A ciência já provou: repor os hormônios no momento certo pode prevenir doenças, manter o corpo forte e preservar sua identidade ao longo do tempo.
A
menopausa ainda é tratada, em muitas rodas, inclusive médicas, como um
“processo natural da vida da mulher”. Mas o que isso realmente significa? Que
ela deve simplesmente aceitar os calores intensos, a insônia, o ganho de peso,
a perda de libido, as falhas de memória e a fadiga como parte do pacote da
maturidade?
Para o
médico Dr. Arthur Victor de Carvalho, especialista em menopausa, lipedema e
modulação hormonal, essa visão está ultrapassada e custando caro à saúde e à
autonomia feminina. “Não se trata de combater o envelhecimento, mas de entender
que o declínio hormonal não é apenas um evento biológico. É o início de uma
série de perdas funcionais, cognitivas e emocionais que, se não forem tratadas,
podem comprometer décadas de qualidade de vida”, explica o médico.
Por isso,
a reposição hormonal bem indicada não é um luxo. É uma estratégia de saúde,
prevenção e liberdade.
E
o momento ideal para começar?
Diferente
do que muitos pensam, a reposição hormonal feminina se baseia mais pelos
sintomas do que pelos exames, ou seja a partir do momento que se iniciam os
sintomas, essa paciente ja tem indicação de iniciar TRH. O termo refere-se ao
início do climatério, fase em que os níveis hormonais já começam a oscilar
mesmo que a menstruação ainda esteja presente.
1.
Hormônios são mais do que fertilidade: eles afetam o cérebro, os músculos e o
prazer
A
queda do estradiol e da testosterona impacta diretamente o funcionamento
cerebral, a força muscular e a sexualidade. Segundo o Dr. Arthur, muitas
mulheres chegam ao consultório relatando perda de foco, lapsos de memória,
exaustão emocional, além de um cansaço inexplicável durante o dia. “E elas
geralmente acham que o problema é estresse, ou que estão ficando deprimidas.
Mas, na maioria das vezes, é o corpo pedindo socorro diante da deficiência
hormonal.”
Além
disso, a libido, que muitas acreditam “desaparecer com a idade”, é
profundamente regulada pela testosterona, um hormônio que as mulheres também
produzem, mas que costuma ser negligenciado pela medicina tradicional.
“Reposição
hormonal é devolver à mulher sua energia vital. Não estamos falando de
juventude estética, mas de potência física, mental e emocional”, afirma.
2.
Reposição precoce ajuda a prevenir doenças que chegam com a idade
A
partir da menopausa, aumentam os riscos de doenças silenciosas, como
osteoporose, sarcopenia (perda de massa muscular), síndrome metabólica,
diabetes tipo 2, eventos cardiovasculares e até demências como Alzheimer.
Estudos
publicados em revistas como o Journal of the American College of Cardiology
e o Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism apontam que
mulheres que iniciam a terapia hormonal nas primeiras fases do climatério
apresentam menores taxas de doenças cardiovasculares, melhor performance
cognitiva e menor perda óssea.
“Não é
só sobre se sentir melhor. É sobre evitar fraturas, internações, perda de
autonomia e até diagnósticos que limitam profundamente a velhice”, explica o
especialista.
3.
Envelhecer com autonomia é poder continuar fazendo o que você ama por muito
mais tempo
Imagine
chegar aos 70 anos com a mesma disposição para praticar esportes, dançar,
viajar, liderar projetos, manter uma vida sexual ativa e ser emocionalmente
estável.
Para
muitas mulheres, esse cenário ainda parece um delírio. Mas ele é possível e
começa com escolhas feitas décadas antes.
“Quem
cuida da sua saúde hormonal aos 40 pode colher frutos de liberdade física e
mental aos 80 ou 90. E isso tem a ver com longevidade funcional, algo que vai
além de não estar doente: é sobre ter energia para viver plenamente”, afirma
Dr. Arthur.
A
verdade que muitas mulheres não ouviram a tempo: menopausa não é o fim da linha
é o começo de uma nova fase, se bem conduzida
A
ideia de que “toda mulher passa por isso” e que “é só uma fase” precisa ser
revista. A menopausa pode ser, sim, o início de um novo ciclo, mas somente
quando a mulher tem acesso à informação, suporte especializado e um plano de
cuidado individualizado.
A
modulação hormonal feita com acompanhamento médico, exames e protocolos
atualizados é segura, respaldada por estudos internacionais e, acima de tudo,
eficaz.
Para
quem é a reposição hormonal?
Nem
toda mulher será candidata ideal, mas a maioria pode se beneficiar, desde que
tenha uma avaliação criteriosa e um acompanhamento contínuo. Há diferentes
formas de reposição, oral, transdérmica, implantes subcutâneos e diferentes
combinações hormonais, dependendo do histórico clínico e da fase da vida.
Por
isso, é essencial buscar profissionais especializados em modulação hormonal e
que estejam atualizados com as diretrizes da medicina funcional e preventiva.
O Dr.
Arthur Victor de Carvalho conclui: “Quanto mais cedo a mulher entende seu ciclo
hormonal e se posiciona como protagonista da própria saúde, mais autonomia ela
conquista para o futuro. E o futuro não precisa ser escuro, solitário ou
apagado. Com o suporte certo, ele pode ser lúcido, prazeroso e vital.”

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