Leandra Leal relatou sentir-se só após o nascimento da filha. Psicóloga Perinatal explica que essa sensação é mais comum do que parece, e não está ligada à ausência de ajuda
Nem sempre a chegada de um bebê vem acompanhada
apenas de felicidade. Mesmo quando existe uma rede de apoio presente, muitas
mulheres relatam um sentimento profundo de solidão no puerpério — período que
começa logo após o parto.
Segundo a psicóloga perinatal Rafaela Schiavo,
fundadora do Instituto MaterOnline, esse sentimento não está necessariamente
relacionado à falta de apoio, mas sim ao peso da responsabilidade materna. “Mesmo com
pessoas por perto, a sobrecarga recai quase sempre sobre a mãe, especialmente
quando se trata da amamentação, do sono interrompido e da necessidade constante
de estar atenta ao bebê”, explica.
Esse tipo de solidão emocional é mais comum do que
se imagina e, se não for acolhido, pode desencadear quadros de ansiedade,
tristeza intensa e até depressão pós-parto, de acordo com a psicóloga. A atriz
Leandra Leal é uma das mães que já falou sobre isso. Recentemente, ela contou
que, mesmo cercada de apoio, viveu um sentimento profundo de solidão após o
nascimento da filha.
A seguir, a psicóloga perinatal explica por que
esse sentimento aparece e como lidar com ele de forma mais leve e consciente.
1) Valide o que você sente
Sentir-se sobrecarregada ou solitária não significa
ingratidão. Reconhecer essas emoções é o primeiro passo para buscar
acolhimento.
2) Compartilhe as
responsabilidades reais
Não basta ajudar com tarefas da casa. Sempre que
possível, divida também os cuidados com o bebê, seja no colo, no banho ou no
sono.
3) Evite comparações sociais
Redes sociais mostram apenas recortes da realidade.
Cada maternidade é única, e se comparar pode gerar frustração e culpa
desnecessárias.
4) Busque apoio psicológico especializado
A psicologia perinatal pode ser uma aliada para
atravessar o puerpério e compreender o que está por trás de cada
sentimento.
5) Relembre sua história como
filha
Vivências da infância podem emergir com força nesse
momento. Entender sua própria trajetória ajuda a construir uma maternidade mais
consciente.

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