Pediatra da Afya, líder em graduação médica, reforça a importância do leite materno nos primeiros meses de vida, o que foi o tema central do Agosto Dourado
Durante todo este mês, foi celebrado o Agosto Dourado,
momento de conscientização sobre a importância do aleitamento materno nos
primeiros anos de vida da criança. A campanha reforçou a necessidade de ampliar
o número de bebês alimentados exclusivamente com o leite materno, tanto em
Curitiba quanto no país inteiro.
Segundo os dados mais recentes do Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil (Enani), a taxa de aleitamento no país é de cerca de 45%, ainda abaixo da meta da Organização Mundial da Saúde (OMS), que é de 70% até 2030. Em Curitiba, um levantamento da Secretaria da Saúde do Paraná aponta que apenas 48% das crianças entre 9 e 12 meses recebem a amamentação.
O aleitamento materno é uma das melhores
estratégicas para o desenvolvimento da saúde infantil e materna. O leite
contribui para a formação cognitiva das crianças e a prevenção de diversas
doenças, entre outros benefícios.
A recomendação da OMS é a de que a amamentação
comece logo na primeira hora após o parto, sendo mantida como a única fonte de
alimentação da criança até os seis meses de vida; depois, ela colabora na
introdução a outros alimentos até, pelo menos, os dois anos de idade.
Essencial
Luísa Fonseca, pediatra da Afya Educação Médica
Curitiba, explica que o aleitamento materno nos primeiros seis meses é
essencial para a saúde da criança, pois atua como um forte aliado no combate às
doenças na infância.
"Antes dos seis meses, o bebê não apresenta
desenvolvimento motor adequado para a introdução alimentar, o que pode causar
dificuldades na alimentação. A introdução precoce também compromete a absorção
de nutrientes que estão no leite materno, além de aumentar o risco de alergias,
doenças infecciosas e sobrecarregar o sistema digestivo da criança".
A pediatra ainda pontua que o leite materno ajuda a
fortalecer o organismo contra enfermidades após a infância, contribuindo para a
prevenção de doenças também da idade adulta.
"O aleitamento materno pode reduzir o risco de
diversas doenças ao longo da vida. Na infância, ele contribui para a diminuição
de infecções respiratórias, otites, diarreias e hospitalizações. A longo prazo,
o leite da mãe favorece uma menor incidência da obesidade, do diabetes e de
doenças cardiovasculares, como a hipertensão. Mais do que isso, já há estudos
que associam o aleitamento prolongado a um menor risco de transtornos de saúde
mental", comenta Luísa.
Após os seis meses de vida, começa a introdução de
novos alimentos na dieta da criança, desde que o bebê se mostre pronto,
apresentando boa sustentação cervical, interesse pelos alimentos e coordenação
para levá-los à boca. Os alimentos oferecidos devem contemplar todos os grupos,
o que inclui frutas, legumes, cereais, verduras, carnes, entre outros. O leite
materno, no entanto, deve fazer parte da alimentação até os dois anos de idade
ou mais.
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