sexta-feira, 25 de julho de 2025

Ondas de calor na menopausa? Veja dicas para aliviar os sintomas

Entenda como os fogachos afetam a qualidade de vida e por que o cuidado humanizado deve começar com escuta atenta no consultório
 

Calor intenso mesmo com o ar-condicionado ligado. Rosto vermelho, suor excessivo, sensação de mal-estar, irritabilidade e dificuldade para dormir. Esses sintomas, muitas vezes relatados por mulheres a partir dos 40 anos, são mais comuns do que se imagina e merecem atenção redobrada dos profissionais de saúde. Estamos falando dos fogachos, também conhecidos como ondas de calor, uma das manifestações mais incômodas da transição hormonal que marca o climatério e a menopausa. 

Segundo o ginecologista Dr. Ricardo Bruno, Diretor Médico da Exeltis Brasil, os fogachos são sintomas clássicos do climatério, causados pela queda dos níveis de estrogênio, que afeta diretamente o centro termorregulador do cérebro. "É por isso que, mesmo em ambientes frios, a mulher sente um calor repentino e intenso, acompanhado de vermelhidão, sudorese e aceleração dos batimentos. Trata-se de uma instabilidade térmica desconfortável, que pode prejudicar muito a qualidade de vida", explica. 

Essas ondas de calor não aparecem apenas após a última menstruação. Elas podem começar ainda na fase de perimenopausa, quando os ciclos menstruais já estão irregulares. "Se surgem antes dos 40 anos, é um sinal de alerta para investigar uma possível menopausa precoce. Nesses casos, é essencial buscar orientação com o ginecologista e avaliar os níveis hormonais", destaca o médico. 

Mas os fogachos raramente vêm sozinhos. Eles costumam ser acompanhados de insônia, irritabilidade, ansiedade, alterações de humor e queda de libido. “Muitas vezes as pacientes relatam que estão bem, mas afirmam que não dormem direito. Isso já é um sinal importante do climatério, que pode ser confundido com estresse ou cansaço. O papel do ginecologista é escutar com atenção e investigar", reforça o especialista. 

Para aliviar os sintomas, a terapia hormonal com estrogênio e progesterona ainda é a opção mais eficaz e cientificamente comprovada. Mas há outras alternativas que incluem medicamentos de ação central, ansiolíticos e suplementos com fitoestrógenos. Mudanças no estilo de vida também fazem diferença. 

"A prática de exercícios físicos é essencial, assim como uma alimentação balanceada rica em proteínas, vitaminas e minerais como cálcio, vitamina D, ferro e magnésio. Manter um estilo de vida saudável ajuda a reduzir os sintomas e previne complicações futuras como osteoporose e doenças cardiovasculares", orienta o Dr. Ricardo. 

Ele também alerta que muitas mulheres só procuram ajuda quando os sintomas já estão intensos. "O ideal é que, ao perceber qualquer mudança no corpo, no sono ou no humor, a mulher busque conversar com seu ginecologista. Mesmo sem sintomas, é importante entender o que vem pela frente e planejar o cuidado de forma preventiva."


  Exeltis


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