quinta-feira, 13 de março de 2025

Saiba como a acessibilidade digital pode melhorar a experiência do usuário no seu site

Garantir a inclusão no ambiente online aprimora a percepção do consumidor com relação à marca


A acessibilidade digital ainda é um desafio para muitas empresas, e erros básicos passam despercebidos, prejudicando a experiência de navegação de muitas pessoas. Com cada vez mais consumidores tendo fácil acesso a um tablet ou smartphone, é normal que novos desafios apareçam e, com eles, a oportunidade de inclusão.

Segundo Michelli Mieko, Head de operações digitais da Mobility Brasil, problemas como contraste inadequado, falta de descrição de imagens e navegação limitada via teclado são alguns dos principais entraves. "Muitos sites possuem botões pequenos demais ou combinações de cores que dificultam a leitura, prejudicando especialmente idosos e pessoas com deficiência visual", explica.

Outro erro comum é a ausência de texto alternativo (Alt Text) para imagens, impedindo que leitores de tela interpretem corretamente os elementos visuais. "Já tivemos o movimento do #paracegover, mas o ideal é inserir o Alt Text diretamente. Isso melhora a acessibilidade e ainda beneficia o SEO do site", destaca Mieko. A falta de legendas e transcrições em vídeos também reduz a inclusão de pessoas com deficiência auditiva e cognitiva.

No e-commerce, além das questões citadas, a experiência de compra precisa ser intuitiva e responsiva. Sites com opções excessivas podem dificultar a navegação, e a responsividade deve garantir que a usabilidade seja eficiente tanto no desktop quanto no celular. Essa experiência de compra mais fluída pode, inclusive, resultar em um maior número de vendas, já que um número maior de usuários navega pelo site sem interrupção ou obstáculo.

Outro ponto crítico são os pop-ups, que podem dificultar a navegação de pessoas com deficiência cognitiva ou visual, tornando a experiência confusa e frustrante. Além disso, o acesso do site via teclado deve ser priorizado, garantindo que usuários com dificuldades motoras consigam acessar todas as funcionalidades do site sem depender do mouse. "Fizemos testes em sites grandes e, em muitos deles, não conseguíamos chegar aos produtos da vitrine apenas com o teclado, o que mostra como ainda há barreiras significativas", ressalta Mieko.

Empresas que desejam melhorar a acessibilidade digital devem se atentar às leis e diretrizes vigentes, como a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (LBI) e as Diretrizes de Acessibilidade para Conteúdo Web (WCAG).

Especialista em E-commerce, Melissa Pio, CEO da TEC4U, agência especializada em soluções 360° para o digital, também defende que mais sites coloquem em prática as normas da LBI, garantindo, assim, um consumo mais inclusivo.

“Não tem porque uma empresa não se preocupar com esses aspectos. Todos os visitantes do site são consumidores em potencial, mas antes disso são pessoas. É algo que temos reforçado sempre que criamos um novo site e prestamos consultoria: não deve ser um diferencial, mas uma regra”, finaliza Melissa.



TEC4U


Nenhum comentário:

Postar um comentário