Especialista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz alerta para o aumento das doenças respiratórias e reforça a importância da vacinação na prevenção
A chegada do outono no Brasil, que em
2025 tem início no próximo dia 20, traz mudanças bruscas de temperatura e a
redução da umidade do ar, criando condições ideais para a propagação de doenças
respiratórias. Gripes, resfriados, crises de asma, rinite alérgica e o
agravamento de problemas pulmonares crônicos se tornam mais frequentes,
impactando principalmente idosos, crianças e pessoas com comorbidades.
Especialistas alertam para a necessidade de reforçar os cuidados com a saúde e
destacam a vacinação como medida essencial de prevenção.
Além do aumento da circulação de vírus e bactérias, o ar seco e a
maior concentração de poluentes contribuem para o agravamento de quadros
respiratórios. “A redução da umidade do ar e a exposição a agentes infecciosos
elevam significativamente os riscos de infecções respiratórias. Além disso, com
a queda das temperaturas, há mais tendência de permanecermos em ambientes
fechados e pouco ventilados, facilitando a disseminação de vírus como o da
gripe e o da Covid-19”, explica a Dra. Sandra Guimarães, pneumologista do Hospital
Alemão Oswaldo Cruz.
A vacinação contra doenças respiratórias é uma das estratégias
mais eficazes para reduzir a incidência de infecções e suas complicações,
especialmente entre os grupos mais vulneráveis. O Programa Nacional de
Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde reforça a necessidade de manter o
calendário vacinal atualizado, com destaque para a imunização contra gripe,
pneumonia e Covid-19. “A vacina contra a gripe reduz significativamente o risco
de complicações graves e hospitalizações. Já a vacina pneumocócica previne
casos mais severos de pneumonia, que podem ser fatais em pacientes
vulneráveis”, destaca a Dra. Sandra.
A gripe, causada pelo vírus Influenza, tem diversos subtipos, como
o H1N1 e o H3N2, que costumam circular com mais intensidade nessa época do ano.
Os sintomas podem variar de quadros leves a graves, podendo levar à
hospitalização e, em casos mais extremos, ao óbito. “A vacinação contra
Influenza é fundamental para reduzir o impacto da gripe, especialmente em
crianças pequenas, idosos e pessoas com condições médicas preexistentes”,
acrescenta a pneumologista.
Com a continuidade da circulação do Coronavírus, a pneumologista
também recomenda que a população elegível receba as doses de reforço da vacina
contra a Covid-19. “O Coronavírus ainda representa riscos, principalmente para
indivíduos com histórico de problemas respiratórios, por isso a vacinação
contínua continua sendo essencial”, explica a médica.
É importante ficar atento as campanhas de imunização contra a
gripe e outras doenças respiratórias, com distribuição gratuita das vacinas
pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A recomendação da especialista é que a
população busque os postos de saúde antes do pico da sazonalidade, que
normalmente ocorre no inverno, entre os meses de junho e setembro.
O Calendário Nacional de Vacinação de 2025, divulgado pelo
Ministério da Saúde, já está disponível e inclui atualizações importantes para
a imunização contra O Influenza e o reforço da vacina contra a Covid-19. A
vacinação contra a gripe passou a fazer parte do calendário de rotina para
crianças de seis meses a menores de seis anos, gestantes e idosos a partir de
60 anos, com doses disponíveis nas unidades de saúde a partir da segunda
quinzena de março LINK.
“Quanto antes a imunização for realizada, maior será a proteção
individual e coletiva. Não devemos esperar os sintomas aparecerem para tomar a
vacina, pois a imunização é uma ferramenta preventiva, não curativa”, alerta a
Dra. Sandra.
Embora a imunização seja fundamental, adotar medidas simples no dia a dia pode reduzir ainda mais o risco de doenças respiratórias durante o outono. Entre as principais recomendações estão manter os ambientes bem ventilados e evitar locais fechados com aglomerações, higienizar as mãos com frequência para evitar a transmissão de vírus e bactérias, hidratar-se adequadamente para manter as vias respiratórias protegidas, utilizar umidificadores de ar ou bacias com água para minimizar os efeitos do clima seco, proteger-se contra mudanças bruscas de temperatura com roupas adequadas, usar máscaras faciais ao apresentar sintomas gripais e procurar atendimento médico ao primeiro sinal de piora dos sintomas respiratórios.
Hospital Alemão Oswaldo Cruz
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