A busca por inovação e eficiência é um dos objetivos empresariais para escalar e transformar negócios. As infraestruturas de TI na nuvem, que têm se tornado cada vez mais relevantes no universo corporativo, são um grande passo para aprimorar as operações para mais produtividade, agilidade e economia. Vivemos na era em que a nuvem garante performance, escalabilidade e flexibilidade nos ambientes modernos de tecnologia das organizações. Mas, como garantir performance atendida em milissegundos sem um dos pilares centrais: a segurança?
A observabilidade,
que significa a medição e monitoramento contínuo de métricas, traces e logs; e
a segurança (proteção de sistemas e dados contra ataques
cibernéticos) convergem para tornar o monitoramento dos ambientes de TI
eficiente e mitigar qualquer ameaça. Em um cenário no qual riscos e
vulnerabilidades aumentam, é essencial agir de forma preventiva. A
observabilidade vai além do simples monitoramento, proporcionando uma visão
clara e detalhada das operações de TI, permitindo uma abordagem proativa na
resolução de problemas e melhoria contínua da experiência do cliente. A
sinergia das duas disciplinas é vital para todas as empresas que utilizam
multicloud: observabilidade trabalha na performance das aplicações e a
segurança olha de forma isolada os perímetros dos ambientes.
A pesquisa
Enterprise Cloud Index – ECI (Índice de Nuvem Empresarial) mostra que 90% dos
entrevistados brasileiros estão adotando uma abordagem “cloud-smart” para sua
estratégia de infraestrutura. O ECI também identificou em seu relatório o
aumento dos investimentos em segurança, com 86% dos entrevistados brasileiros
destinando recursos para soluções de prevenção de ransomware.
A
necessidade do gerenciamento em performance e em segurança, com a migração de
aplicações para ambientes multicloud e híbridos, levantou uma questão: o quanto
as empresas brasileiras têm dificuldades na automação e integração entre
tecnologia, pessoas e processos. Outro dado do ECI revela que 64% das
corporações no país enfrentam desafios para gerenciar dados, e muitas vezes,
isso está relacionado à segurança.
Quando
falamos em exposição na nuvem, os números são alarmantes: de acordo com
pesquisa da Tenable, 78% dos líderes em segurança apontam a nuvem como a maior
área de risco e vulnerabilidade. E as ocorrências só aumentam: o Relatório
Global de Segurança na Nuvem de 2024, da Check Point Software, apontou um
crescimento de incidentes de segurança pela exposição na cloud de 154% no
último ano. Observamos com esses dados que existe uma preocupação gigantesca
das organizações.
Essas
dificuldades para mapear relacionamentos entre aplicativos e infraestrutura nos
mostram o quanto as empresas estão expostas a riscos evitáveis, e até, por
falta de estratégias claras em segurança e observabilidade. Assim como é
preciso conhecer o que é necessário proteger, como camadas de aplicações e
serviços que estão rodando, é possível detectar ameaças em tempo real, otimizar
custos de nuvem e estar em conformidade com normas regulatórias.
Hoje, já há
soluções inteligentes de observabilidade e segurança que fazem correlação entre
incidentes de performance e de segurança para mandar alertas e notificações por
meio de IA e machine learning, com o objetivo de mitigar riscos para as
empresas em suas jornadas. A primeira é a detecção precoce:
o monitoramento contínuo de todo os componentes que fazem parte de uma
arquitetura de aplicação, seja código, infraestrutura, logs, processo de
esteira de CI (integração contínua) e CD (desenvolvimento contínuo), no caso
algum incidente, sua identificação será muito mais rápida do que chegar a
afetar o cliente e causar prejuízo ao negócio; o segundo ponto é ter uma resposta
ágil, pois, não adianta receber um alerta por meio de uma
ferramenta detalhada sobre o incidente e qual aplicação está sendo impactada se
não houver um processo definido sobre como atuar em cima desses riscos. E o
terceiro ponto é a correção rápida: a partir do
momento que uma vulnerabilidade ou ataque são detectados, corrigir aplicando as
melhores práticas o mais rápido possível é essencial para manter os ambientes
menos expostos.
Em algumas
etapas é possível convergir segurança e observabilidade de forma mais prática.
Em observabilidade, no monitoramento de infraestrutura,
a segurança pode se beneficiar de métricas que já estão dentro de um ambiente;
nas aplicações (APM), com o rastreio da
aplicação, o RASP e o SAST utilizam informações que já estão sendo coletadas
pelas ferramentas de observabilidade. Este módulo está evoluindo, pois
investiga o fluxo e faz o bloqueio de ataque em tempo real através do
monitoramento dos traces. Outra etapa é ter insights por meio do Log
Management. Todos os registros que acontecem dentro da
aplicação, como logins e acesso ao servidor, que são coletados por meio da
observabilidade, podem preencher o SIEM (abordagem de segurança cibernética que
analisa e correlaciona eventos para identificar possíveis ameaças de várias
fontes em tempo real), além de ajudar a saber sobre compliance com os
principais requisitos do mercado e conformidade na auditoria. Em CI e CD
Monitoring, esteira de desenvolvimento de uma aplicação, a
segurança ajuda nas melhores práticas de codificação, detecção de alguma
vulnerabilidade conhecida, além de SAST.
Hoje, como o
mundo está se adaptando rapidamente às inovações e muitas organizações, com a
transformação digital, têm experimentado um crescimento acelerado, a tecnologia
deve escalar junto para acompanhar a onda ascendente do negócio. A unificação
da observabilidade e da segurança já está moldando o presente. Portanto, as
empresas que adotarem performance e proteção estarão preparadas para o futuro
que acontece agora. Observabilidade e segurança são fundamentais para o sucesso
de qualquer organização. Mais do que tendências, são pilares do sucesso
digital.
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