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| Fotos mostram o antes e depois de procedimento com Scizer |
Desenvolvido para
melhorar a qualidade de vida e a autoestima de pacientes com lipedema, um novo
método propõe o refinamento corporal em áreas específicas como alternativa
menos invasiva às cirurgias tradicionais. Criada pela fisioterapeuta
dermatofuncional brasileira Cintia de Andrade, a técnica utiliza ultrassom
macrofocado de alta intensidade, de tecnologia sul-coreana, que a eliminar
gordura localizada de forma segura e eficaz e atenuar os sinais dessa doença
crônica.
Segundo o
Instituto Lipedema Brasil, cerca de 12 milhões de mulheres no país foram
diagnosticadas com a condição, reconhecida oficialmente como doença em 2022. O
lipedema é caracterizado pelo acúmulo anormal de gordura nas pernas e, em alguns
casos, nos braços, causando sintomas como dor, inchaço, sensação de peso,
hematomas frequentes e dificuldade para perder peso nessas regiões.
“Quando pensamos
no refinamento estético com a tecnologia, buscamos melhorar o aspecto da
celulite, reduzir a gordura localizada e aumentar a firmeza da pele”, explica
Cintia de Andrade. Além dos resultados estéticos, o tratamento também ajuda a
diminuir a dor, o inchaço e a sensação de peso nas pernas, proporcionando mais
conforto às pacientes. “Elas relatam que a região tratada fica mais leve após a
aplicação”, complementa a fisioterapeuta dermatofuncional.
O método evita
cirurgias em áreas menores, oferecendo resultados significativos de forma não
invasiva. A especialista utiliza a tecnologia Scizer, importada pelo Grupo
Medsystems, e deve ser utilizado após a estabilização dos sintomas agudos, como
inchaço e hematomas. “Primeiro, aplicamos um protocolo de desinflamação, que
dura em média seis meses. Só então introduzimos o ultrassom macrofocado, pois
usá-lo em um tecido ainda inflamado pode piorar o quadro”, explica.
O protocolo é
realizado em sessões com intervalos de pelo menos 30 dias, para permitir a
recuperação do tecido. “Avaliamos a resposta da paciente após a primeira
aplicação para decidir se há necessidade de uma segunda ou terceira sessão.
Esse intervalo pode chegar a até oito semanas, como recomenda a literatura”,
detalha. A avaliação inclui exames de ultrassom para verificar a qualidade do
tecido antes de cada etapa.
Para Cintia, o
sucesso do tratamento depende do cumprimento rigoroso das etapas do protocolo.
“Quando seguido corretamente, os resultados são excelentes, não apenas do ponto
de vista estético, mas também na redução do edema, da dor e na sensação de
alívio”, afirma.
Com o avanço de
tecnologias, mulheres com lipedema ganham novas opções para melhorar sua
qualidade de vida. “A tendência é que surjam mais ferramentas eficazes, mas o
essencial é sempre tratar com segurança e respaldo científico”, reforça a
especialista.
Segundo o
Movimento Lipedema, a doença evolui em quatro estágios e pode levar a
deformidades severas e comprometimento linfático, causando dores intensas e
dificuldade de locomoção. O diagnóstico precoce é fundamental para conter sua
progressão. “Enquanto o lipedema segue como um desafio para milhões de
brasileiras, a combinação de diagnóstico preciso, manejo clínico adequado e
tratamentos inovadores abre caminho para uma vida com menos dor e mais
autoestima”, conclui.

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