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| A mudança no NR-1 destaca o estresse no trabalho. Envato |
A partir do dia 26 de maio, as empresas
brasileiras terão que incluir a avaliação de riscos psicossociais no processo
de gestão de Segurança e Saúde no Trabalho (SST). Quais são as exigências para
esse acompanhamento psicológico?
A partir de 26 de maio de 2025, as empresas
brasileiras terão um novo desafio na gestão de Segurança e Saúde no Trabalho
(SST): a inclusão da avaliação de riscos psicossociais no ambiente corporativo.
Essa mudança faz parte da atualização da Norma Regulamentadora nº 1 (NR-1),
promovida pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) em agosto de 2024, e
reforça a necessidade de acompanhamento psicológico dos colaboradores. Com
isso, temas como saúde mental, estresse ocupacional e esgotamento emocional
passam a ser tratados com mais seriedade dentro das organizações.
Os impactos desta exigência são
evidentes quando olhamos para os dados. Segundo a International Stress Management
Association (ISMA-BR), o Brasil ocupa o segundo lugar no ranking mundial
de países com mais casos de Burnout, afetando cerca de 30% dos trabalhadores.
Além disso, a Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que os transtornos
mentais já são a terceira maior causa de afastamento do trabalho no país.
Diante desse cenário, a NR-1 surge como um mecanismo essencial para que as empresas
passem a atuar de forma mais proativa na prevenção do adoecimento mental de
seus funcionários.
A psicóloga Jacqueline Sampaio,
fundadora da Clínica
Jacqueline Sampaio Mental Health e especialista em Gestalt Terapia e
Burnout, destaca que a nova regulamentação não apenas reforça práticas que já
vinham sendo adotadas por algumas empresas, mas amplia a responsabilidade dos
empregadores sobre a saúde emocional de seus colaboradores. “A NR-1 não se
trata apenas de uma obrigação legal, mas de uma mudança de mentalidade dentro
das organizações. As empresas que investirem em um acompanhamento psicológico
estruturado e estratégias eficazes de prevenção ao estresse ocupacional
colherão benefícios diretos, como maior produtividade, redução de afastamentos
e um ambiente de trabalho mais saudável”, explica Jacqueline.
Além do impacto direto na saúde e no
bem-estar dos funcionários, a implementação da avaliação de riscos
psicossociais também pode influenciar a retenção de talentos e a cultura
organizacional. Empresas que promovem qualidade de vida e apoio
psicológico tendem a ser mais valorizadas pelos profissionais, resultando em
maior engajamento e satisfação no trabalho. Criar um espaço seguro para que os
colaboradores falem sobre suas dificuldades e tenham suporte emocional pode ser
um diferencial competitivo.
Com a obrigatoriedade da NR-1, torna-se fundamental que empresas busquem capacitação e especialistas para estruturar programas de acompanhamento psicológico dentro do ambiente corporativo. O equilíbrio entre vida profissional e saúde mental dos colaboradores deve ser uma prioridade, não apenas para cumprir as exigências legais, mas para garantir um futuro sustentável e produtivo para as organizações.
Jacqueline Sampaio - psicóloga e empresária, fundadora da Clínica Jacqueline Sampaio Mental Health, onde adota a abordagem Gestalt, focada no autoconhecimento e na superação de barreiras internas. Atualmente, atende pacientes em 17 países, oferecendo planos de terapia que variam de individuais a anuais. Especializada em Saúde Mental pela USP, em Psicologia pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e com aprofundamento em Motivação para o Sucesso na Harvard University, ela transformou desafios pessoais e profissionais em uma trajetória de sucesso. Saiba mais, aqui!
Instagram: jacquesuamente

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