato, implementou o exame.

 

Disponibilidade de medicamentos

Com a participação da SBM, um estudo revela diferenças no tratamento do câncer de mama oferecido no SUS e pela saúde suplementar. A pesquisa mostra nos dois sistemas de saúde o impacto do acesso ao trastuzumabe, medicamento essencial para pacientes com câncer de mama HER2+, subtipo particularmente agressivo associado a altas taxas de mortalidade. O levantamento indica a importância e a urgência de equiparar a acessibilidade a esta droga, que combinada com a quimioterapia no tratamento neoadjuvante aumenta a taxa de resposta patológica completa, ou seja, a eliminação total do tumor.

No Brasil, aproximadamente 75% da população depende de tratamento no SUS. O trastuzumabe passou a fazer parte do rol de medicamentos para tratar o câncer de mama HER2+ em julho de 2012 e começou a ser distribuídos em hospitais públicos em janeiro de 2013.

Além do trastuzumabe combinado com a quimioterapia, outro medicamento, chamado pertuzumabe, também aprovado para tratamento de câncer de mama HER2+, continua amplamente indisponível no SUS. Neste sentido, o Outubro Rosa é uma oportunidade, segundo o presidente da SBM, para a ampliação do acesso aos medicamentos, especialmente na rede pública de saúde.

 

Triplo-negativo

O câncer de mama triplo-negativo, que representa um alto índice de mortalidade no Brasil, especialmente entre mulheres jovens, é tema de investigação científica por especialistas da SBM, com a participação de pesquisadores de várias universidades e hospitais brasileiros, sinalizando a necessidade de acesso e tratamento mais rápido para as pacientes da rede pública de saúde, com melhores resultados. O levantamento também dimensiona os custos do tratamento no SUS.

Diferentemente de outros tipos de câncer de mama, esta forma agressiva da doença não responde a terapias hormonais, tornando a quimioterapia a principal opção de tratamento. Entre as novas drogas há o pembrolizumabe, imunoterapia usada especificamente para o tripo-negativo, mas que ainda não está disponível no SUS.

De acordo com o estudo, o custo do tratamento no SUS aumenta conforme o câncer triplo-negativo avança. Para uma paciente em estágio inicial (I), o gasto médio mensal com quimioterapia é de US$ 101,87 (cerca de R$ 570), enquanto para uma mulher com câncer avançado (estágio IV), o valor sobe para US$ 314,77 (cerca de R$ 1.760) na primeira linha de tratamento e pode ser ainda maior em fases mais avançadas. No total, o SUS pode gastar mais de US$ 625 mil por paciente que precisa tratar a doença em estágio avançado.

“O projeto Outubro Rosa 2025, colocado em curso pela união e a força de sete das mais importantes sociedades médicas do Brasil, reforça que o câncer de mama tem cura se for diagnosticado precocemente. ‘Juntos somos mais fortes’ para enfrentar de forma eficiente uma doença que tanto sofrimento traz às mulheres brasileiras e suas famílias”, finaliza Tufi Hassan.


Sociedade de Pediatria de São Paulo alerta: consumo de bebidas alcoólicas adulteradas com metanol já provocou mortes em SP


No último mês foram registrados em São Paulo três óbitos e nove casos de intoxicação por metanol, segundo dados da Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas e Gestão de Ativos (Senad). O número, considerado “fora do padrão”, levanta suspeitas de uma possível origem comum do produto, ligada à ingestão de bebidas alcoólicas adulteradas.

A intoxicação por metanol é especialmente perigosa porque não pode ser identificada pelo paladar e seus sintomas podem levar de 6 a 24 horas (ou mais, se ingerido junto ao álcool etílico) para se manifestar. Os riscos incluem acidose metabólica grave, insuficiência renal aguda, cegueira irreversível, coma e até morte.

Entre os sinais de alerta estão:

  • Iniciais: náuseas, vômitos, dor abdominal, cefaleia, tontura e sonolência.
  • Metabólicos/respiratórios: hiperventilação (padrão de Kussmaul), fraqueza intensa.
  • Neurológicos: confusão mental, convulsões e rebaixamento do nível de consciência.
  • Visuais (característicos): visão turva, escotomas, fotofobia; podendo evoluir para cegueira.

A Dra. Sara Saul, presidente do Departamento Científico de Segurança da Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP), reforça o alerta:

“Estamos diante de uma ameaça real à saúde pública. A ingestão de bebidas alcoólicas de má procedência pode custar vidas em questão de horas. É fundamental que a população reconheça os sinais de intoxicação e procure imediatamente atendimento médico diante da suspeita. Nenhum nível de álcool é seguro para adolescentes, e diante de produtos adulterados o risco é ainda maior para toda a população.”

A SPSP orienta pediatras, pais, cuidadores, professores e a sociedade em geral a reforçarem as reflexões sobre os malefícios do consumo de álcool, especialmente quando adquirido em locais informais, com rótulos violados ou sem procedência clara.
 

Vacinação: avanço no Brasil reforça importância da proteção de crianças e adolescentes

Hospital Mater Dei Santa Genoveva alerta para riscos de atrasar doses e combate a fake news sobre vacinas


O Brasil registrou, em 2025, aumento da cobertura em 15 das 16 vacinas do Calendário Nacional de Imunização, revertendo a tendência de queda que vinha desde 2016. O avanço é resultado da retomada do Programa Nacional de Imunizações (PNI), aliado a grandes mobilizações nacionais – como o “Dia D” – e ao abastecimento regular de vacinas em todo o país.

Para o pediatra do Hospital Mater Dei Santa Genoveva, Dr. Gilson Fayad, os números mostram um movimento positivo, mas ainda insuficiente, diante dos desafios. “O PNI brasileiro é referência mundial desde 1973. Ele foi responsável por conquistas históricas, como a erradicação da poliomielite, do tétano neonatal e da rubéola congênita. Também ampliou o acesso universal às vacinas pelo SUS, incorporando novas tecnologias, como os imunizantes contra HPV e meningites. Mas precisamos estar atentos: depois de 2015, as coberturas caíram muito e a pandemia agravou esse cenário. É urgente recuperar esse atraso para evitar surtos e até o retorno de doenças já controladas”, afirma.


O que fazer quando há atraso

De acordo com o médico, muitos pais ainda acreditam que, quando uma dose é perdida, o esquema vacinal deve ser reiniciado. “Essa é uma dúvida comum e que gera insegurança. A regra é clara: não existe dose vencida. O esquema deve ser retomado de onde parou, respeitando os intervalos mínimos e a faixa etária de cada vacina. O que foi aplicado continua válido. Por isso, a orientação é simples: leve a caderneta, converse com o pediatra e atualize as vacinas, mesmo que haja atraso”, orienta.


Fake news continuam sendo um desafio

O Dr. Gilson também chama atenção para os mitos e desinformações que circulam nas redes sociais. “Ainda ouvimos pais dizerem que a vacina causa autismo ou infertilidade, ou que muitas doses sobrecarregam o sistema imunológico da criança. Tudo isso já foi amplamente desmentido por estudos científicos. O sistema imune infantil é plenamente capaz de lidar com o número de vacinas do calendário, e os adjuvantes utilizados são seguros, monitorados há décadas. O risco real não está na vacina, mas na ausência dela”, reforça.

 

Riscos individuais e coletivos da não vacinação

Segundo o pediatra, deixar de vacinar é assumir riscos sérios, tanto individuais quanto coletivos. “No plano individual, uma criança desprotegida pode desenvolver doenças graves, como meningite, coqueluche ou poliomielite, muitas delas com sequelas permanentes ou até fatais. Já no plano coletivo, quando a cobertura vacinal cai, perdemos a imunidade de rebanho, que protege também os mais vulneráveis, como bebês pequenos e idosos. Isso abre espaço para surtos, aumenta custos para o sistema de saúde e impacta a vida escolar e social das famílias”, explica. 

 

Mensagem aos pais

Diante desse cenário, o especialista deixa um recado direto às famílias. “Vacinar é um ato de amor e de responsabilidade. As vacinas são uma conquista da humanidade, capazes de salvar milhões de vidas todos os anos. A história mostra isso: doenças que mataram populações inteiras, como a varíola, foram erradicadas com campanhas de vacinação. Portanto, antes de recusar uma dose, é fundamental buscar informações em fontes confiáveis e conversar com seu pediatra. Prevenção é sempre o caminho mais seguro”, conclui o Dr. Gilson Fayad.


Outubro Rosa: O papel da fisioterapia no cuidado integral de mulheres com câncer de mama

  

O Outubro Rosa chama a atenção para a prevenção e o tratamento do câncer de mama, mas ainda pouco se fala sobre a importância da fisioterapia no processo de recuperação. A Dra. Daniella Leiros, referência em Fisioterapia na Saúde da Mulher, está à disposição para entrevistas e pode explicar como a atuação precoce e contínua da fisioterapia ajuda a reduzir complicações, aliviar dores, prevenir linfedema e devolver qualidade de vida às pacientes.

 

Roteiro de perguntas sugeridas

 

1-O papel da fisioterapia

  • Qual é a principal contribuição da fisioterapia, especialmente a fisioterapia pélvica, para as mulheres em tratamento do câncer de mama?
  • Por que o acompanhamento deve começar já na fase pré-operatória?

 

2-Prevenção e cuidados imediatos

  • Quais sequelas podem ser evitadas com a fisioterapia?
  • Como o trabalho respiratório e postural auxilia na recuperação após a cirurgia?

 

3-Rotina e autocuidado

  • Quais movimentos e exercícios podem ajudar a paciente no dia a dia, como vestir roupas ou pentear o cabelo?
  • O que é a automassagem e como ela beneficia no pós-operatório?

 

4-Complicações e reabilitação

  • O que é linfedema e como a fisioterapia atua na prevenção?
  • De que forma o tratamento fisioterapêutico ajuda a reduzir dores, fibroses e aderências?

 

5-Qualidade de vida e acolhimento

  • Como a fisioterapia contribui para que a paciente retome suas atividades sociais e profissionais mais rapidamente?
  • O acompanhamento fisioterapêutico também é um espaço de acolhimento e escuta?

Obesidade atinge 650 milhões no mundo e já custa mais de R$ 60 bilhões ao Brasil

 

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Estudo do IESS alerta para os impactos da doença, que consome até 3% do PIB, e aponta que soluções preventivas podem reduzir gastos e salvar vidas 


A obesidade é a doença crônica mais prevalente do mundo, afetando cerca de 650 milhões de pessoas, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, o cenário também é preocupante. O estudo Segurança Social 2035 – Obesidade, divulgado em agosto pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), mostra que a condição está diretamente ligada a doenças cardiovasculares, diabetes, hipertensão, apneia do sono e problemas osteomusculares, reduzindo a expectativa de vida e impactando a produtividade da população. 

Segundo José Cechin, superintendente executivo do IESS, o objetivo da instituição é produzir pesquisas, organizar seminários e desenvolver informações que apoiem a gestão dos planos de saúde e o aperfeiçoamento do setor. A série de relatórios “Caminhos da Saúde Suplementar: Perspectivas 2035”, que já trouxe diferentes temas, foi criada para antecipar desafios como o envelhecimento da população e o avanço das doenças crônicas. 

Os custos associados à obesidade chamam atenção: a condição pode gerar mais de R$ 60 bilhões em despesas para o sistema de saúde e operadoras suplementares nos próximos anos. De acordo com Cechin, cerca de um quinto dos gastos é direto, ligado à assistência, enquanto quatro quintos são indiretos, relacionados à perda de produtividade, redução da longevidade e diminuição dos anos de trabalho. Ele lembra que esses custos já superam 2% do PIB brasileiro e caminham para 3%, patamar semelhante ao dos Estados Unidos. 

O especialista também ressalta que fatores sociais e ambientais pesam nesse quadro, como renda, educação, moradia, poluição e a configuração das cidades, que muitas vezes dificultam a prática de atividade física. Além disso, há os chamados desertos alimentares, regiões com escassez de alimentos saudáveis e abundância de ultraprocessados. “Não devemos demonizar os ultraprocessados, mas seu consumo cresceu para além dos limites saudáveis. Uma das formas eficazes de reduzir esse consumo é pelo aumento de preço, por meio de tributação diferenciada. Essa medida pode gerar receitas extras que poderiam ser direcionadas ao sistema de saúde”, afirma. 

Nesse contexto, novas soluções têm surgido como aliadas. A Healthtech B2B brasileira SlimPass, fundada pelos cirurgiões bariátricos Igor Castor e André Nassif, desenvolveu um programa 100% online que combina acompanhamento nutricional, endocrinológico e psicológico, com foco em reduzir a necessidade de cirurgias bariátricas e complicações associadas à obesidade. A proposta já tem mostrado resultados expressivos em diferentes estados, por meio de parcerias com mais de 11 operadoras de saúde, entre elas a Fundação Copel, as Fundações Sanepar, Judicemed e FUPS no Paraná; CABERGS no Rio Grande do Sul; PAS/Serpro, CASEMBRAPA e PLAS/JMU no Distrito Federal; CAMED Saúde no Ceará; e APAS Fernandópolis em São Paulo. 

Na Fundação Copel, por exemplo, a cada três pacientes com indicação de cirurgia bariátrica, dois sairam da indicação em apenas seis meses de acompanhamento pelo SlimPass. Foram 54 cirurgias evitadas, com economia de R$ 2,16 milhões e retorno sobre investimento (ROI) de 759%. Em um subgrupo de 218 participantes, a perda média foi de 10,4 kg por paciente, com melhora de comorbidades e ROI de 1.434%. 

“Investir em prevenção é muito mais eficiente do que tratar apenas as complicações da obesidade. Além de reduzir gastos, promovemos uma transformação real na vida das pessoas, com ganhos clínicos, psicológicos e financeiros”, afirma Castor. 

Para Cechin, mudanças estruturais no sistema ainda são urgentes. “Estamos diante de uma tendência que traz severas consequências para as pessoas, para os sistemas de saúde e para as empresas, com vidas encurtadas, sofrimento, perdas de produção e altos custos. Boa parte desses impactos é evitável. Não será fácil obter resultados, mas se não tentarmos, nunca os alcançaremos.”

01.10 é dia do idoso


O próximo dia 01/10 é Dia Nacional e Internacional do Idoso, por isso, o médico Dr. Fernando Gomes, neurocirurgião e neurocientista e professor livre docente da Faculdade de Medicina da USP, explica os sinais que merecem atenção e o que é ‘normal’ da idade.



O que é normal e o que merece atenção 

“Há mudanças naturais que acontecem no cérebro conforme o tempo passa, mas as chamadas capacidades cristalizadas não devem sofrer alterações, que são as memórias antigas, o vocabulário e os conhecimentos gerais. Já as capacidades fluidas, como a memória recente, esquecer as tarefas do dia a dia e a velocidade do pensamento são as mudanças que podem acontecer, mas que merecem atenção”, afirma. 

Para ter certeza se há algo acontecendo que precisar ser tratado, o neurocirurgião indica fazer um check up do cérebro que inclui consulta médica e com profissional neuropsicólogo, exames de imagem como tomografia ou ressonância, exame de sangue para evitar carência de vitaminas, alteração de tireoide, entre outros. 

E para manter o cérebro em bom funcionamento, o médico afirma que é importante se manter fisicamente ativo, desafiar o cérebro a aprender algo novo todos os dias e, na medida do possível, continuar trabalhando. “O cérebro é um músculo, e assim como tal, precisa ‘ir para a academia’, ser fortalecido com novas experiencias, com convívio social e com a mente ocupada e ativa”, finaliza o especialista. 



Dr. Fernando Gomes - Professor Livre Docente de Neurocirurgia do Hospital das Clínicas de SP com mais de 2 milhões de seguidores. Professor Livre Docente de Neurocirurgia, com residência médica em Neurologia e Neurocirurgia no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, é neurocirurgião em hospitais renomados e também coordena a Unidade de Hidrodinâmica Cerebral relacionada ao diagnóstico, tratamento e pesquisa de doenças como Hidrocefalia de Pressão Normal (HPN) e Hipertensão Intracraniana Idiopática (HII ou pseudotumor cerebral) no Hospital das Clínicas.
drfernandoneuro

A Menopausa do Século XXI: Por Que as Mulheres Estão Sofrendo Mais do Que Suas Avós?

O impacto do estilo de vida moderno, dos ultraprocessados e do estresse crônico na forma como a menopausa é vivida hoje

Quando sua avó entrou na menopausa, provavelmente ela não falava em calorões devastadores, insônia persistente ou crises de ansiedade. A vida era diferente: menos industrializados no prato, menos exposição a disruptores hormonais, menos estímulos artificiais o tempo todo. 

Hoje, a cena é outra. A mulher contemporânea chega ao climatério e à menopausa com uma carga de estresse biológico e ambiental inédita na história. Resultado? Sintomas mais intensos, mais precoces e, muitas vezes, acompanhados de doenças metabólicas que antes não eram tão frequentes. 

“As mulheres de hoje não estão apenas passando pela menopausa. Estão enfrentando a soma de um estilo de vida que acelera o envelhecimento hormonal e amplifica os sintomas”, explica o médico Dr. Dárcio Pinheiro, especialista em metabolismo e longevidade.
 

O que mudou entre gerações?

  • Alimentação: o prato das avós era baseado em comida de verdade. Legumes, arroz, feijão, carnes frescas. Hoje, predominam ultraprocessados, açúcar refinado e excesso de gorduras oxidadas.
  • Exposição a toxinas: plásticos, agrotóxicos e cosméticos cheios de disruptores endócrinos bagunçam o equilíbrio hormonal feminino.
  • Estresse e ritmo de vida: múltiplas jornadas, excesso de informação, pouco sono e pressão social constante aumentam a produção de cortisol, que sabota o equilíbrio dos hormônios sexuais.

Sedentarismo: enquanto nossas avós se movimentavam naturalmente no dia a dia, a vida moderna é cada vez mais sentada, um fator que impacta diretamente metabolismo e hormônios.

Sintomas mais intensos, doenças mais precoces

A soma desses fatores faz com que a mulher de hoje não apenas sinta mais sintomas como:

  • Calorões severos e frequentes
  • Insônia crônica
Alterações de humor e crises de ansiedade
  • Queda de libido
  • Aumento da gordura abdominal
  • Perda acelerada de massa muscular

Mas também chegue à menopausa já com sinais de resistência à insulina, osteopenia e maior risco cardiovascular.
 

O papel da medicina moderna

Apesar de um cenário aparentemente mais difícil, nunca se teve tantas ferramentas para atravessar a menopausa com qualidade de vida.

Segundo o Dr. Dárcio Pinheiro, a abordagem moderna deve ser integrativa e personalizada:

  • Alimentação anti-inflamatória: rica em fibras, antioxidantes, proteínas magras e gorduras boas.
  • Exercícios de força e intensidade: fundamentais para preservar massa muscular e ossos.
  • Gestão do estresse: meditação, respiração e sono de qualidade para regular o eixo hormonal.
  • Suplementação personalizada: vitamina D, magnésio, ômega-3 e probióticos podem fazer a diferença.
  • Terapia hormonal individualizada: em casos específicos, a reposição pode ser decisiva para devolver bem-estar e proteção cardiovascular. 

“A menopausa não precisa ser um peso. Ela pode ser um renascimento quando entendemos que a biologia mudou, mas temos recursos para adaptar corpo e mente a essa nova fase”, reforça o médico.

O desafio da mulher moderna não é apenas fisiológico. É também cultural: ainda existe silêncio, tabu e preconceito em torno do climatério. Dar voz ao tema, abrir espaço para a discussão e trazer ciência acessível é o caminho para que as mulheres não apenas passem pela menopausa, mas vivam esse ciclo com força, vitalidade e protagonismo. 



Dr. Dárcio Pinheiro - médico com pós-graduação em ciências da obesidade e sarcopenia e hormonologia. Professor e escritor com 19 anos de experiência em metabolismo e longevidade. Autor de três livros sobre nutrição personalizada, palestra no Brasil e no exterior, onde também mentora profissionais de saúde.
CRM 4557-RS / 257252-SP.


Incontinência urinária masculina pós-câncer de próstata ainda é desafio silencioso no Brasil

  

País precisa ampliar o acesso a terapias eficazes e comprovadas para pacientes com incontinência urinária masculina grave. Conitec deu parecer contrário à incorporação de esfíncter artificial no SUS e abriu consulta pública para ouvir a população  

 

Com os avanços no diagnóstico precoce e nas terapias contra o câncer de próstata, cada vez mais homens superam a doença e seguem com saúde e longevidade. Ainda assim, cerca de 5% podem enfrentar dificuldades persistentes no controle urinário, mesmo após reabilitação com fisioterapia pélvica, número que representa cerca de 700 casos por ano apenas na rede pública. Para esses casos específicos, o implante do esfíncter urinário artificial representa uma solução eficaz e segura. Para esses pacientes, o implante do esfíncter urinário artificial é reconhecido mundialmente como solução eficaz e segura, considerado o padrão-ouro em casos graves. 

Apesar disso, a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec) emitiu parecer preliminar desfavorável à sua incorporação. A decisão, contudo, segue agora para consulta pública, etapa em que a sociedade poderá se manifestar e contribuir para o debate, de 17 de setembro a 6 de outubro. 

A incontinência urinária masculina ainda é um tema cercado de tabus, silêncio e desinformação. Os homens tendem a demorar mais para buscar ajuda médica, muitas vezes, por vergonha ou pela crença de que o problema é inevitável. No entanto, há diversas opções terapêuticas seguras e eficazes, desde fisioterapia pélvica e medicamentos até soluções cirúrgicas avançadas, que oferecem melhora significativa na qualidade de vida. 

“É fundamental romper o estigma e ampliar a conscientização sobre a incontinência urinária. Trata-se de uma condição que pode ser tratada, inclusive com resultados definitivos em casos graves, permitindo que o paciente retome sua rotina com segurança e dignidade”, afirma o presidente da Sociedade Brasileira de Urologia, Dr. Luiz Otávio Torres. 

Apesar dos avanços tecnológicos e das evidências clínicas, o acesso a terapias eficazes no Brasil ainda é limitado. Algumas das principais soluções cirúrgicas utilizadas no mundo ainda não estão disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS). 

“O esfíncter urinário artificial é um recurso consagrado, com evidências robustas de eficácia e segurança. Negar acesso a essa tecnologia significa deixar desassistidos pacientes que já venceram o câncer, mas que permanecem com uma condição incapacitante. A consulta pública é uma oportunidade para que a sociedade apoie uma decisão que pode transformar vidas”, destaca o coordenador do Departamento de Disfunções Miccionais da SBU, Dr. Alexandre Fornari. 

Mesmo entre os planos de saúde, a adoção é lenta: em 2023, apenas 132 procedimentos foram registrados na saúde suplementar do esfíncter urinário artificial. A ampliação do acesso ao diagnóstico e ao tratamento da incontinência urinária deve ser uma prioridade no debate sobre políticas públicas voltadas à saúde do homem. 

“Na SBU, trabalhamos continuamente para atualizar e capacitar os urologistas, assegurando não apenas o manejo e a cura das doenças, mas também o acompanhamento das condições que comprometem a qualidade de vida dos pacientes. E, para nós, garantir acesso a tratamentos comprovados deve ser prioridade em qualquer ação ou política pública de saúde do homem”, reforça Dr. Luiz Otávio Torres. 

Entre as alternativas de tratamento, está o Esfíncter Urinário Artificial, uma solução definitiva para os pacientes que não respondem a terapias conservadoras. O tratamento está em consulta pública para ouvir a sociedade se deve ser incluído ou não. Participar dando sua opinião é importante para que a Comissão reveja o parecer. 

Trata-se de um dispositivo implantável que simula a função natural do esfíncter urinário, permitindo ao paciente controlar voluntariamente a eliminação da urina. O sistema consiste em um manguito que envolve a uretra, conectado a uma bomba manual implantada no escroto, que o paciente aciona para urinar. Considerado o padrão-ouro para casos graves de incontinência urinária masculina, o esfíncter artificial apresenta altas taxas de sucesso e satisfação dos pacientes. 

Sua incorporação ao SUS representa um avanço importante no cuidado integral ao paciente oncológico, garantindo acesso a uma terapia eficaz, segura e com potencial de restaurar a autonomia e a qualidade de vida dos homens que sofrem com a condição em silêncio.
 
Para participar da consulta pública, basta acessar o link da Conitec/SECTICS nº 74/2025:A consulta estará disponível até 6 de outubro. Link


O papel da enfermagem diante do envelhecimento populacional

Professora do curso de Enfermagem da Faseh destaca a necessidade de formação especializada e políticas públicas integradas diante do rápido envelhecimento em Minas Gerais e no Brasil

 

O envelhecimento da população brasileira já é uma realidade e impõe novos desafios ao sistema de saúde, especialmente à enfermagem. Segundo a professora do curso de Enfermagem da Faseh, Ivanilde Andrade, é essencial repensar a formação e as práticas profissionais para responder adequadamente às demandas de uma sociedade mais longeva. 

Segundo o IBGE, mais de 15,6% dos brasileiros têm 60 anos ou mais, o que representa mais de 33 milhões de pessoas e as projeções estimam que, até 2070, 37,8% da população brasileira será idosa, cerca de 75,3 milhões de pessoas. A tendência de envelhecimento também se reflete em Minas Gerais. Segundo o Censo de 2022, 3,6 milhões de mineiros têm 60 anos ou mais, o que equivale a 18% da população do estado. 

“Este cenário traz a urgência em pensar nos cuidados clínicos especializados em geriatria e gerontologia, a promoção de envelhecimento saudável e autonomia e a implementação de políticas públicas de atenção integral ao idoso”, explica a especialista. 

De acordo com a professora, a enfermagem deve ter estruturação de práticas interdisciplinares, envolvendo geriatria, fisioterapia, nutrição, psicologia nos cenários de atenção básica, domiciliar e hospitalar e a capacitação contínua de profissionais para reconhecer sinais precoces de necessidades dos idosos, como quedas, isolamento social, violência ou negligência. “Precisamos preparar nossas futuras enfermeiras e enfermeiros para responder às complexidades do envelhecimento. Isso significa renovar saberes, atuar com visão multidimensional e promover políticas que deem dignidade e qualidade de vida à população idosa”, destaca. 

 

Faseh - integrante do Ecossistema Ânima, está localizada no município de Vespasiano, no Vetor Norte, área em expansão da Região Metropolitana de Belo Horizonte.

 

Colgate e a Associação Brasileira de Odontologia levam atendimento bucal gratuito a cinco cidades do Brasil

De 1 a 4 de outubro, iniciativa oferecerá atendimentos, conteúdos educativos e kits de higiene bucal à população

 

Divulgação
Como parte da programação do Mês da Saúde Bucal, a Colgate promove, de 1 a 4 de outubro, a ação Atendimento Bucal Gratuito* em cinco cidades: Bagé (RS); Santa Cruz (RN); Vila Velha (ES); Várzea Grande (MT) e Manoel Urbano (AC), em parceria com o programa “Um Sorriso do Tamanho do Brasil” da Associação Brasileira de Odontologia (ABO). A iniciativa levará conscientização e orientação, tratamento odontológico básico de mínima intervenção e entrega de kits de higiene para ampliar o acesso à saúde bucal e engajar a população em uma grande corrente de conscientização. 

De acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde Bucal – SB Brasil 2023¹, 48,4% dos adultos brasileiros de 35 a 44 anos necessitam de tratamento odontológico eletivo. Esse cenário reforça a importância de iniciativas que conectem educação, acesso e inclusão, pilares que guiam a atuação da Colgate no mundo.

Além dos atendimentos básicos, o público terá acesso a palestras educativas conduzidas por dentistas voluntários, que vão abordar a importância da prevenção e dos cuidados diários com a saúde bucal. Para apoiar a prática, a Colgate distribuirá kits de higiene oral, com escova de dentes e creme dental.

A ação também contará com a participação de influenciadores digitais, que farão a cobertura nas redes sociais, ampliando o alcance da iniciativa e reforçando a conscientização sobre a importância de manter hábitos saudáveis.

A iniciativa reforça o comprometimento do programa global da Colgate, Sorriso Saudável, Futuro Brilhante, que já beneficiou 2 bilhões de crianças e familiares em todo o mundo desde 1991, sendo 94 milhões somente no Brasil.

“Acreditamos que um sorriso saudável é um direito de todos e temos o compromisso de levar educação para que as pessoas adotem bons hábitos em prol de sua saúde bucal”, afirma Adriana Anido, Vice-Presidente de Marketing da Colgate-Palmolive. 

 

Serviço:

Atendimento Bucal Gratuito* Colgate

Locais: Bagé (RS) 03 e 04/10, Santa Cruz (RN) 01 e 02/10, Vila Velha (ES) 01 a 03/10, Várzea Grande (MT) 04/10; e Manoel Urbano (AC) 03 e 04/10.
Horário dos atendimentos: 09:00 às 16:00

Atividades: Atendimentos odontológicos básicos, orientação em saúde bucal e distribuição de kits de higiene bucal


Ovo: aliado da saúde e da vitalidade após os 60 ano

Rico em proteínas de qualidade e nutrientes que fortalecem músculos, ossos e visão, o ovo se consolida como alimento essencial para o bem-estar e a longevidade na terceira idade

 

Durante o Mês do Ovo, o Instituto Ovos Brasil reforça a importância desse alimento na rotina alimentar de idosos. No Brasil, a população com 60 anos ou mais já ultrapassa os 30 milhões de pessoas, segundo o IBGE, o que torna urgente a discussão sobre hábitos que favoreçam a saúde e a qualidade de vida nessa faixa etária. 

Reconhecido pelo seu alto valor nutricional, o ovo é um aliado acessível e versátil, como explica a nutricionista Lúcia Endriukaite, do Instituto Ovos Brasil: “O ovo é uma opção completa, fornecendo proteínas de alta qualidade e nutrientes como vitaminas A, D e E, além de minerais como cálcio e magnésio, que muitas vezes estão em falta na alimentação dos idosos. Por ser fácil de preparar, ele pode ser incluído em diferentes refeições do dia a dia”, destaca.

 

Deficiências nutricionais na terceira idade 

Pesquisas mostram que muitos idosos apresentam ingestão abaixo do recomendado de nutrientes essenciais, especialmente vitamina D, vitamina E e cálcio. A carência desses micronutrientes pode impactar diretamente a saúde óssea, a imunidade e o bem-estar geral. O ovo, quando consumido regularmente, ajuda a reduzir essas lacunas nutricionais de forma simples e prática.

 

Combate à perda muscular 

Entre os problemas mais comuns da terceira idade está a sarcopenia, a perda de massa muscular que compromete a mobilidade e a autonomia. A proteína presente no ovo auxilia na manutenção e recuperação da musculatura, sobretudo quando associada à prática de exercícios físicos.
 

Proteção da visão 

Outro benefício relevante está nos antioxidantes luteína e zeaxantina, presentes na gema. Esses compostos protegem os olhos contra os danos causados pela luz nociva e têm melhor absorção quando consumidos junto à gordura natural do ovo.

“Estudos mostram que o consumo regular de ovos aumenta os níveis de carotenoides no sangue sem alterar o colesterol. Idosos que consomem um ovo por dia apresentam melhora nos níveis de luteína e zeaxantina, com benefícios diretos para a visão”, reforça Lúcia.

 

Qualidade de vida e longevidade 

O consumo frequente de ovos, aliado a uma alimentação equilibrada e à prática de atividades físicas, pode contribuir significativamente para a vitalidade dos idosos. Durante o Mês do Ovo, o Instituto Ovos Brasil destaca que pequenas escolhas no prato fazem grande diferença na promoção de saúde e longevidade.

 

Instituto Ovos Brasil