O engatinhar é mais do que um passo
intermediário antes de andar: é um marco essencial para o desenvolvimento
físico, cognitivo e social das crianças. Dra. Lígia Conte, fisioterapeuta e CEO
da Desenvolve Criança, explica que essa fase proporciona benefícios que vão
muito além do simples movimento.
“Quando o bebê engatinha, ele fortalece
ombros, costas e core, que são fundamentais para andar com estabilidade. Além
disso, desenvolve a coordenação entre braços e pernas, essencial para a escrita
e outras habilidades motoras finas. Engatinhar também estimula a percepção
visual e espacial, melhora a memória e a atenção, e incentiva autonomia e
exploração do ambiente”, destaca Dra. Lígia.
A ausência dessa etapa, alerta Dra. Lígia,
pode trazer prejuízos importantes. Pesquisas recentes mostram que bebês que não
engatinham correm maior risco de atrasos em linguagem e motricidade fina
(Yamamoto et al., Infants & Young Children, 2025), perdem oportunidades de
explorar e aprender com o ambiente (Psychology Today, 2022) e podem apresentar
dificuldades para manter equilíbrio e postura em fases posteriores do desenvolvimento
(Nationwide Children’s, 2016). Além disso, há impacto na força e coordenação
bilateral, habilidades essenciais para tarefas escolares e motoras (NSPT for
Kids, 2021).
“Se o bebê já passou dos 8 ou 9 meses e
ainda não engatinha, ou se há outros sinais de atraso, é hora de buscar
orientação profissional”, alerta Dra. Lígia.
No CDIDC – Centro de Desenvolvimento
Infantil, os profissionais acompanham de perto cada etapa do
desenvolvimento das crianças, oferecendo suporte individualizado para estimular
habilidades motoras e cognitivas. Segundo Dra. Lígia, o acompanhamento precoce
pode fazer toda a diferença no futuro do bebê.
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