Existem finalidades específicas de cada modalidade de consórcio. Há um alerta sobre os riscos de uso indevido da carta de crédito
A crescente busca por consórcios como alternativa
estratégica para aquisição de bens tem gerado muitas dúvidas entre os
consumidores. Uma das perguntas mais frequentes é: posso usar uma carta de
crédito de consórcio imobiliário para comprar um carro?
A resposta é direta: não, isso não é permitido.
Cada modalidade de consórcio tem finalidades específicas, e tentar utilizar
usá-las fora dessas regras pode resultar em frustração e até na negativa da
administradora em liberar os recursos.
Alexandre Kloch, especialista em consórcios e em
soluções financeiras personalizadas. orienta: clientes que veem no consórcio
uma alternativa de investimento consciente e planejado precisam estar atentos
no objetivo desde o início:
“Muita gente acredita que, ao ser contemplado, pode
usar a carta de crédito como quiser. Mas não é assim que funciona. Um consórcio
de imóveis só pode ser usado para finalidades ligadas a imóveis. O mesmo vale
para consórcios de veículos. As regras são claras e regulamentadas pelo Banco
Central”, explica Kloch.
Cada consórcio, uma finalidade
De acordo com a ABAC (Associação Brasileira de
Administradoras de Consórcios), a carta de crédito de um consórcio imobiliário
pode ser utilizada para compra de casas, apartamentos, terrenos e até
construção ou reformas — desde que tudo esteja devidamente documentado. Já no
caso do consórcio de veículos, o foco é claro: compra de carros, motos,
caminhões e até veículos náuticos.
“O que define a utilização é a modalidade
contratada no momento da adesão. Quando você escolhe um consórcio de imóveis,
está assumindo uma cota que seguirá regras específicas. Não há como mudar o
destino do crédito depois da contemplação”, reforça Kloch.
Riscos de tentar ‘burlar’ o sistema
Tentar desviar o uso da carta de crédito pode
acarretar sérias consequências para o consorciado. A administradora pode
recusar a liberação dos recursos, o que acaba comprometendo o planejamento
financeiro do cliente. Além disso, há riscos legais e contratuais envolvidos.
“Já vi casos em que a pessoa queria usar a carta de
crédito de consórcio imobiliário para comprar um carro usado, achando que
poderia. A administradora bloqueou o processo e o cliente perdeu tempo e
dinheiro”, alerta o especialista.
Transparência e planejamento são essenciais
Kloch reforça que o primeiro passo para quem deseja
adquirir um bem por consórcio é escolher corretamente a modalidade. Caso o
objetivo seja um carro, o ideal é optar diretamente por um consórcio de
veículos — e o mesmo vale para quem deseja comprar um imóvel.
“O consórcio é uma ferramenta poderosa de educação
financeira. Mas precisa ser usada com responsabilidade. Quando bem orientado, o
cliente faz um excelente negócio e ainda evita juros altos de financiamentos
tradicionais”, conclui.
O que é permitido?
Segundo a ABAC, dentro de cada modalidade há certa
flexibilidade — desde que o bem adquirido esteja dentro da categoria. Por
exemplo, um consórcio de veículos pode ser usado para adquirir carros novos ou
usados, motos, caminhões, tratores e até embarcações, dependendo da
Administradora. Já o consórcio imobiliário pode contemplar imóveis novos,
usados, terrenos, reformas e construção.
O especialista lembra que o consórcio continua
sendo uma das formas mais acessíveis de planejamento para quem quer comprar
bens de forma parcelada e sem juros abusivos, mas é fundamental entender suas
regras e limitações.
“Cada modalidade existe para atender a objetivos específicos, e tentar misturá-las só traz complicações, desde que se saiba exatamente o que está contratando, esclareça todas as dúvidas com seu consultor de vendas, antes de assinar o contrato ou pagar a primeira parcela”.
Serviço: Klock Consórcios
Alexandre Kloch - Especialista em Consórcio
(41) 991651533
@alexandrekloch

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