Garantir a inclusão no ambiente online aprimora a percepção do consumidor com relação à marca
A acessibilidade digital ainda é um desafio para muitas empresas,
e erros básicos passam despercebidos, prejudicando a experiência de navegação
de muitas pessoas. Com cada vez mais consumidores tendo fácil acesso a um
tablet ou smartphone, é normal que novos desafios apareçam e, com eles, a
oportunidade de inclusão.
Segundo Michelli Mieko, Head de operações digitais da Mobility
Brasil, problemas como contraste inadequado, falta de descrição de imagens e
navegação limitada via teclado são alguns dos principais entraves. "Muitos
sites possuem botões pequenos demais ou combinações de cores que dificultam a
leitura, prejudicando especialmente idosos e pessoas com deficiência
visual", explica.
Outro erro comum é a ausência de texto alternativo (Alt Text) para
imagens, impedindo que leitores de tela interpretem corretamente os elementos
visuais. "Já tivemos o movimento do #paracegover, mas o ideal é inserir o
Alt Text diretamente. Isso melhora a acessibilidade e ainda beneficia o SEO do
site", destaca Mieko. A falta de legendas e transcrições em vídeos também
reduz a inclusão de pessoas com deficiência auditiva e cognitiva.
No e-commerce, além das questões citadas, a experiência de compra
precisa ser intuitiva e responsiva. Sites com opções excessivas podem
dificultar a navegação, e a responsividade deve garantir que a usabilidade seja
eficiente tanto no desktop quanto no celular. Essa experiência de compra mais
fluída pode, inclusive, resultar em um maior número de vendas, já que um número
maior de usuários navega pelo site sem interrupção ou obstáculo.
Outro ponto crítico são os pop-ups, que podem dificultar a
navegação de pessoas com deficiência cognitiva ou visual, tornando a
experiência confusa e frustrante. Além disso, o acesso do site via teclado deve
ser priorizado, garantindo que usuários com dificuldades motoras consigam
acessar todas as funcionalidades do site sem depender do mouse. "Fizemos
testes em sites grandes e, em muitos deles, não conseguíamos chegar aos
produtos da vitrine apenas com o teclado, o que mostra como ainda há barreiras
significativas", ressalta Mieko.
Empresas que desejam melhorar a acessibilidade digital devem se
atentar às leis e diretrizes vigentes, como a Lei Brasileira de Inclusão da
Pessoa com Deficiência (LBI) e as Diretrizes de Acessibilidade para Conteúdo
Web (WCAG).
Especialista em E-commerce, Melissa Pio, CEO da TEC4U, agência
especializada em soluções 360° para o digital, também defende que mais sites
coloquem em prática as normas da LBI, garantindo, assim, um consumo mais inclusivo.
“Não tem porque uma empresa não se preocupar com esses aspectos.
Todos os visitantes do site são consumidores em potencial, mas antes disso são
pessoas. É algo que temos reforçado sempre que criamos um novo site e prestamos
consultoria: não deve ser um diferencial, mas uma regra”, finaliza Melissa.
TEC4U
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