Arquiteto aponta prós e contras para cada caso e explica que uma
obra envolve tempo, planejamento e impacto no orçamento
Foto: Liziane Vitali
Antes de
decidir entre reformar ou construir uma nova casa, é essencial realizar uma
pesquisa para entender qual alternativa melhor se adapta às necessidades e
possibilidades de cada família, casal ou indivíduo. Para muitos, o tema pode
ser delicado, afinal, uma obra, seja ela de menor ou maior porte, envolve
tempo, planejamento e impacto no orçamento.
O
arquiteto Mateus Michels explica que, para escolher entre reformar ou
construir, é preciso considerar fatores como o tamanho da reforma, as
alterações estruturais e as mudanças estéticas. “O primeiro passo é listar
todos os pontos da casa que você considera necessário modificar. A partir desse
levantamento e da quantidade de mudanças previstas, será possível avaliar se
compensa reformar ou se é mais viável construir do zero”, orienta.
Para os
dois casos, contar com a ajuda do profissional em arquitetura é essencial para
evitar erros e direcionar na melhor escolha, com dicas e criatividade no
planejamento da planta. Dependendo do espaço que se deseja reformar ou construir,
uma obra pode durar de três meses a um ano.
Para o
arquiteto, existem quatro níveis de reforma: básica, superficial, aprofundada e
total. Ele destaca que reformas são, muitas vezes, uma caixinha de surpresas,
mas que reformas superficiais — como troca de revestimentos, pintura, materiais
ou telhado — costumam valer a pena.
Por outro
lado, um ponto positivo em novas construções é a possibilidade de projetar a
casa dos sonhos com uma estrutura nova, materiais modernos, móveis planejados e
revestimentos. E além do investimento na nova residência, é necessário
considerar os custos com a demolição e descarte do entulho. “Quando optamos por
construir do zero, os valores tendem a ser mais definidos. Na reforma, o
orçamento pode variar bastante conforme as mudanças no projeto e nos materiais
durante a execução da obra”, acrescenta.
Nos casos
em que o morador optou pela reforma, pode ser comum se deparar com infiltrações
ou com tubulações que não são visíveis a olho nu. Michels alerta que, ao
reformar, imprevistos podem surgir, exigindo retrabalhos não previstos
inicialmente. “Em uma reforma, fazemos o projeto e o orçamento com base no que
conseguimos ver. Mas, ao quebrar uma parede ou abrir o chão, não sabemos o que
podemos encontrar. Se for uma construção antiga, é ainda mais desafiador e
impacta diretamente no orçamento. Por isso, antes de iniciar qualquer reforma,
é fundamental verificar se a estrutura suportará as alterações”, enfatiza.
Outro
aspecto que o profissional aponta é o apego emocional sobre a casa. Muitas
vezes, o imóvel pertence à família ou foi deixado como herança, e a reforma
torna-se a melhor alternativa para preservar a história e a memória afetiva do
local. “Há clientes que desejam manter certos ambientes por seu valor afetivo,
especialmente por recordarem de familiares queridos. Nesses casos,
desenvolvemos o projeto respeitando essa história, mas trazendo um novo olhar
para a casa”, esclarece.
Mais
informações sobre os projetos e atuação do arquiteto Mateus Michels podem ser
obtidas por meio das redes sociais, pelo @arq.mateusmichels, ou no site www.mateusmichelsarquitetura.com.br.
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