sexta-feira, 14 de março de 2025

14 de março: Dia Mundial do Sono. Você sabia que a enxaqueca pode impactar negativamente o seu descanso?

“A chave para o controle da enxaqueca é estabilizar o cérebro e ter a saúde plena de volta” - Thaís Villa, neurologista 

 

Quem sofre de enxaqueca - mais de um bilhão de pessoas no mundo, segundo a OMS - sabe o quanto uma crise pode ser incapacitante. Entre os vários sintomas que essa doença tão complexa pode apresentar, a insônia é bastante comum e debilitante e acontece como uma dificuldade em iniciar o sono ou mantê-lo. 

A neurologista Thaís Villa, médica especialista no diagnóstico e tratamento da enxaqueca e fundadora do maior centro de cuidado integrado da doença na América Latina, explica: “a hiperexcitabilidade cerebral que é a base do funcionamento do cérebro com enxaqueca faz com que a pessoa não consiga ‘desligar’ sua mente para dormir, ou faz com que ela acorde no meio da noite, sempre com aquela aceleração de pensamentos que, mesmo ao despertar, não dá trégua e deixa a pessoa ainda mais exausta durante o dia. E, na hora de dormir, ela não consegue novamente pegar no sono”. 

Dormir bem é algo tão essencial para a saúde que este ano a data de 15 de março celebra o “Dia Mundial do Sono”. Com o tema “Faça da saúde do sono uma prioridade”, a data lembra que a boa qualidade do sono deveria ser uma preocupação diária de todas as pessoas. 

A privação do sono tem impacto na saúde e no bem-estar das pessoas. Quem dorme mal tem mais propensão a desenvolver doenças cardiovasculares, obesidade, hipertensão, diabetes, Alzheimer ou doenças psiquiátricas. Não dormir o necessário afeta o raciocínio, a concentração e a memorização das pessoas, que ficam mais suscetíveis a esquecimentos ou distrações. 

No caso de pessoas que sofrem com enxaqueca, a neurologista Thaís Villa ressalta: “não dormir ou enfrentar noites mal dormidas pode acarretar prejuízos de memória, atenção, regulação do humor e do metabolismo, o que pode fazer a pessoa ganhar gordura ou ter dificuldades de perder peso mesmo dedicando dias e horas na academia”. 

“Existe tratamento eficiente para a enxaqueca e ele deve cuidar do paciente como um ser único, com uma equipe profissional multidisciplinar para orientar a utilização de medicamentos de ponta e métodos não medicamentosos para evitar as crises, a fim de não agravar ainda mais os sintomas da enxaqueca ou trazer outras complicações. A chave para o controle da enxaqueca é estabilizar o cérebro e ter a saúde plena de volta”, enfatiza a neurologista. 

A dor de cabeça não pode ser normalizada e a enxaqueca não pode ser banalizada, é uma doença crônica e extremamente debilitante com uma difícil jornada que precisa de atenção, atendimento integrado e tratamento eficiente para que o paciente possa viver com menos dor e muito mais qualidade de vida”, completa Thaís Villa. 

 



Dra Thaís Villa (CRM 110217) - Médica neurologista especialista no diagnóstico e tratamento da enxaqueca. Idealizadora do Headache Center Brasil, clínica multiprofissional pioneira e única no país no diagnóstico e tratamento integrado das dores de cabeça e da enxaqueca. Neurologista com Doutorado pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) e Pós-Doutorado pela Universidade da Califórnia (UCLA) nos Estados Unidos. Professora de Neurologia e Chefe do Setor de Cefaleias na UNIFESP (2015 a 2022). Membro Titular da Academia Brasileira de Neurologia. Membro da Sociedade Brasileira de Cefaleia. Membro do Conselho Consultivo do Comitê de Cefaleias na Infância e Adolescência da International Headache Society. Atua exclusivamente na pesquisa e atendimento de pacientes com dor de cabeça, no diagnóstico e tratamento da enxaqueca, enxaqueca crônica, cefaleia em salvas e outras cefaleias em adultos e crianças. Palestrante convidada em congressos nacionais e internacionais.
Headache Center Brasil: www.headachecenterbrasil.com.br
Instagram: headache_center_brasil



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