Uma coisa é fato: a tecnologia vem moldando as perspectivas do futuro em um ritmo acelerado, e a Inteligência Artificial (IA), sem dúvidas, é a protagonista desse movimento. No entanto, à medida que esse recurso ganha espaço no nosso cotidiano, cabe uma reflexão importante: quem são os profissionais por trás desses algoritmos?
Segundo
o relatório "Os efeitos da inteligência artificial na vida profissional
das mulheres", da UNESCO, apenas 29% dos cargos de pesquisa e
desenvolvimento em ciências são ocupados por mulheres. O dado choca, mas também
reforça a importância de falarmos sobre a equidade e a diversidade de
colaboradores na criação de uma nova tecnologia. Isso porque, assim como todo
recurso, a IA não é algo que surge do nada, mas é treinada com dados
históricos, organizados por pessoas, com base em contextos sociais e,
inevitavelmente, seus vieses.
Quando
mulheres participam da criação de tecnologias, é acrescentada uma nova
perspectiva, tendo em vista que elas trazem novos questionamentos, novas
referências e diferentes sensibilidades. Além disso, o público feminino tem
ainda a capacidade de enxergar lacunas invisíveis e propor soluções amplas,
eficientes e inovadoras.
E,
por falar em inovação – algo que tem sido constantemente abordado – esse pilar
só nasce a partir do encontro de diferentes experiências, vivências e pontos de
vista. Sendo assim, equipes formadas por grupos diversos, de diferentes
gêneros, idades e etnias, conseguem construir soluções robustas e eficientes.
No
caso da Inteligência Artificial, esse posicionamento ganha ainda mais
relevância, partindo do princípio de que o sistema ajuda a tomar decisões com
base no aprendizado obtido na análise de dados e comportamento dos usuários.
Sendo assim, ao incluir mulheres no desenvolvimento dessa tecnologia, é possível
garantir que ela reflita a diversidade humana.
Diante
desse panorama, é essencial que, cada vez mais, esse tema seja levado às
organizações para que adotem estratégias que visem ampliar a participação
feminina no desenvolvimento da IA. É a partir desse direcionamento que será
possível, de fato, realizar uma verdadeira mudança e, principalmente,
impulsionar ainda mais o desempenho dessa tecnologia, que vem sendo o
carro-chefe da transformação digital — de forma equilibrada, segura e com
capacidade de atender às necessidades específicas do público global.
O
mercado está cada vez mais globalizado. Sendo assim, incentivar a participação
das mulheres no desenvolvimento da IA não só elimina os preconceitos, mas
também ajuda a potencializar os ganhos que essa tecnologia pode oferecer para
todos. Por isso, reconhecer o papel feminino no processo de transformação não é
apenas algo ético, mas, sem dúvidas, estratégico.
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