Dr. Arnaldo,
especialista em reprodução humana e autor do livro Ame Seus Ovários, alerta
para os cuidados essenciais que fazem toda a diferença na saúde reprodutiva
Você sabia que alguns hábitos do nosso dia a dia
podem acelerar o envelhecimento ovariano e impactar diretamente a fertilidade?
Dormir mal, exagerar nos exercícios físicos e até aquele cafezinho são hábitos
que, com o tempo, prejudicam a saúde reprodutiva.
Segundo o Dr. Arnaldo Cambiaghi, ginecologista
especialista em reprodução humana e autor do livro Ame Seus Ovários, que
será lançado neste trimestre: “Os ovários têm memória. Quanto mais cedo
cuidarmos deles, evitando hábitos nocivos como tabagismo, excesso de álcool e
estresse elevado, maiores serão as chances de preservar a fertilidade e
garantir uma saúde reprodutiva equilibrada ao longo da vida”.
Não há como negar que a saúde reprodutiva está
diretamente ligada ao nosso estilo de vida. Embora o envelhecimento dos ovários
seja um processo da natureza humana determinados hábitos podem antecipar a
perda da função ovariana e dificultar a fertilidade. Veja abaixo os principais
fatores que influenciam neste processo e podem levar à menopausa precoce:
Tabagismo: o cigarro é um dos maiores inimigos da fertilidade. Nas mulheres, reduz
as chances de gravidez em até 43%, além de antecipar a menopausa em até quatro
anos. Nos homens, afeta a qualidade do sêmen e aumenta a fragmentação do DNA
dos espermatozoides;
Consumo excessivo de
álcool: o consumo regular de álcool pode prejudicar o
equilíbrio hormonal, afetando diretamente o funcionamento dos ovários e a
qualidade dos óvulos. O álcool interfere na produção de estrogênio e
progesterona, hormônios essenciais para a ovulação e o ciclo menstrual
saudável. Além disso, o álcool em excesso pode causar dificuldades na
implantação do embrião no útero, diminuindo as chances de uma gestação
saudável;
Distúrbios do sono: noites mal dormidas elevam os níveis de estresse, desregulam hormônios,
levando a irregularidades menstruais e, consequentemente, à dificuldade para
engravidar. Priorizar o sono é um dos melhores hábitos que se pode cultivar
para preservar a fertilidade. Garantir de 7 a 8 horas de sono por noite e evitar
a exposição a luzes artificiais antes de dormir são estratégias simples, mas
poderosas, para manter o equilíbrio hormonal e cuidar da saúde ovariana;
Estresse elevado: o estresse crônico pode ser um fator decisivo para quem enfrenta
dificuldades para engravidar. Quando o corpo está sob pressão constante, há um
aumento na produção de cortisol e adrenalina, hormônios que desequilibram o
sistema reprodutivo e podem inibir a ovulação. Além disso, altos níveis de
estresse podem afetar a qualidade dos óvulos, a regularidade do ciclo menstrual
e até a receptividade do útero, além de interferir na qualidade do sêmen;
Excesso de exercícios
físicos: embora a prática regular de atividades físicas seja
essencial para a saúde, o excesso de exercícios pode ter um impacto negativo na
fertilidade, especialmente em mulheres. Quando o corpo é sobrecarregado por
treinos intensos e sem descanso adequado, o nível de estresse aumenta e o
equilíbrio hormonal pode ser comprometido, afetando a ovulação e o ciclo
menstrual. Em casos extremos, o excesso de atividade física pode levar à
amenorréia (falta de menstruação), um sinal claro de que o corpo não está em
condições ideais para engravidar;
Hábitos alimentares
inadequados: a alimentação desempenha um papel crucial
quando falamos sobre saúde reprodutiva. Quando não fornecemos ao corpo os
nutrientes necessários, seja por uma dieta desequilibrada, rica em alimentos
processados, ou por restrição alimentar excessiva, a fertilidade pode ser
negativamente afetada. Dietas pobres em nutrientes essenciais, como vitaminas,
minerais e ácidos graxos saudáveis, podem comprometer o funcionamento hormonal,
prejudicar a ovulação e diminuir a qualidade dos óvulos.
"Embora o café, em doses moderadas, não tenha
efeitos adversos na fertilidade, o consumo excessivo de cafeína pode dificultar
a movimentação dos músculos responsáveis pelo transporte do óvulo, prejudicando
as chances de gravidez. A recomendação é consumir com moderação e estar atento
aos alimentos e bebidas que também contêm cafeína", comenta Dr Arnaldo
Cambiaghi.
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