domingo, 2 de março de 2025

Cães idosos têm uma nova chance: prevenção e ciência mudam o rumo da longevidade canina

Médica veterinária de biotech brasileira conta que o segredo está na intervenção das causas do envelhecimento

 

Cães são mais do que animais de estimação, fazem parte da família, e como qualquer ente querido, espera-se que vivam o máximo de tempo possível ao lado de seus tutores. Mas, com o aumento da expectativa de vida, surgem desafios relacionados ao envelhecimento, como doenças degenerativas que prejudicam o bem-estar do pet. A boa notícia? Já é possível proporcionar mais anos com qualidade para esses companheiros. 

Hoje sabe-se que o envelhecimento não é um processo único, mas sim influenciado por uma série de fatores, como genética, alimentação e cuidados veterinários, por exemplo, podendo ser alterados com os cuidados certos. 

Bianca Ribeiro, médica veterinária da PetMoreTime – biotech brasileira especializada em longevidade canina –, explica que a medicina veterinária está cada vez mais focada em prevenir, e não apenas tratar. “No último século, a ciência se desenvolveu para combater doenças, mas atualmente sabemos que o segredo é agir antes que elas apareçam". Para prolongar a vida do seu cão, algumas práticas recomendadas incluem:



Alimentação balanceada

A dieta ideal para um cão pode variar significativamente de acordo com idade, porte, raça, condições de saúde e nível de atividade. Por isso, é essencial que a alimentação do seu pet seja planejada com o apoio de um veterinário especializado em nutrição, que poderá recomendar rações ricas em proteínas, gorduras saudáveis, carboidratos, vitaminas e minerais essenciais, que trazem benefícios nutricionais adicionais.


Exercícios regulares

A atividade regular é essencial para a saúde física e mental dos cães, tendo um impacto positivo na saúde cognitiva e potencialmente aumentar a expectativa de vida.

Inclusive, a prática frequente dessas atividades está relacionada à menor incidência da Síndrome de Disfunção Cognitiva Canina (SDCC) — como se fosse o Alzheimer em humanos. Isso porque o exercício físico aumenta a circulação sanguínea, que por sua vez melhora o fluxo de oxigênio e nutrientes para o cérebro do cão, ajudando a manter as células saudáveis. As substâncias químicas liberadas também melhoram o humor e reduzem o estresse, o que favorece a plasticidade cerebral, que é a capacidade do cérebro de se adaptar e reorganizar. 


Ambiente enriquecedor

Brinquedos interativos e oportunidades de socialização podem ajudar a manter a mente do seu cão ativa. Isso é especialmente importante à medida que os cães envelhecem, pois a estimulação mental pode ajudar a retardar o declínio cognitivo.


Saúde bucal

A saúde bucal é uma parte crucial da saúde geral do seu cão. Problemas dentários podem levar a doenças sistêmicas, incluindo doenças cardíacas e renais. Manter uma boa higiene bucal, incluindo escovação regular e check-ups dentários, pode ajudar a prevenir essas complicações.


Visitas regulares ao veterinário

Exames de rotina podem detectar precocemente problemas de saúde, permitindo intervenções que podem salvar o seu cão. Além das vacinas, os exames podem incluir avaliações cardíacas, endócrinas e outras.

Além dessas práticas, a ciência também está evoluindo na longevidade canina. Com a descoberta de marcadores biológicos do envelhecimento, que mostram como o corpo do cão está envelhecendo a nível celular, é possível identificar sinais precoces de desgaste e intervir diretamente na raiz do problema. “Assim como os humanos, cada cão vai apresentar um problema diferente ao envelhecer. Por isso a personalização do tratamento é tão importante”, comenta Bianca. 

Essa abordagem não apenas aumenta a expectativa de vida dos cães, mas também garante que eles vivam com mais saúde e disposição. “Nosso protocolo de longevidade canina é focado em diminuir esses efeitos de envelhecimento, com fármacos e nutracêuticos, além de acompanhamento veterinário contínuo”, complementa. “Ouvimos as pessoas comentarem sobre o medo de perderem seus cães, e sim, sabemos que eles têm uma vida significativamente mais curta em relação à nossa. Mas é possível desfrutar por muitos anos da companhia deles se agirmos na prevenção. É um ato de amor para quem nos ama”, finaliza a veterinária. 



PetMoreTime


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