A mulher carrega dentro de si muitos mundos,
coexistentes em sua mente. Neles, estão contidos múltiplos papéis,
desempenhados simultaneamente, de acordo com a fase que ela está vivendo. Além
dos papéis inerentes ao universo feminino — filha, esposa, mãe, profissional,
amiga, líder, guerreira e, muitas vezes, todos ao mesmo tempo —, existem
universos paralelos que a transportam para diferentes dimensões.
Nestes universos, ela precisa manejar desafios, ser
intuitiva em suas escolhas e, às vezes, visitar o mundo da fauna, tornando-se
uma ursa ou elefanta para divertir seus filhos. Outras vezes, precisa ser
super-heroína: estica-se como a Mulher Elástico para alcançar metas, usa
braceletes do poder como a Mulher Maravilha para se desviar das adversidades e
veste diariamente a capa da Supergirl para proteger aqueles que
ama.
Dentro desse sistema em constante expansão, ela
assume múltiplas funções: administradora do lar, babá, educadora, diarista,
nutricionista, cabeleireira e organizadora de eventos. E, apesar dos desafios,
ela os enfrenta com graça e beleza, compreendendo que cada papel desempenhado é
uma oportunidade de crescimento, evolução e descoberta de novas facetas de si
mesma.
No entanto, viver nesse multiverso não é
“recarregável”. Não há uma pilha interna que possa ser trocada, nem um plugue
para ser conectado à tomada e restaurar suas forças em minutos. Ela precisa
aceitar suas limitações, reconhecer que o cansaço faz parte da jornada e
entender que não há vergonha em não dar conta de tudo.
O segredo está em fazer pausas para se reconectar.
É essencial aprender a dizer “não”, impor limites e priorizar o autocuidado e o
descanso. Acima de tudo, deve-se enxergar essa multiplicidade não como uma
sobrecarga, mas como a expressão única do seu dom de ser todas em uma.
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