Dados do Ministério da Previdência constam de
ranking de 2024; Sociedade Brasileira de Cirurgia da Mão alerta para o aumento
de casos e reforça a importância da prevenção e do tratamento especializadoAcidentes de trabalho e quedas, especialmente quando a pessoa
se apoia nas mãos para evitar impactos mais graves,
estão entre as principais causas da lesão
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Dados do Ministério da
Previdência Social apontam que as fraturas na mão e no punho foram a sétima
principal causa de afastamento no trabalho no país, com 101.177 casos
registrados em 2024. O número representa um aumento de 24,7% em comparação a
2023, quando foram contabilizadas 81.123 ocorrências.
As fraturas distais do rádio,
que atingem a região do punho, estão entre as mais comuns, representando de 10%
a 20% dos atendimentos em serviços de traumatologia. Acidentes de trabalho e
quedas, especialmente quando a pessoa se apoia nas mãos para evitar impactos
mais graves, estão entre as principais causas da lesão. “A fratura do rádio
distal é a mais comum do corpo humano e é comumente chamada de fratura de
Colles. Ela ocorre frequentemente quando a pessoa cai e instintivamente estende
a mão para amortecer o impacto. Esse tipo de fratura é especialmente comum em
idosos com osteoporose e em pessoas que praticam esportes de alto impacto”,
explica Rui Barros, presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia da Mão
(SBCM). Essas fraturas podem ser agravadas quando expostas, podendo evoluir
para infecções ou mesmo afetar a articulação do punho, exigindo tratamento
urgente com um especialista.
Os sintomas mais comuns das
fraturas na mão e no punho incluem dor intensa, inchaço, dificuldade para
movimentar a região, deformidade visível e hematomas.
O tratamento para essas
fraturas varia conforme a gravidade da lesão. Casos simples, sem desvios ou com
desvios pequenos, podem ser tratados com imobilização por gesso, enquanto
fraturas mais complexas exigem intervenção cirúrgica. “Procurar um especialista
em cirurgia da mão é essencial para evitar complicações como deformidades,
perda de mobilidade e dor crônica”, reforça o cirurgião da mão.
Os idosos estão mais
suscetíveis às fraturas do rádio distal devido à osteoporose e à redução da
estabilidade postural. Para minimizar os riscos, algumas medidas podem ser
adotadas, como manutenção da casa livre de obstáculos, uso de tapetes
antiderrapantes e instalação de corrimãos em escadas e banheiros. O
fortalecimento muscular também é indicado, com práticas como pilates,
musculação e alongamentos para melhorar a coordenação e reduzir o risco de
quedas.
Além disso, é importante
utilizar calçados adequados, evitar sapatos escorregadios ou de salto alto e
manter acompanhamento médico regular para controle da osteoporose, garantindo
níveis adequados de cálcio e vitamina D. Em alguns casos, o uso de dispositivos
auxiliares, como bengalas ou andadores, pode ser necessário para aumentar a
estabilidade ao caminhar.
A desatenção e a pressa também
são fatores que aumentam os riscos de acidentes. “Trabalhar de forma apressada
ou sem prestar atenção ao ambiente e aos equipamentos pode aumentar as chances
de acidentes”, alerta o presidente da SBCM.
No ambiente de trabalho, a realização de auditorias periódicas para avaliar a segurança no local e identificar áreas de risco pode ser uma medida preventiva importante. “Essas auditorias ajudam a melhorar continuamente as condições de trabalho e as práticas de segurança, garantindo um ambiente mais saudável para os trabalhadores”, conclui.
Sociedade Brasileira de Cirurgia de Mão - SBCM.
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