Em um mercado constantemente digitalizado, os chatbots viraram armas poderosas aos varejistas. Focados, especialmente, em automatizar e aperfeiçoar o atendimento aos clientes, esses robôs vêm contribuindo fortemente para uma experiência mais fluída e facilitada, os quais não apenas estão moldando as operações deste setor, como estão, cada vez mais, se mostrando como ferramentas indispensáveis para elevar as vendas e conquistar a tão desejada fidelização dos consumidores.
Segundo o mapa do ecossistema brasileiro de bots,
elaborado pelo Mobiletime, o varejo é a vertical com maior demanda por bots no
país, tendo representado 25% do total de projetos realizados em 2024 pelas
desenvolvedoras. Porém, ao invés de serem mais direcionados às vendas em si,
vem ganhando mais força a aplicação ao longo de toda a jornada do cliente –
desde seu primeiro contato com a marca, até na finalização da compra em si.
Sua proposta não é focar em agilizar este processo,
mas em facilitar o relacionamento e atendimento de cada usuário em suas
necessidades, acompanhando cada uma de suas etapas de interação e se
antecipando a eventuais dúvidas ou demandas que esse consumidor possa ter, sem
a necessidade de recorrerem a um atendente humano para isso.
Os bots são programados para mapear o histórico de
compra daquela pessoa e, com isso, criar uma experiência mais fluída,
direcionada e simplificada – sendo proativos no atendimento ao que buscam na
loja e conduzindo à melhor solução para suas demandas. Isso inclui, também, a
oferta antecipada de itens já adquiridos, assim como a explorar novos produtos
que podem ser de interesse com base no histórico, despertando um senso de
surpresa que pode contribuir com a venda.
Analisar, estrategicamente, os dados históricos, de
comportamento e direcioná-los no uso dos bots, é um enorme diferencial competitivo
no varejo, capaz de aumentar o ticket financeiro sem esforços enormes. No
entanto, a falta de expertise nessas ferramentas de analytics por muitos
lojistas prejudica a conquista desse benefício, além de elevar o risco de
utilizarem esses robôs para ofertarem produtos não aderentes aos perfis dos
clientes – gerando insatisfação, descredibilidade e má reputação no segmento.
A eficácia no investimento dos bots pelo varejo está
diretamente relacionada a uma boa gestão e governança dos dados internos e públicos,
cruzando esse alto volume de informações com as necessidades de seu
público-alvo através de mecanismos inteligentes como o Big Data e, a partir
disso, direcionando esses robôs para um atendimento cada vez mais
hiperpersonalizado.
Não há necessidade de altos investimentos
inovadores para garantir este sucesso, o famoso arroz e feijão funciona muito
bem. Ou seja, um bom atendimento no qual o cliente perceba, com nitidez, essa
proatividade e personalização na comunicação, não apenas fará com que tenham uma
experiência enriquecedora, como também que se tornem verdadeiros embaixadores
da marca, promovendo a loja para outras pessoas com uma percepção mais
positiva.
Entenda, a fundo, as necessidades e anseios de seus
clientes, e não se limite a apenas atender seus pedidos. Antecipe possíveis
demandas que, às vezes, nem eles se lembrem, demonstrando preocupação e atenção
em oferecer aquilo que precisem, com agilidade e facilidade em todos os pontos
de sua jornada.
Com isso, independente da estratégia que será adotada
ou apelo reforçado, um cliente feliz e satisfeito é a grande meta a ser
atingida através dos bots no varejo. Pequenas ações podem fazer enormes
diferenças nesse resultado, criando jornadas de ativação bastante assertivas
para alavancar os resultados frente a seus concorrentes.
Luiz Correia - Head Comercial na Pontaltech.
Pontaltech
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