sexta-feira, 30 de maio de 2025

Outono e inverno trazem aumento de doenças respiratórias em crianças — saiba como proteger seu filho, segundo a pediatra Dra. Mariana Bolonhezi


Com a chegada das estações mais frias, aumentam também os casos de doenças respiratórias entre as crianças. A pediatra Dra. Mariana Bolonhezi alerta que, após o período atípico vivido na pandemia, a sazonalidade dos vírus respiratórios voltou ao normal — e isso se reflete em pronto-socorros lotados, consultórios cheios e pais preocupados com os sintomas dos pequenos.

“Estamos vendo um aumento claro na circulação de vírus como influenza, vírus sincicial respiratório (VSR) e rinovírus, que são os mais comuns nesse período”, explica a especialista. “As crianças, especialmente as menores, são mais vulneráveis por ainda terem um sistema imunológico em formação. Isso as torna mais suscetíveis a quadros infecciosos, que podem variar de leves a mais graves.”

Entre os sintomas mais frequentes estão febre, tosse, coriza, chiado no peito e dificuldade para respirar. A Dra. Mariana reforça que, diante de qualquer sinal de desconforto respiratório, os pais devem procurar orientação médica. “Muita gente espera para ver se melhora, mas, especialmente com os bebês, o ideal é agir rápido”, orienta.


Como proteger as crianças?

A pediatra lembra que a prevenção ainda é a melhor estratégia. Entre os cuidados recomendados estão:

·         Evitar aglomerações e ambientes fechados por longos períodos;

·         Manter a higiene frequente das mãos, com água e sabão ou álcool em gel;

·         Não mandar a criança para a escola se ela estiver doente;

·         Manter a vacinação em dia, principalmente contra a gripe (influenza);

·         Fazer lavagem nasal, principalmente nos dias mais secos;

·         Ficar atento aos sinais de alerta, como febre persistente, chiado no peito e cansaço.

Para os bebês menores de um ano, existe ainda uma medida de proteção extra: o anticorpo monoclonal Nirsevimabe, indicado para prevenir infecções causadas pelo vírus sincicial respiratório. “Essa é uma conversa que vale ter com o pediatra. Em muitos casos, o Nirsevimabe pode evitar internações e complicações”, explica a médica.


Infelizmente, no caso do rinovírus — um dos responsáveis pelos resfriados comuns — ainda não há vacina ou tratamento específico. Mas as medidas de higiene e prevenção ajudam a reduzir o contágio.



O papel da família no cuidado


Por fim, a Dra. Mariana reforça que os pais podem — e devem — se sentir parte ativa na proteção dos filhos. “Observar os sinais, respeitar o tempo de recuperação e não hesitar em buscar ajuda são atitudes que fazem toda a diferença”, afirma. “Estamos em uma época do ano em que os vírus circulam mais, mas com informação e prevenção, conseguimos cuidar melhor das crianças e passar por esse período com mais tranquilidade.”



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