Dos
dois lados da polêmica que furou a bolha das redes, Antonela Braga e Duda
Guerra já aumentaram os seios. Dr. Luiz Haroldo Pereira, ex-presidente da SBCP,
explica quando a cirurgia pode ser realmente necessária e defende cuidado com
pressão estética: “Tem que ter maturidade e indicação”
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| Duda Guerra e Antonela Braga/Reprodução Instagram |
A decisão de colocar prótese de silicone nos seios ainda na adolescência tem movimentado as redes sociais e dividido opiniões. Aos 15 anos, influenciadoras como Antonela Braga e Duda Guerra, que quebraram a bolha teen recentemente após a polêmica envolvendo Benício, filho de Luciano Huck e Angélica, já passaram pela cirurgia e compartilharam tudo com seus milhões de seguidores, gerando uma onda de repercussões, entre aplausos e críticas. Mas, afinal, até que ponto uma adolescente pode decidir sobre uma intervenção estética permanente? Quando é seguro ou exagerado?
Para o Dr. Luiz Haroldo Pereira, cirurgião plástico com mais de 40 anos de experiência e ex-presidente da SBCP, essa não é a melhor idade para uma intervenção estética.
“Já atendi muitas jovens de 15, 16 anos, mas, de modo geral, essa não é a idade ideal para colocar silicone. Só em situações muito específicas”, afirma o cirurgião. “O mais seguro é esperar até os 17 ou 18 anos, quando o corpo está mais formado e a paciente tem mais maturidade para tomar essa decisão.”
No entanto, segundo o médico, o assunto precisa ser tratado com seriedade, e não apenas com julgamentos ou idealizações estéticas e outros fatores como saúde mental e emocional também devem ser considerados.
“Muitas meninas jovens sofrem por ter seios muito pequenos ou assimétricos. Isso pode causar baixa autoestima, vergonha, até isolamento social. A cirurgia pode, sim, ser uma solução — mas só quando há indicação médica real e acompanhamento psicológico. Não é só sobre vaidade: é saúde emocional também.”
O ponto é que, segundo o médico, existem fatores além da estética
que podem justificar a cirurgia precoce, condições clínicas que justificam a intervenção
antes dos 18 anos, como:
·
Mama tuberosa: alteração no formato das mamas, que se
desenvolvem de forma anormal e muitas vezes causam constrangimento.
·
Assimetria mamária acentuada: quando há diferença visível entre os dois
seios, afetando autoestima e bem-estar.
·
Hipoplasia mamária: mamas que não se desenvolvem durante a puberdade.
“Nesses casos, a cirurgia pode ter um impacto
positivo na autoestima e na qualidade de vida da paciente. Mas mesmo assim, o
procedimento deve ser acompanhado de orientação médica, psicológica e
consentimento dos pais ou responsáveis”, reforça o cirurgião.
Segundo dados da International Society of
Aesthetic Plastic Surgery (ISAPS), o Brasil é um dos líderes
mundiais em cirurgias plásticas realizadas em adolescentes, ao
lado de países como os Estados Unidos e o México. Em 2022, o país registrou cerca
de 97 mil procedimentos em pacientes com menos de 18 anos. Entre os mais
populares estão rinoplastia (nariz), lipoaspiração e mamoplastia (aumento ou
redução dos seios).
O
impacto das redes sociais na construção da autoestima de adolescentes é um fator
central nessa discussão. Influenciadoras jovens vivem
sob os holofotes digitais, muitas vezes submetidas a comparações e pressões
estéticas intensas.
“A menina vê as amigas com mais seio, começa
a se sentir inadequada. A falta de mama pode ser tão desconfortável quanto o
excesso. O problema é quando a decisão vem só pela pressão estética, sem
amadurecimento ou respaldo médico”, alerta o médico.
O
cirurgião ressalta que o procedimento precisa ser personalizado e proporcional
ao corpo da paciente. “Colocar uma prótese muito grande em uma
menina muito jovem é um erro. Fica artificial, desarmônico e pode causar
problemas futuros. Cada corpo tem um limite.”
E mesmo quando tudo é feito corretamente, a
decisão exige responsabilidade. “A prótese vai acompanhar essa pessoa por
muitos anos. É preciso saber exatamente o que se está fazendo.”
Dr. Luiz Haroldo Pereira - atende em Copacabana, no Rio de Janeiro, é referência em cirurgia corporal e facial no Brasil. O médico já foi presidente regional da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) do Rio Janeiro, participou da banca de exames para título de especialista em cirurgia plástica durante 12 anos e, desde 2006, é membro da comissão de avaliação para médicos que desejam se torna titulares da SBCP, capacitados para realizar as cirurgias de abdominoplastia, lipoaspiração, implantes de silicone e outros procedimentos.
www.drluizharoldo.com.br/
www.instagram.com/luizharoldopereira

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