Mesmo com avanços legislativos, mulheres seguem
sub-representadas em cargos de liderança e chegam a receber 25,2% a menos que
homens
A
luta pela igualdade de gênero no mercado de trabalho tem conquistado avanços,
mas as mulheres ainda enfrentam desafios significativos para alcançar posições
de liderança em diversos setores. De acordo com dados do Ministério das
Mulheres e do Trabalho, elas recebem em média 19,4% a menos que os homens para
exercer as mesmas funções. Em cargos de gerência e liderança, essa diferença
pode chegar a 25,2%.
O
fato de a presença feminina em cargos estratégicos ainda ser inferior à
masculina é reflexo de barreiras estruturais e culturais que persistem ao longo
dos anos, de acordo com a advogada e especialista em gestão corporativa, sócia
do escritório Vernalha e Pereira, Angélica Petian.
“Precisamos
de um compromisso real das empresas para criar ambientes de trabalho mais
inclusivos. A implementação de programas de mentoria para mulheres, políticas
de diversidade e canais de denúncia eficazes são essenciais para combater a
desigualdade e ampliar as oportunidades”, destaca a advogada.
A
recente legislação trabalhista trouxe medidas importantes para combater a
disparidade salarial e garantir mais equidade no ambiente profissional. Além da
obrigatoriedade da igualdade de remuneração, foram estabelecidas regras de
transparência salarial e sanções para empresas que não cumprirem as
determinações. Empresas com 100 ou mais colaboradores devem divulgar relatórios
periódicos com informações sobre critérios de remuneração e a distribuição de
cargos por gênero.
A desigualdade estrutural segue sendo um desafio global. Segundo o Fórum Econômico Mundial, a paridade de gênero em oportunidades e participação econômica só será alcançada em 267,6 anos, se mantido o ritmo atual de progresso. Esse dado reforça a necessidade de conscientização e ações efetivas por parte das empresas e da sociedade, promovendo campanhas de sensibilização, treinamentos sobre diversidade e inclusão, além da revisão de práticas corporativas.
No
Dia Internacional da Mulher, o debate sobre equidade de gênero no mercado de
trabalho reforça a importância de ações concretas para superar as barreiras
ainda existentes e construir um futuro mais justo e igualitário para todos no
mercado de trabalho.
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