Como os hormônios influenciam decisões e percepções
femininas
A
relação entre o ciclo menstrual, intuição e saúde mental é um tema cada vez
mais explorado pela ciência. Estudos recentes indicam que os hormônios
oscilantes ao longo do mês podem impactar significativamente a forma como as
mulheres tomam decisões, percebem o mundo ao seu redor e lidam com suas emoções.
Para a psicóloga Tatiane Mosso, compreender essas variações pode ser uma
ferramenta poderosa para melhorar a produtividade, a autoestima e o bem-estar
emocional.
Antes da menstruação
Por
outro lado, a fase luteal, que antecede a menstruação, é marcada pelo aumento
da progesterona, podendo gerar uma maior sensibilidade emocional, introspecção
e necessidade de descanso. "Não é incomum que as mulheres se sintam mais
vulneráveis ou questionem suas próprias capacidades nessa fase. No entanto, ao
entender que essa é uma resposta biológica natural, é possível acolher essas
emoções sem julgamentos e ajustar a rotina para respeitar essas mudanças",
ressalta a psicóloga.
Após a menstruação
"Durante
a fase folicular, que ocorre logo após a menstruação, os níveis de estrogênio
aumentam, o que pode contribuir para uma sensação de maior disposição e
criatividade. Já na fase ovulatória, muitas mulheres relatam sentir-se mais
confiantes e intuitivas, o que pode influenciar escolhas e interações
sociais", explica.
Oscilações hormonais
Algumas
pesquisas sugerem ainda que as oscilações hormonais influenciam a forma como o
cérebro processa informações, tornando as mulheres mais propensas a confiar em
suas percepções instintivas em determinados momentos do ciclo. "A intuição
pode ser compreendida como um mecanismo natural de processamento rápido de
informações que já estão armazenadas no inconsciente. Ao reconhecer padrões
emocionais e comportamentais ao longo do ciclo, é possível utilizar essa
capacidade a favor do autoconhecimento e da tomada de decisões",
complementa.
Entender o próprio ciclo menstrual pode ajudar mulheres a planejarem melhor suas atividades, respeitarem seus momentos de maior ou menor energia e desenvolverem estratégias para manter a autoestima equilibrada. "Ao observar os padrões emocionais e fisiológicos individuais, cada mulher pode criar uma relação mais positiva consigo mesma, aproveitando os pontos fortes de cada fase e se permitindo descanso quando necessário", finaliza a especialista.
Tatiane Mosso - Psicóloga com aprimoramento clínico em Fenomenologia-Existencial pela PUC-SP e especialização em psicologia clínica na perspectiva Fenomenológico-Existencial pelo Instituto de Psicologia Fenomenológico-Existencial do Rio de Janeiro – IFEN
tatianemossopsicologa
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