Mais do que um vestido, uma celebração da mulher que você é agora. A estilista Patricia Granha explica como o design personalizado respeita a história e o momento de cada noiva — em qualquer fase da vida.
Casar não tem prazo de validade. E escolher o vestido
ideal também não. Seja aos 25, aos 40 ou aos 65, o que toda noiva deseja é se
sentir linda, segura e fiel a si mesma no grande dia. E é justamente essa
escuta, acolhimento e personalização que pautam o trabalho da estilista Patricia
Granha, que há mais de 20 anos traduz, em tecidos e cortes
precisos, a verdade de cada mulher que chega ao seu ateliê.
“Cada fase da vida traz um corpo diferente, um
olhar diferente sobre si mesma, e muitas vezes até uma nova visão sobre o amor.
Meu trabalho é entender tudo isso — o que ela viveu, o que deseja e o que
representa esse casamento para ela — e transformar em design”, afirma Patrícia.
Segundo dados do IBGE, o número de casamentos entre
mulheres acima de 40 anos cresceu quase 20% na última década. Mais conscientes
e autônomas, elas não querem se encaixar em modelos prontos: querem vestir
autenticidade. “É comum atender noivas que não se enxergam nos vestidos
prontos. Uma mulher de 50 anos pode querer renda, mas não quer parecer uma
noiva jovem. E tudo bem. A beleza está em se vestir com coerência, sem abrir
mão da emoção do momento”, diz Patrícia.
Como o vestido se transforma
com a idade
Patrícia explica que não existe uma “regra etária”
para os modelos de vestido, mas sim um conjunto de fatores que tornam cada
criação única:
- Aos 20 e poucos: geralmente há mais
liberdade estética e experimentação. Volumes, transparências, ousadia nos
recortes e até cores fora do branco tradicional surgem com força.
- Aos 40: há uma busca maior por sofisticação,
elegância e leveza. Tecidos mais estruturados e cortes que valorizam o
corpo real da mulher ganham destaque.
- Aos 60+: o desejo costuma ser por um visual imponente
e atemporal, com foco em conforto e representação simbólica do momento.
Muitas optam por vestidos de manga longa, tailleurs ou vestidos com
sobreposição.
“Não tem a ver com cobrir ou esconder, mas com se
mostrar como você quer ser vista. Eu não crio vestidos para a idade da noiva,
mas para a mulher que ela é”, completa.
Casamentos de segunda união,
tardios e renovação de votos
O crescimento de casamentos mais maduros também
trouxe uma nova categoria de desejo: vestidos para segundas
uniões ou renovação de votos. Nesses casos,
as criações de Patricia seguem a mesma lógica: não há certo ou errado, há o que
faz sentido.
“Já criei vestidos curtos para noivas de 60 anos, e
longos esvoaçantes para mulheres de 40 que estavam se casando pela segunda vez.
Cada casamento é uma nova história. E cada história pede um novo vestido.”
O que está em alta
Entre as tendências que se adaptam bem a diferentes
idades, Patrícia aponta:
- Tons off-white, champagne e nude rosado, que suavizam a rigidez do
branco.
- Mangas bufantes ou estruturadas, que garantem presença sem
necessidade de decotes profundos.
- Aplicações manuais e bordados orgânicos, que substituem o brilho
excessivo por uma sofisticação mais sutil.
- Tule sobreposto a rendas, criando fluidez sem abrir
mão da riqueza visual.
A principal tendência, porém, não está nas
passarelas, mas no espelho: o autoconhecimento. “A noiva que se
conhece brilha de outro jeito. E meu papel é amplificar isso. Porque estilo, no
fim das contas, é sobre verdade”, conclui.
Patricia Granha e Atelier Jardim Secreto - Desde 2007, a estilista Patricia Granha transforma sonhos em alta costura para noivas e ocasiões especiais no Atelier Jardim Secreto, em São Paulo. Com atendimento exclusivo e sob medida, ela aplica técnicas refinadas como moulage para criar vestidos personalizados que revelam a identidade, história e momento de vida de cada cliente. Em busca de sustentabilidade e inovação, Patrícia lançou uma coleção prêt-à-porter com peças limitadas que podem ser transformadas em novas criações após o casamento — reforçando seu compromisso com elegância, exclusividade e consumo consciente. O Atelier recebe clientes apenas com hora marcada, garantindo uma experiência única e centrada na mulher que está prestes a subir ao altar.

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